PLANO
DE AULA
OBEDIÊNCIA e RESIGNAÇÃO
“A obediência é o
consentimento da razão;
a resignação é o consentimento do coração.”
a resignação é o consentimento do coração.”
OBJETIVO: Levar ao conhecimento e
ao coração das crianças, que a obediência às leis de Deus e àqueles que nosso
Criador coloca em nossos caminhos: pais, mães, professoras, nos levam à
conquista dessa virtude importante, que se chama — obediência.
Bibliografia: Elucidações
Evangélicas. Cap. 9. Antônio Luiz Sayão; Lucas - Capítulo 2: 42 a 52; site Momento Espírita “Ofereça a outra
face”; O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Cap. 5, item 12 - Cap. 9, itens 7 e 8.
PRIMEIRO MOMENTO:
Dinâmica - Obediência e
resignação
Sugestão:
1.
Providenciar as letras de uma palavra em tamanho grande. (Você pode fazer no
computador, imprimindo uma letra em cada folha A4 e, depois recortando, ou
pintando. Exemplo: OBEDIÊNCIA/RESIGNAÇÃO. Elas estariam escondidas pelo espaço
de uma sala ou pátio e cada criança receberia pistas para encontrar uma letra.
2.
Depois, a turma teria que se unir para descobrir a palavra.
3.
Depois, iriam dialogar pra "traduzir" esta palavra em um texto ou em
desenhos.
Comentário: A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus
pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e
muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do
sentimento e da vontade. (...). Jesus foi a encarnação dessas virtudes
que a antiguidade material desprezava. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap.
9. Item 8. Allan Kardec). (...) A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente
até à morte e morte de cruz (Filipenses 2:8)
SEGUNDO MOMENTO: Leitura e
reflexão.
2.42 Quando ele atingiu os doze anos,
subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
2.43 Terminados os dias da festa, ao
regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o
soubessem.
2.44 Pensando, porém, estar ele entre os
companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo
entre os parentes e os conhecidos;
2.45 e, não o tendo encontrado, voltaram a
Jerusalém à sua procura.
2.46 Três dias depois, o acharam no templo,
assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
2.47 E todos os que o ouviam muito se
admiravam da sua inteligência e das suas respostas.
2.48 Logo que seus pais o viram, ficaram
maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu
pai e eu, aflitos, estamos à tua procura.
2.49 Ele lhes respondeu: Por que me
procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?
2.50 Não compreenderam, porém, as palavras
que lhes dissera.
2.51 E desceu com eles para Nazaré; e
era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.
2.52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura
e graça, diante de Deus e dos homens.
Jesus
foi a encarnação da virtude obediência e resignação. Ele era obediente aos seus
pais desde a sua infância e, acima de tudo, a de Deus, cumprindo a vontade D’Ele.
Conta-se que aos doze
anos, permaneceu em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. E quando o
encontraram, estava sentado no Templo entre os doutores, escutando e fazendo
perguntas.
Ao vê-lo, seus pais ficaram
emocionados e sua mãe lhe disse: Filho, por que você fez isto conosco? Teu pai
e eu estávamos aflitos, à tua procura. Ele lhes respondeu: Por que me
procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai? Dizendo estas
palavras, quis se referir à missão altíssima de que se achava investido (1).
Mas eles não compreenderam o que o menino havia dito. Então, Jesus desceu com
seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a seus pais da Terra.
Jesus disse: ''Pois desci
dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que
me enviou''. Constantemente o Divino Mestre demonstrava Sua obediência e Seu
imenso amor pelo Criador. Momentos antes da Sua prisão, Ele orou:
"Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja
como eu quero, mas sim como tu queres". Jesus aqui nos ensina que acima de
nossa vontade, acima de nossos interesses, está a soberana vontade de
Deus, diante da qual nós devemos curvar humildemente. E que pela prece,
atraímos os Bons Espíritos, que vêm nos ajudar nas dificuldades e nos
aconselham bons pensamentos; dá-nos resignação e conforta-nos nas horas de
sofrimento.
Sendo um Espírito puro, o
Divino Mestre não precisava sofrer. No entanto, Ele sofreu para que pudesse
mostrar aos homens, por meio de um exemplo prático, a resignação, a obediência
e a submissão com que se devem eles comportar, diante das vontades do soberano
Senhor. Nos últimos momentos do seu sacrifício na cruz, limitou-se a
dizer em voz alta: ''Tudo está realizado''. E, inclinando a cabeça, entregou o
Espírito.
