13 de outubro de 2013

Aula - Trabalhando a arte, vivenciando o Evangelho

Tema: Trabalhando a arte, vivenciando o Evangelho.

Objetivos: Realização de atividade dinâmica, movimento e ação. Atividade integrada, conduzindo a vivência do Evangelho e assim semeando com Jesus.

Referências – O Evangelho Segundo o Espiritismo: De acordo com o tema escolhido

TEMA: JESUS

PRIMEIRO MOMENTO: Aplicar a seguinte técnica de relaxamento e reflexão:

Pegadas na areia
"Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com Jesus, e através do céu, passavam cenas de minha vida. Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu e o outro era do Senhor. Quando a última cena de minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que, muitas vezes no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me e, então, perguntei ao Senhor:
- Senhor, tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, tu andarias sempre comigo em todo o caminho. No entanto, notei que durante as maiores tribulações do meu viver havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
- Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de prova e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram meus pés. Foi exatamente aí que te carreguei nos braços!"
Material:
* Música suave de preferencial instrumental.
Como aplicar:
1)Coloque a música para tocar. Peça para as crianças que caminhem aleatoriamente pelo espaço.
2) Enquanto caminham, explique que estão dentro de um sonho. Cada um está andando na praia que você descreve, mas sem caracterizar muito o mar, o céu, a hora do dia.
3) Continue dizendo que, neste sonho, caminhamos ao lado de Deus. Narre a história como se cada um fosse o personagem.
4) Depois, o sonho acaba e vamos acordando. Todos podem bocejar e se espreguiçar, com o se tivessem acabado de acordar.
5) Diálogo: como cada um imagina Jesus? Como era a praia? Era dia ou noite?
6) Pergunte sobre a mensagem do texto: qual foi o significado, para cada um?
7) No diálogo explica que essa narração é para compreenderem que Jesus está sempre conosco protegendo e é nosso melhor amigo, que Ele nunca desampara, mas é preciso que o busquemos em prece, bons pensamentos, boas ações, com fé e esperança.

SEGUNDO MOMENTO: Hora de brincar trabalhando a arte

RECURSO DIDÁTICO - LIVRO EM E.V.A

Esta é uma das técnicas que pode ser utilizada para contar uma história. A história que utilizei para o tema do nosso momento arte foi: HANAH A menina que encontrou Jesus.

Material:
· folhas de E.V.A;
· cola para E.V.A;
· recortes de E.V.A diversos (flor, arvore, sol, lua, estrelas, animais, etc.)
· Texto e ilustrações da história.

Confecção:
1. Recortar o E.V.A 18 cm X 14 cm;
2. Colar na capa formando a paisagem desejada com os recortes de E.V.A;

3. Colar as ilustrações, o texto da história em ordem no formato de um livro na parte interior; 
4. contar a história, mostrando as gravuras uma a uma.








HISTÓRIA
 
HANAH
A menina que encontrou Jesus

Texto: Fátima Moura – edições CELD


Naqueles dias em Jerusalém, fazia muito calor. A multidão se acotovelava na feira. Os vendedores, com vozes desafinadas, anunciavam as suas mercadorias, fazendo de tudo aquilo, um circo muito barulhento.
Hanah, uma linda menininha de tranças negras como a noite, se dirigia ao mercado. Tirza, sua mãe, havia lhe pedido que fizesse compras na cidade.
As duas moravam num sítio que ficava bastante afastado de Jerusalém e sempre que precisavam de mantimentos, tinham que andar muitas horas até a feira mais próxima.
A menininha já estava acostumada a todo aquele movimento, mesmo  que para isso, tivesse que caminhar bastante, machucando muitas vezes os pezinhos pequeninos, com as alpercatas de couro cru que a mamãe Tirza costurava.
- Se tiver que ir sempre a cidade, mamãe, logo vou precisar de sandálias novas, dizia Hanah à Tirza, que sorria da ingenuidade da filha.



Mas, cada vez que a menina ia ao mercado, seu coração Zinho se acelerava, seus olhinhos ficavam cheios de admiração por todas aquelas tendas desbotadas, mas multicoloridas, que ficavam expostas ao sol e pelas frutas frescas e apetitosas, que até davam vontade de morder... Tudo isso era fascinante! Afinal, para uma criança que vivia nas cercanias da cidade, afastada de tudo, aquele era um grande espetáculo.

Hanah andava por entre as barracas, escolhendo o que precisava, quando um homem moreno de grandes bigodes enrolados, pôs-se a gritar:
- Olhem, é o Messias de Nazaré. Vão crucificá-lO, vão crucificá-lO!
- O Messias? Tem certeza disso, meu amigo? Retrucou um barrequeiro de olhos vivos, que vendia maças frescas e vermelhinhas.
- Sim; olhem lá a multidão. Já o estão levando...
- E para onde O estão levando? Perguntou Hanah curiosa...
- Olhe menina, estão levando-O até o Gólgota, lugar onde Ele irá perder o seu reinado.. E deu uma gargalhada tão horrível, que estremeceu o ar.
Hanah ficou com muito medo. Não era justo que zombasse assim daquele homem. Tirza já havia lhe falado de Jesus algumas vezes e ela sabia que Ele era um homem bom.


