10 de novembro de 2013

AULA - AÇÃO DA PRECE, A LIGAÇÃO DO HOMEM COM DEUS


AÇÃO DA PRECE

A LIGAÇÃO DO HOMEM COM DEUS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA O EVANGELIZANDO:
* Dizer o que é a prece.
* Dizer como a prece pode nos ajudar.
* Relacionar os objetivos da prece (louvar, pedir, agradecer).

CONTEÚDO: * “A prece é uma conversa com Deus, um momento de ligação entre criatura e Criador.
* É um recurso que temos para nos comunicar com Deus.
* É um importante “alimento espiritual.”
* Pela prece nos comunicamos com Deus, da mesma forma que nos comunicamos com as pessoas através de vários meios: rádio, televisão, telefone, etc.
* A melhor prece é aquela em que colocamos o nosso melhor sentimento.
* Em todos os momentos de nossa vida, a prece nos auxilia: na alegria, na tristeza, no sofrimento.

ATIVIDADES DO EVANGELIZADOR: * Iniciar a aula mostrando aos evangelizando o telefone, confeccionado conforme o modelo descrito no anexo 1.
* Distribuir o material necessário a cada um dos evangelizando, propondo a montagem do seu próprio telefone. (Anexo 1)
* Como alternativa, pode-se utilizar um telefone previamente confeccionado com copos de iogurte (ver coluna de técnicas e recursos).
* Depois de concluída esta atividade, perguntar-lhes: Para que serve o telefone?
* Deixar que os evangelizando respondam.
* A seguir, falar sobre a comunicação humana (Anexo 2), e a comunicação com Deus. (Anexo 3)
* Convidar a todos para cantarem a música Prece (Anexo 4), solicitando maior atenção na sua letra.

ATIVIDADES DO EVANGELIZANDO: * Observar o modelo de telefone apresentado.
* Montar o telefone a partir do material fornecido pelo evangelizador seguindo as instruções dadas.
* Ouvir e falar ao telefone, no caso da atividade alternativa.
* Responder à questão formulada pelo evangelizador.
* Participar da exposição do evangelizador.

TÉCNICAS E RECURSOS

TÉCNICAS
* Exposição participativa.
* Interrogatório.

RECURSOS
* Telefone de cartolina, papel cartão ou papelão.
* Telefone de copo de iogurte (alternativo).
* Música.
* Jogo avaliativo.
CONTEÚDO:
* “(...) A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propror-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”

ATIVIDADES DO EVANGELIZADOR:
* Em seguida, propor a realização de um jogo avaliativo. (Anexo 5)
* Pedir a um dos alunos que formule a prece de encerramento, tendo o cuidado de completá-la, discretamente, se o evangelizando não conseguir expressar um pensamento lógico.

ATIVIDADES DO EVANGELIZANDO:

* Participar do jogo com alegria, ordem e responder corretamente às perguntas formuladas.
* Fazer ou ouvir a prece formulada por um colega.

TÉCNICAS E RECURSOS:

Obs. (1): A exposição dialogada com base nos subsídios para o evangelizador, deverá ser bem dinâmica, fazendo com que os alunos falem ao telefone.

Obs. (2): Confeccionar um telefone com dois copos de iogurte, fazendo um

orifício no fundo, passando um barbante bem esticado. A fim de impedir que o barbante se solte, em cada ponta, dentro do copo, amarra-se um palito de fósforo.