Devemos sofrer sem
reclamar, visto que os sofrimentos deste mundo são necessários ao nosso
progresso espiritual. Felizes serão os que sofrerem com paciência e resignação.
Aqueles que não forem obedientes ou resignados, ou seja, aqueles não cumprirem
as suas provas ou não suportarem as suas expiações, terão que recomeçá-las.
TERCEIRO MOMENTO: Questionamentos
e desenvolvimento do tema.
A quem vocês obedecem? A
seus pais, familiares e professores? Vocês tem dificuldades para obedecer? Porque?
Já se perguntou?
A dificuldade vem do orgulho,
porque o guardamos ainda em nosso coração. Ele nos impede, como outros motivos,
como, por exemplo, diante de uma ordem, é comum sentir a sensação de
inferioridade e resistir a atender. Também por contrariedade, quando não é
nosso interesse ou desejo.
Somos pessoas ainda orgulhosos e egoístas, não
usamos nosso livre–arbítrio dentro da lei de amor,
nós mais abusamos dele, fazendo o que nos interessa e
queremos. Em geral, estamos sempre atendendo a nossa vontade, aos nossos interesses
e desejos egoísticos. Porém, nossas escolhas estarão submetidos as leis de
Deus, como a lei de ação e reação, e toda desobediência e revolta tem
consequências desastrosas na nossa vida presente e futura.
E, foi uma das coisas que Jesus ensinou
no sermão da montanha em “Bem aventurados os mansos e pacíficos” e “Bem
aventurados os que choram”. A obediência é qualidade dos dóceis, mansos e os
humildes, pois estes tem compreensão maior do amor, estes submetem a vontade de
alguém no estado de dependência, sem revolta. Revolta é sofrimento; pensar e
sentir sem disposição para aceitar um estado de dependência, é nadar contra a
correnteza de um grande rio.
Aquele que obedece é correto e
cumpridor de seus deveres para com Deus, consigo e com os outros, exercitando
no bem e no amor o poder de escolha
(livre-arbítrio). É uma atitude de responsabilidade, respeito e colaboração a
quem se serve.
Resignação é a forma
paciente de aceitarmos o que não se pode mudar na etapa que nos encontramos, e
que o nosso orgulho “ferido” impõe a emoção e a razão. Orgulho é um titã que
devemos vigiar constantemente e domar em nossas almas. Mas também, não
significa servidão total, envolve bom senso, disciplina, respeito com a
autoridade, com o mais velho e experiente, ou seja, é a maturidade na alma.
Resignar-se diante das provas e
expiações é ser obediente aos desígnios divinos, está cumprindo os seus deveres
para com Deus, si mesmo, a família e a sociedade.
O rebelde não pode ser resignado,
do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. A doutrina
de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas
virtudes companheiras, que o Divino Mestre possuía.
Em qualquer situação é pensar antes de agir, e agir
com o bom sentimento guiado pelo amor. Jesus foi o autor de inúmeras formas de
demonstrar isso, como sábio Mestre, a importância dessa disposição íntima (pensar
antes de agir, e agir com o bom sentimento guiado pelo amor).
Destaquemos
alguns ensinamentos que Jesus trouxe e onde se exerceremos a obediência:
1º – fazer aos outros somente aquilo que queremos para nós;
2º – amar aos inimigos;
3º – caridade;
4º – “oferecer” a outra face;
4º – “oferecer” a outra face;
5º – perdão;
6º – Não julgar.
*
Observemos que oferecer a outra face, não quer dizer dar o rosto para bater. É
uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável,
devemos reagir de forma oposta. Ou seja, se gritam conosco, falemos com calma;
se atiram pedras, joguemos flores; Se todos choram, sejamos otimistas e
console; se nos provocam para uma briga, conversemos compreensivos. Nós sendo
aqueles que ofereceremos a face sorridente da fraternidade e bondade, onde a
tristeza, egoísmo e o ódio marcam presença.
