A coragem da Fé
CAPÍTULO DO EVANGELHO: 24. NÃO PONHAIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE
Tópicos:
· CARREGAR A CRUZ. QUEM QUISER SALVAR A VIDA
· O SAL DA TERRA
Objetivos: - Explicar aos evangelizando que não devemos ter vergonha em demonstrar a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus, pois este caminho nos auxilia e fortalece, lembrando que cada um de nós é um tempero que faz a diferença na vida de cada pessoa.
- Esclarecer que em diversas ocasiões do nosso dia-a-dia precisamos mostrar confiança em Deus para nos guiarmos inclusive nos momentos difíceis, pois necessitamos carregar nossa própria cruz, com aceitação e perseverança, em busca que estamos de nossa evolução espiritual.
- Mostrar às crianças que precisamos ter coragem para levarmos a ação do Evangelho para dentro de nós, para nossas vidas, alicerce de luz que nos sustenta e ampara.
- É preciso coragem para assumir que somos cristãos (Espíritas) perante a sociedade, não esquecendo acima de tudo do respeito que precisamos ter para com as opções diferentes dos nossos irmãos que estão a caminho conosco na jornada terrena.
- Levar as crianças a refletir: O que é ser Espírita em nosso dia a dia.
Bibliografia: E.S.E cap.24; Evang. Seg. Espiritismo para Infância, Maria F. Leite; 52 Lições de Catecismo Espírita; Evang. Seg. Espiritismo para infância e juventude, vol. 2, Allan Kardec.
Primeiro momento:
Jesus, às vezes, falava de um jeito simples, por meio de pequenas histórias que as pessoas pudessem entender. Esse jeito são as parábolas. Ele assim falava porque naquela época as pessoas não estavam bem preparadas espiritualmente.
Jesus não falava todas as verdades porque ficaria para o futuro. Para quando os homens estivessem mais preparados, mas o amor e a conduta que um homem de bem deveria ter, Ele falou e deu muitos exemplos.
Ele não pode ensinar e nem falar tudo naquela época porque as pessoas não tinham evolução espiritual necessária e não iriam compreender e então deixou para o momento certo trazer as verdades. E coube a doutrina espírita trazer algumas das verdades como a sobrevivência do espírito após a morte e a reencarnação que Jesus não falou claramente naquela época, deixou quando estivermos mais evoluídos para saber mais da vida espiritual. Pois seria como colocar uma criança no jardim de infância na 5ª série, ela não entenderia nada; tudo vem a seu tempo.
Quando desencarnou prometeu deixar um Consolador, lembram? Aí veio o espiritismo através de Allan Kardec e a mediunidade. Para que os que são bons se fortaleçam no bem e os que têm vícios se corrijam.
Mas, os espíritas conhecedores de verdades enviadas por Jesus têm grandes responsabilidades com essas revelações que foram trazidas. Será que devemos guardar todo conhecimento dela para nós mesmos? Será que Jesus as revelou apenas para consolar e esclarecer só nosso coração ou de alguns poucos?
Jesus que é muito sábio disse alertando futuramente aos apóstolos de seu evangelho de forma alegórica explicando o que devemos fazer com o conhecimento espiritual que ele deixou e com as verdades do Consolador com essa expressão: "Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entrem a possam ver.", ou “Ninguém acende uma lamparina para cobri-la com um vaso”.
Quis Ele ensinar que não se coloca uma luz embaixo do móvel, porque ela não vai iluminar. Quer dizer também que se temos conhecimentos do evangelho devemos ensinar o que sabemos para aqueles que não têm a luz do evangelho, do amor no coração.
“Como não se acende uma luz senão para dissipar a escuridão e iluminar o ambiente, do mesmo modo aquele que possui o conhecimento das leis divinas não deve guardá-lo para si, mas divulgá-lo através da palavra para o maior número possível de criaturas e, sobretudo, do exemplo.”
Não espalhar os conhecimentos espirituais é esconder egoisticamente a luz que poderia beneficiar a muitos.
Isto que dizer também que não devemos ter vergonha das palavras de falar sobre as coisas que Jesus ensinou não temer se seus amigos achem você chato e zombem de você.
Temos de ser fiel a nossa fé, ter coragem e lutar por aquilo que acreditamos.
Isso significa a coragem da fé! Quem tem fé, já possui alguma luz.