ATIVIDADE DIDÁTICO-RECREATIVA
O TELEFONE






SUBSÍDIOS PARA O EVANGELIZADOR

A COMUNICAÇÃO ENTRE OS HOMENS

Na questão 766 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec nos deixa bem claro a necessidade de relacionamento de comunicação entre as criaturas. Vejamos: A vida social está em a Natureza?
“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.” (1)
Desde as eras mais remotas da humanidade, observamos o processo de comunicação, seja através de sons, de grunhidos, gestos, ou símbolos esculpidos em pedras e cavernas. Desse modo, o homem tenta transmitir suas idéias aos demais companheiros.
No decorrer do processo evolutivo da Terra, os meios de comunicação se desenvolveram de forma marcante. Temos hoje os mais modernos equipamentos na área da telefonia, rádio, televisão, informática, fazendo com que as mensagens transmitidas cheguem o mais rápido e eficazmente ao seu destino.
Nas relações humanas estamos a todo instante falando, gesticulando ou fazendo mímica para o nosso interlocutor; em suma, estamos estabelecendo comunicações. Para que este processo seja eficaz é necessário que conheçamos o mecanismo da comunicação.
Os elementos básicos para que este processo aconteça são:
1) o transmissor: aquele que tem uma mensagem, uma notícia, um recado para passar;
2) a mensagem: o conteúdo, o ensinamento, a notícia a ser veiculada;
3) o canal: o meio pelo qual a mensagem falada ou escrita vai ser divulgada (rádio, televisão, jornal, apostila, edital, etc.);
4) receptor: quem vai receber a mensagem, o que se espera dele, qual sua capacidade, seu interesse em receber a mensagem.
Sem qualquer um destes elementos, é impossível completar-se o processo da comunicação.
Existem vários meios e tipos de comunicação, e todos eles podem sofrer interferências em seu processo.
Citaremos o exemplo da televisão: “Sistema que transmite e reproduz eletronicamente as imagens visuais.”
Três etapas principais:
1) a câmara registra a cena;
2) as imagens se transmitem por meio de ondas de rádio ou cabos especiais;
3) o receptor converte os impulsos eletrônicos numa imagem visível.
O receptor seria o nosso aparelho televisor, e para recebermos a imagem emitida, precisamos ligar o aparelho e sintonizar o canal que nos convém. Queremos, com este exemplo, elucidar que qualquer processo de comunicação exige que transmissor e receptor estejam em sintonia para que a mensagem cumpra o seu papel de esclarecimento, de solução de problemas.
Quando falamos ao telefone, podemos sofrer interferências de ruídos, linhas cruzadas; na comunicação entre pessoas, encontramos barreiras que impedem a mensagem de chegar com clareza ao destino, podem ser elas: opiniões e atitudes do receptor, que fazem com que só ouça a mensagem que lhe interessa; o egocentrismo, que nos impede de conhecer uns aos outros, respeitando nossos limites e necessidades; a percepção, inúmeras vezes influenciada pelos preconceitos e pela ignorância, e diversas barreiras que se tornam verdadeiras muralhas, isola as criaturas e impede uma comunicação harmoniosa.
No lar, na escola, na empresa, no time de futebol, na equipe de trabalho, enfim, onde encontrarmos dois ou mais indivíduos, teremos problemas na área do relacionamento.
Podemos concluir que para o êxito do relacionamento humano, é fundamental a faculdade da compreensão, tanto no sentido de determos o conhecimento técnico, como no sentimento fraterno que deve nos unir uns aos outros. Neste particular, o espírito Joanna de Ângelis, pela mediunidade de Divaldo
Pereira Franco nos esclarece:
“Na imperiosa ânsia de estabelecer comunicação, os indivíduos buscam-se para o relacionamento e anseiam por desvelarem-se uns aos outros. No entanto, grassa nos corações um grande medo de se deixarem identificar. O que são constitui-Ihes tesouro afligente e temem vê-Io atirado fora. A forma de ser difere da imagem que exteriorizam e receiam perdê-Ia, naturalmente porque não esperam receber compreensão. O mundo está repleto de pessoas surdas que conversam; de convivências mudas, que se expressam.
(...) Compreendendo o teu próximo e relacionando-te com ele, serás mais bondoso para contigo, percebendo-lhe a fragilidade, serás mais atencioso para com os teus limites e buscarás crescer, amando e amando-te mais.” (2)
* * *
A COMUNICAÇÃO COM DEUS

Ação da prece. Transmissão do pensamento

A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação
com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação.
Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-Io recorrendo a intermediários,
a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.
O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os
Espíritos ouvem a prece que Ihes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.
Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a tornaria eficaz.
Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-Io em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em conseqüência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.
Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, n° 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem, sobretudo aplicar estas palavras: “Pedi e obtereis.”
Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos?
Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.
Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que Ihes pode fazer.
Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder. Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem fá-Io de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.
Por exercer a prece uma ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não é. Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.
O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a idéia de que não é digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima. Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar. Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.
Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento.
A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Mas, que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?! Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma mesma aspiração, orarão quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras. (Cap. XXVIII, nos 4 e 5.)
* * *
PRECE
Letra e música: Vilma de Macedo Souza

JOGO AVALIATIVO

INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA

Objetivos:
· fixar e avaliar o conteúdo da aula;
· interpretar a música “Prece”.

Material: cartões numerados.

Desenvolvimento:
· dividir a turma em dois grupos;
· um representante de cada equipe, por sua vez, sorteia um cartão, entregando-o ao evangelizador;
· o evangelizador formulará a questão (ver sugestões no final deste anexo) correspondente ao número do cartão;
· o evangelizando deverá respondê-la. Se acertar, ganha 1 ponto para sua equipe, e se ainda souber cantar a letra da música onde contém a resposta, conquistará mais 2 pontos;
· as equipes se alternam no sorteio de respostas e perguntas;
· vencerá a equipe que conquistar maior número de pontos;
· o jogo se encerrará quando todas as questões forem respondidas ou enquanto houver interesse do grupo.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS
1. O que é a prece?
R. “É uma luzinha.” (é uma conversa com Deus)
2. Para que serve a prece?
R. “Em prece vou seguindo meu caminho.” (pedir proteção)
3. Como nos sentimos ao orar?
R. “Sem temer os perigos da estrada.” (protegidos)
4. O que recebemos ao orar?
R. “A prece me aquece o coração.” (ânimo)
5. Como Deus responde às nossas preces?
R. “Hei de encontrar uma boa solução.”
6. Por quem podemos pedir na oração?
R. Por nós e por outrem.
7. Além de pedir, que mais podemos fazer numa prece?
R. Louvar e agradecer.
8. Qual o verso da música que nos ensina como a prece nos ajuda?
R. “Sem temer os perigos da estrada.”
9. Com quem nos comunicamos pela prece?
R. Com Deus.         

Plano de aula elaborado por:
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - DEPARTAMENTO DE INFÂNCIA E JUVENTUDE –
 SETOR DE PLANEJAMENTO

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