OBEDIÊNCIA
é e será uma constante na vida. Em todo o caminho percorrido na Terra a criatura
se submete a alguém. Crianças obedecem a
seus pais, o aluno submete ao ensino do professor, o trabalhador e o
profissional ao seu chefe, a pessoa ao horário de trabalho, escola, ônibus,
etc., e assim sempre estamos nos submetendo a alguém ou alguma coisa.
Segundo
à lei da evolução e causa e efeito, toda
resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas, bem-aventurados os que
são mansos, porque darão ouvidos dóceis aos ensinamentos de Jesus, e
este não terá aflição, sofrimentos intensos.
QUARTO MOMENTO: Atividade escrita
PRECE FINAL
Significado das palavras no “Aurélio”:
Obediência:
1. Ato ou efeito de obedecer.
2. Hábito de, ou disposição para obedecer.
3. Submissão à vontade de alguém; docilidade.
Obediência:
1. Ato ou efeito de obedecer.
2. Hábito de, ou disposição para obedecer.
3. Submissão à vontade de alguém; docilidade.
Resignação:
1. Ato ou efeito de resignar (- se).
2. Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3. Submissão paciente aos sofrimentos da vida.
1. Ato ou efeito de resignar (- se).
2. Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3. Submissão paciente aos sofrimentos da vida.
Submissão:
1. Ato ou efeito de submeter (- se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação;
2. Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade; […]
1. Ato ou efeito de submeter (- se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação;
2. Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade; […]
HISTÓRIA
Nico estava sentado à porta da sua nova casa, ele estava muito triste.
Parecia tão solitário que o seu cachorrinho Topy chegou perto para consolá-lo.
Topy latia e lambia sem parar para tentar distrair um pouquinho a Nico, mas
nada parecia dar certo.
-Você é um ótimo amigo, Topy.
Mas eu desejaria tanto ter amigos de verdade para brincar, jogar futebol, andar
de bicicleta.
Topy abanou o rabo compreensivamente.
Ele compreendia como se sentia
sozinho o seu amiguinho. O pai dele tinha arrumado um emprego de gerencia numa
nova fábrica numa pequena cidade, perto do campo. O lugar era muito bonito, mas
já tinham se passado vários dias e Nico não tinha feito nenhuma amizade, e isso
o deixava muito triste.
De repente apareceram dois rapazes correndo. Eram Mario e Chico.
Levavam mochilas, varas de pesca y uma bola. Com certeza que iriam de
pique nique na beira do rio.
Quando chegaram perto gritaram para Nicolas, mas continuaram
caminhando..
-Você viu Topy? Ninguém me convidou. Jamais farei amizades nesta
cidade! Topy respondeu latindo
tristemente.
Mas logo após vinha outro menino da escola. Era Carlos, ele era filho do
dono da fábrica em que seu pai trabalhava. Era uma família muito rica. Carlos
era muito paparicado por todos, todos queriam ser amigos dele.
-“Carlos nem vai olhar pra mim!” Pensou Nicolas, mas… que surpresa!!!
Carlos chegou perto e disse:
-Oi Nicolas! O que você esta fazendo com essa cara tão comprida num dia
tão lindo como este? Gostaria de vir ao rio comigo? Mario e Chico já estão lá.
Nicolas deu um pulo de alegria! Foi voando para dentro de casa pedir
auorização a sua mãe.
Ela deixou ele ir e preparou um saboroso lanche para toda a turma.
Nicolas deu um beijo na mãe e já saía correndo quando ouve a voz da sua
mãe dizendo:
-Nícolas, eu sei do seu desejo por fazer amizades aqui, mas nunca se
esqueça que você já tem o melhor Amigo que existe! É Jesus, que mora dentro do
seu coração desde que você o convidou
para entrar. E não troque a amizade de Jesus por nada nem por ninguém no mundo.
-Eu sei disso mamãe! –respondeu Nicolas ainda que não tivesse entendido
porque a sua mãe estava dizendo isso para ele.
Logo estava Nico e Carlos conversando sobre futebol, escola,
jogos….quando chegaram ao rio. Era um lugar muito bonito. Mario e Chico
fecharam a cara quando viram Nícolas chegar, mas como vinha acompanhado de
Carlos não disseram nada. Logo pegaram a bola e começaram a jogar. Nicolas
tinha muito talento para jogar bola então os meninos mudaram de parecer se
divertiram muito.