Portanto, não por a candeia (lamparina) debaixo do alqueire (móvel), é isto, espalhar a luz.
E como colocar em prática no dia-a-dia?
© Se você tem um amiguinho que briga muito, que é rancoroso egoísta fale pra ele sobre as coisas que você conhece e aprende na evangelização; fale pra ele que Jesus ensinou que devemos perdoar compartilhar e ser pacíficos, ser bons uns com os outros, pois todos precisamos da compreensão e bondade dos outros.
© Em situações que pede auxílio da palavra esclarecida pela luz do evangelho, não se detenha, não tenha vergonha de agir; fale da maneira cristã de agir.
© Não tenha vergonha de fazer oração na frente dos outros, por exemplo, no momento da refeição;
© Fale aos amigos que só seremos felizes e viveremos em paz harmonia e amor se vivenciarmos os ensinamentos de Jesus.
Não devemos ter vergonha em demonstrar a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus, pois este caminho nos auxilia e fortalece, lembrando que somo o sal da terra, ou seja, cada um de nós é um tempero que faz a diferença na vida de cada pessoa.
É preciso coragem para assumir que somos cristãos (Espíritas) perante a sociedade, não esquecendo acima de tudo do respeito que precisamos ter para com as opções diferentes dos nossos irmãos que estão a caminho conosco na jornada terrena.
O que é ser espírita? Espírita é toda pessoa que vive de acordo com os ensinamentos da doutrina espírita. Seu primeiro dever é melhorar a si mesmo, e o segundo é auxiliar o progresso de seus irmãos ou em seu adiantamento moral e espiritual. O dever do espírita é instruir e para ensinar é preciso primeiro aprender e para aprender é preciso estudar, colocando em prática tudo que aprende.
Precisamos ter coragem para levarmos a ação do Evangelho para dentro de nós, para nossas vidas, alicerce de luz que nos sustenta e ampara.
É importante observar que precisamos ensinar as verdades a todos, mas não vamos insistir com aqueles que Jesus chamava de “gentios”, isto é, aqueles que são materialistas e zombam das coisas espirituais. Todos nós temos o momento de despertamento para a verdade cristã, respeitemos esse tempo nos outros. Para esses não insistamos, prece, carinho pelo companheiro e silêncio é melhor remédio.
Temos de ter a compreensão cristã para as dificuldades e defeitos dos outros, pois todos temos nossos sofrimentos. Como uma cruz, devemos carregá-las. Para isso devemos ter fé. Acreditar na vida eterna do espírito e na felicidade que poderemos alcançar, se formos bons. Portanto, não devemos reclamar do sofrimento. Devemos abençoá-la, pois ele tem o poder de nos fazer amadurecer.
Segundo momento: Vamos fazer uma atividade legal baseado naquilo que aprendemos? O que você pode dar de si para os irmãos que estão distantes das verdades cristãs?
DAR DE SI
Tipo de atividade: Reflexiva/Escrita
Objetivo: Descobrir a importância das dádivas do coração.
Material: folha com imagens diferentes e questão para refletirem e responderem, lápis. (As imagens e questões estão no arquivo do blog de dezembro de 2011)
Como Aplicar:
1. Formar duplas;
2. Ponha os evangelizando a uma distância em que possam falar sem que ouçam as outras duplas;
3. Distribua as folhas da atividade;
4. Explique que vai ser dado um tempo, e que neste tempo cada dupla deverá observar a imagem e reflitam, escrevendo na folha, que poderiam dar de si, ou, como poderiam orientar aquela criança segundo o que aprenderam na doutrina e no evangelho durante as aulas de evangelização.
5. Dar um tempo (segundo a necessidade da turma) e, ao final do mesmo, cada dupla vai apresentar a turma a situação e o que foi oferecido segundo o evangelho. Se os demais da turma desejarem apresentar outras abordagens para o tema, deixarem que exponham trocando entre si conhecimentos evangélicos.
PRECE FINAL
"Ah! compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas, em edificar-se com os mais pequenos atos de virtude que se lhes vir praticar; mas compreendi, sobretudo, que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração:«Ninguém, disse Jesus, acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa». Creio que essa luz representa a caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão em casa, sem excluir ninguém."
(Santa Teresinha do Menino Jesus)