Evangelho Seg. o Espiritismo – Cap. 9 – “Bem-Aventurados aqueles que são
Mansos e Pacíficos”
Objetivos:
- Incentivar o evangelizando a ser um verdadeiro filho de Deus através da prática da doçura e afabilidade, paciência e compreensão.
- Conscientizar sobre a importância de ser pacífico intimamente, nos gestos, nas palavras através do esforço diário.
- Frente a toda dificuldade é imprescindível lembrarmos-nos dos exemplos de Jesus, como guia e modelo.
- Entender que o desenvolvimento do menino Jesus em nosso coração exige a mansidão que traz a paz interior em nós e ao nosso redor.
- Sensibilizar através de exemplos de mansos e pacíficos que nos auxiliam na educação moral.
Sub-temas:
· A Afabilidade e a Doçura
· A Paciência
· A Paz Do Cristo
Bibliografia/Fonte de pesquisa: Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - Cap. IX; Evangelho Segundo o Espiritismo para a infância – Maria Helena Fernandes Leite; Conteúdo Programático da UEM; 52 Lições de Catecismo Espírita.
Harmonização Inicial
Primeiro momento: ATIVIDADE INTRODUTÓRIO-Dinâmica
Dinâmica: Quebra-cabeça
OBJETIVO: levar os participantes a refletirem sobre a necessidade de cultivo da paciência, fraternidade e cooperação.
MATERIAL: envelopes com quebra-cabeças diferentes.
PROCESSO: Pedir que formem grupos e dar um envelope com um nº de peças para cada evangelizando. Preparar os envelopes com as peças misturadas. Distribuir os envelopes.
Proceder às instruções:
Regra nº 01: “Todos devem montar seus quebra-cabeças dentro de 10 minutos”.
Regra nº 02: “Deverão se movimentar com o menor barulho possível”
Regra nº 03: “Poderão trocar entre si as peças”
Regra nº 04: “Poderão se unir ou formar dupla ou mais”.
Dizer-lhes que “A dinâmica será concluída quando todos formarem seus quebra-cabeças”.
O educador irá observar as atitudes das crianças até a finalização da tarefa. Quando concluírem a atividade, explicar que o ‘vencedor’ não é aquele que montou primeiro o quebra-cabeça, mas aquele cuja atitude é de cooperação, união, fraternidade e paciência. E pedir para eles mesmos avaliarem suas atitudes e pensarem sobre isso.
Segundo momento: Colar no quadro: “Bem aventurados aqueles que são Mansos e Pacíficos” e dizer-lhe que hoje conversaremos sobre essa bem-aventurança sobre esse ensinamento de Jesus.
- Nessa bem-aventurança Jesus ensinou importantes virtudes e com elas em ação, desenvolvidas ou em desenvolvimento em nós, seremos bem-aventurados ou muito felizes.
- Escrever no quadro: MANSO E PACÍFICO e logo abaixo PACIÊNCIA, AFABILIDADE e DOÇURA.
- Ser manso e pacífico é ser paciente com todas as pessoas e em todas as situações, é não se deixar irritar por qualquer motivo. Quando não permitimos que nada nos irritem ou exalte, quando procuramos soluções com entendimento e diálogo com o semelhante irritado, mal-humorado ou colérico, mas respeitando-lhe os pontos de vistas e as idéias. São aqueles que não prejudicam ninguém nem por palavras nem por atos; por isso são felizes e Jesus os considera verdadeiros filhos de Deus.
- E vocês, são pacientes ou impacientes?
- Como se comporta uma pessoa impaciente? (deixar que respondam e concluir)
IMPACIÊNCIA é precipitação e PRECIPITACÃO traduz DESARMONIA, PERTURBAÇÃO.
- E como nos sentimos depois de um ataque de impaciência? Mal, não é mesmo?
- Comumente ouvimos frases que demonstram paciência e impaciência, citem algumas.
- Quando ouvem a frase: "PERDI A PACIENCIA!" ou "NÃO ME FAÇA PERDER A PACIENCIA!" É possível perder uma virtude adquirida?
Não. Se a pessoa já adquiriu a virtude da paciência ela agirá com tranqüilidade, equilíbrio, perseverança em qualquer situação, incluindo principalmente as mais difíceis. Portanto aquele que diz ter perdido, na verdade nunca teve.
- Mas o que é paciência? Segundo o dicionário é virtude de quem suporta males e incômodos sem queixas ou revolta; qualidade de quem espera com calma o que tarda; perseverança em continuar um trabalho, apesar de suas dificuldades e demora.
- Paciência conosco - dar tempo a nós mesmos, sempre que estivermos aprendendo algo novo ou quando fizemos algo errado, lembrar que somos espíritos em evolução, não estamos prontos ainda.
- Paciência com os outros, com pessoas idosas, com os irmãos mais novos, em esperar alguém falar, esperar os pais comprar aquele brinquedo que pediu, nos estudos, etc.
- Paciência frente aos problemas da vida, nos relacionamentos, com nossos pais, nossas amizades, não nos irritando ou explodindo por qualquer coisa.
- A paciência é uma virtude que pode ser adquirida por todos, e reconhecendo que a falta de paciência é um fator que está dificultando nossa vida, nossos relacionamentos, lembremo-nos que, a paciência é de relevante importância para tudo que desejamos conquistar, mas acompanhada dela deve vir a afabilidade e a doçura.
- Afabilidade ou Afável é aquele que é cortês, delicado, amável, agradável, bondoso, com quem se pode falar facilmente, acessível.