Logo chegou a hora do almoço e Nicolas pegou o lanche que a sua mãe
tinha mandado e os meninos ascenderam um fogo para assar uns espetinhos de queijo.
Mario estava pegando uns gravetos secos quando olhou e viu uma plantação
de milho pertinho deles.
-Gente acabo de ter uma idéia genial! -disse Mario todo alegre- Acabo de
descobrir uma colheita de milhos enormes! Podemos comer milhos assados também!
È uma delícia!
-E eu tenho uma idéia melhor! Temos que saber se Nicolas é valente o
suficiente para fazer parte da nossa turma! –disse Chico e olhando para Nicolas
completou- Nico, vai na plantação e pega uns 12 milhos. Entendido?
Nicolas olhou surpreso e perguntou:
-O dono da plantação deu autorização para pegar milhos a vocês?
Os três se olharam e …
-Hahahahahaha. Pedir autorização? Hahaha. De jeito nenhum! Você pula a
cerca e pega uns deliciosos os milhos!
-Eu não! Isso é roubo!
-Haahahaha olhem como treme a mulherzinha! Medroso, medroso!Covarde!!!!
Ele não pode fazer parte da nossa turma, é um covarde!!!!
-Não tenha medo -disse Carlos colocando amistosamente a mão no ombro de
Nicolas- A gente fica de tocaia, se o dono da terra aparecer a gente defende
você. E lembre o ruim que é ficar sem amigos, se você for lá poderá ser parte
da turma da gente!
Mas que luta se travou no coração de Nícolas! A voz do seu amigo Jesus
falou no seu interior com clareza.
-“Nícolas, se você roubar demonstrará que não é meu amigo. Eu morri na
cruz por esses pecados, e você já pediu perdão e foi lavado com o meu sangue.
Você disse que me amava, se de fato me ama, obedeça!”
Nícolas conhecia muito bem essa doce voz, era a voz do seu melhor amigo
Jesus. Ele queria obedecer, mas era tão difícil. Nico tinha esperado tanto para
arrumar novas amizades!! Ele desejava
muito ser amigo de Carlos!
- E ai! Quanta enrolação!! Se você não pegar esses milhos pode sumir
daqui agora!
Nico engoliu saliva, botou o peito para fora e disse firmemente
decidido:
-Não vou não! Isso é roubar, e eu não vou roubar jamais!
-Não seja tolo! Ninguém vai perceber! –disse Chico visivelmente
irritado.
-Não tem nada demais! Todo mundo faz isso! -retrucou Mario.
- E daí que todo mundo faça! Isso não é correto e não penso fazer! Eu
tenho um parente agricultor e sei quanto custa cultivar milho. Esses milhos
custam dinheiro para o agricultor eu não vou roubar de ninguém. Ficou claro?
Além disso, eu já tenho o melhor amigo que alguém possa ter, seu nome é Jesus!
Nícolas deu meia volta em meio de muita zombaria e gargalhadas. Sentia
um nó na garganta, mas uma paz inundou seu valente coração! Ele sabia que tinha
agradado ao seu fiel e amoroso amigo Jesus.
Ele tinha preferido a amizade de Jesus à daqueles meninos, agora sabia
que ficaria só e seria objeto de zombarias no bairro e na escola….mas não
estava nem um pouquinho arrependido.Meditando em tudo isto nem percebeu que Carlos
vinha correndo atrás dele.
-Nico, Nico… espera ai! Foi mal!
Você tem razão! Eu nunca tinha pensado dessa maneira, não tinha me dado
conta de que isso é roubar. E sabe? Desde que ando com esses mininos tenho
feito muitas coisas que me incomodam e sei que não são boas. Você me perdoa?
- Com certeça! -respondeu Nico muito feliz.
-Vamos pescar? –convidou Carlos.
- Vamos amigo! -disse Nico.
A partir desse dia Nícolas e Carlos se tornaram amigos inseparáveis.
Nico estava muito feliz por ter escolhido a amizade de Jesus! Passados
uns dias ele também ganhou um novo amigo para Jesus! Sim, é que Carlos quis ter
Jesus como o seu amigo e o recebeu no seu coração. Agora alem de ser grandes
amigos, eram irmãos!
E você amiguinho, quem é o seu melhor amigo?
História retirada do site: http://projetovidanova.com.br/cabofrio/?p=136
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