De repente, as pessoas que estavam na feira, começaram a seguir o cortejo e Hanah com passos incertos, juntou-se a multidão. Precisava saber que fim teria tudo aquilo.
Quando chegaram ao lugar, a menina conseguiu acomodar-se aos tropeções, entre um homem grande e ruivo e um velhinho de barbas brancas.
Tudo era muito estranho, mas ela esperou. Afinal, achou que gostaria de conhecer de perto, aquele homem de quem tanto falavam.
A multidão gritava. Uns, O chamamento de traidor, de falso Rei, enquanto outros O chamavam de “Meu Mestre”.
Tirza já lhe havia contado certa vez, que Ele fazia muitas curas. Quando falava, sua voz era doce como o mel. Quando contava histórias, seus olhos transmitiam as mais puras impressões.
Que poder teria aquele homem?
Que mistério existia para que Ele fosse ao mesmo tempo, tão amado e tão odiado?
Ela ainda estava pensando nisso, quando o Mestre surgiu, escoltado por muitos guardas.
Hanah se inquietou. Aquela figura não era exatamente a que ela esperava encontrar. Se o chamavam de Rei, porque Ele não estava vestido com belas roupas, com uma vistosa armadura como a dos soldados que o Empurravam contra a multidão? Não. O que ela viu, foi um homem simples, com uma túnica rasgada, que mal lhe cobria o corpo.


A menina ficou observando. O homem parecia muito triste; tão triste, que por um momento, teve a impressão de que chorava em silêncio.
Tentou com alguns empurrões chegar mais perto e quando conseguiu, pôde olhar fixamente para Ele. Ah! Sentiu um aperto tão grande no seu coraçãozinho infantil. Coitadinho de Jesus! Sozinho e humilhado na frente de todos.
Hanah não compreendia; não podia compreender. Olhou novamente aquele rosto e sentiu uma grande emoção. Jesus tinha um olhar tão piedoso... Era como se estivesse perdoando a todos aqueles que O condenavam injuriosamente.
Não conseguia desviar o olhar. Era uma figura simples e tinha uma expressão de paz.
Era um homem muito bonito. Bem, Hanah acou que era, apesar Dele estar bastante maltratado e quietinho. Fixou o olhar e teve a impressão de que de sua cabeça, saíam faíscas de luz.
Agora compreendia muito bem. Estava bastante assustada, mas sabia que tudo já estava decidido.
Os soldados deram gargalhadas. Depois, rasgaram suas roupas, colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça e O pregaram na cruz, enquanto gritavam:
- Vejam, este é o Rei dos Judeus! O que é que vocês acham disso?
Hananh ficou muito triste. Quis evitar as lágrimas, mas não conseguiu. Ninguém ligou pra ela e para o seu sofrimento. Foi aí que lembrou que precisava ir embora. Tirza já devia estar preocupada.


Começou a caminhar bem devagar. Ainda não conseguia acreditar. Ela ouvira dizer, que Jesus tinha muitos seguidores. Onde estavam? Onde estavam às pessoas que Ele havia curado? Ninguém se importou com Ele. Será que as pessoas grandes seriam capazes de compreender porque faziam aquilo com aquele homem? Então, era crime amar? Ouvira dizer também que Ele era muito carinhoso com as crianças. Que pena que ela não O tivesse conhecido num momento diferente daquele...
Hanah continuou se afastando; só que agora mais depressa. Queria sair correndo dali, fugir daquele lugar tão triste, que a sua cabecinha de criança se recusava a aceitar. Tirza havia lhe ensinado que o amor poderia despertar mais amor; que a verdade seria sempre reconhecida e respeitada em qualquer lugar. Então, por quê?


Apressou mais o passo. A única coisa que queria naquele momento era chegar logo em casa e atirar-se nos braços da mamãe Tirza, par que ela pudesse consolá-la.
As lágrimas caíam descontroladas. Os pés doíam. Sentia-se tão triste e tão cansada...
Por isso, achou que estava ficando doente, quando uma bonita luz formou-se a sua frente:
- O que é isso? Pensou com muito medo. O que será que está acontecendo?
- Hanan, por que choras? Perguntou uma voz suave.
A menininha ficou espantada. A sua frente, estava uma figura luminosa, que lhe sorria bondosamente.
- Como é possível? Eu nem posso acredita. Então, Ele sabe; sabe que todas as minhas lágrimas são por Ele?
- Hanah, vai em paz, respondeu a voz. Amo-te e te abençoo. Não quero as suas lágrimas; quero o seu amor.



Hanah soube então, que não devia ficar mais triste. De um momento para o outro, os seus sentimentos haviam se modificado. O que ela sentia era a mais pura alegria. Agora ela conhecia o valor daquelas palavras.
A menina correu mais. Os pés doíam, mas ela precisava chegar logo. Precisava contar a Tirza, o que havia acontecido.
Abriu a porta e jogo-se nos braços da mãe:
- Mamãe, mamãe, eu encontrei Jesus, agora sei que Ele vive...
- Sim, minha filha, respondeu Tirza emocionada. Jesus vive e viverá para sempre em nossos corações.

Ilustração: Simone Anastácio
* Obs.: As gravuras são desenhos meus para ilustrar essa história.

Encerramento com a prece final

Um comentário:

  1. MUITO BONITO E LINDOS OS DESENHOS,QUE Jesus continue te iluminando nessa jornada.

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