- Doçura ou ter doçura é aquele que é doce de coração, aquele que é suave, meigo, sereno, terno.
- A afabilidade e a doçura são manifestações naturais daquele que é benevolente (bondoso, boa vontade) é por sua vez aquele que tem amor ao próximo.
- Isso significa que não basta ter atitudes exteriores de boa educação, de gestos e atitudes suaves, ser afável no falar, se são resultados de treinamentos sociais, aparências de uma boa educação, de boa índole.
- Quem deseja ser afável e suave nos relacionamentos com os outros, precisa cultivar o amor ao próximo, e apara aplicar é preciso ter boa vontade com os erros dos outros, compreender suas imperfeições, suas dificuldades. É de importância ser pacífico intimamente, nos gestos, nas palavras através do esforço diário.
- São bem-aventurados os que, se esforçando por compreender e aceitar todas as pessoas como são, querendo para elas o que de melhor for possível, usando de benevolência para com suas faltas e omissões, tiver sempre atitudes de delicadeza e de afabilidade em todos os relacionamentos.
- Esses sentimentos vão nos facilitar a convivência uns com os outros.
- Atrai a simpatia, a amizade e o afeto do próximo para conosco.
- O oposto a raiva, a cólera e a intolerância levam ao impulso de agredir, revidar; é contrário ao amor, provoca o mau-humor, violência e isso se reflete na solidão, doença e sofrimento.
- Não se tem a paz e a serenidade no coração, enquanto não se compreender, com paciência, as necessidades dos semelhantes, principalmente quando a ignorância é dirigida pela violência; só se alcança esta compreensão com a afabilidade, a doçura, a tolerância, a brandura e a pacificação.
- Se estamos assim é hora de reformar nossas atitudes, reprimir as más tendências sempre que nos surpreendemos em atitudes negativas. Lembrando que no esforço do bem proceder, atraímos para nós a amizade, a simpatia dos outros, e assim evitamos o sofrimento.
- A brandura e a mansidão complementam a delicadeza de espírito.
- Frente a toda dificuldade é imprescindível lembrarmos-nos dos exemplos de Jesus, que é o único guia e modelo.
Segundo momento: Narrar à história: O ANIVERSÁRIO DE GUIGUI.
Guigui é um menino muito esperto. Ele é um pouco gago, mas faz tratamento e cada dia está melhor.
Quando era menor Guilherme demorava em conseguir dizer seu nome; daí o apelido carinhoso de Guigui.
O dia do seu aniversário está chegando.
Guigui pediu a seu pai um patinete de presente.
O Seu José está fazendo o brinquedo com todo capricho.
Sua mãe prometeu fazer uma coisa bem gostosa – um pudim de leite – o que Guigui mais gosta.
O menino todo dia pensa ver seu patinete pronto.
Mas, tem que ter paciência e esperar o dia do aniversário.
O dia chegou! Bem cedo Guigui pulou da cama.
Obrigado, papai! – disse Guigui ao receber o seu abraço. E olhou para ver se via o presente.
Mas, que pena! O patinete estava ainda sem as rodinhas.
Com paciência ele vai esperar o pai terminar. Guigui se arrumou, foi para a escola.
Quando voltou mamãe falou:
– Olha o que está na mesa. É todo para você.
Sua boca se encheu d’água ao ver o pudim cheio de calda!
Guigui foi logo lavar as mãos e... Quando voltou...
O prato estava caído no chão e o pudim desmanchou-se todo.
– Não acredito!... Mãe! A Ritinha jogou o pudim no chão!
O menino olhou a mamãe e, vendo sua calma, baixou a tempo sua mão, dizendo:
– Eu sei mamãe. Ela é pequena, não sabe o que faz. Preciso ter paciência com ela. À noite Guigui já se preparava para dormir. D. Margarida chamou o menino na sala:
– Outro pudim? E ainda maior! E com calda de chocolate! – falou surpreso Guigui.
– É todo seu.
Terceiro momento: Avaliar a compreensão da história através das perguntas:
– O que Guigui deve ter sentido quando viu que seu brinquedo não estava ainda pronto?
– E o que sentiu quando viu seu pudim caído no chão? Será que ele ficou triste?
– O que ele teve vontade de fazer?
– Por que não fez?
– E o que aconteceu de noite?
– A mamãe disse que o pudim era todo dele. Mas, ele comeu o pudim sozinho?
– Valeu à pena Guigui esperar, com paciência?
– Gostamos quando alguém tem paciência com a gente?
– E os outros também gostam de serem tratados com paciência?
Quarto momento:
1.Harmonização Final - ATIVIDADE CRIATIVA
a) Pedir que imaginem, com os olhos fechados, que tem na mão um vasinho com terra e dentro uma sementinha bem pequenina... a sementinha começa a inchar devagarzinho. .. sai da casquinha... com paciência surge a primeira folhinha... cresce... depois, com paciência, aparece outra folhinha... Aos poucos cresce na terra a plantinha... E agora, bem devagar... eu coloco no chão, na minha frente, a minha plantinha...”
b) Agora vamos imaginar que somos essa plantinha: Criar com todo o grupo uma vivência corporal que represente a germinação e o crescimento de uma semente. Os gestos devem ser lentos para representar as etapas do desenvolvimento.
Meditar:
Com paciência a plantinha cresce...
A paciência também me ajuda a crescer feliz.
Pedir que abram os olhos e bem devagarzinho coloquem a sua “plantinha” no jardim (real ou imaginário).
Prece Final