23 de maio de 2013

Aula - O Argueiro e a Trave no Olho


OBJETIVOS: Perceber a necessidade de observar e corrigir nossos próprios defeitos para evoluirmos;
Valorizar a tolerância e a indulgência em relação às diferenças e defeitos alheios, calando as maledicências;
Perceber, na passagem da Mulher Adúltera, a necessidade do autoconhecimento e da compaixão para com o próximo;
Compreender que é a nossa própria consciência que nos julga, de acordo com a nossa evolução espiritual. Portanto, da mesma maneira que “medirmos” os outros, seremos “medidos”

ROTEIRO / CONTEÚDO:
Música e prece.

Iniciar a aula escrevendo no quadro alguns sinônimos, (palavra que tem quase a mesma significação que outra).

VAMOS LIGAR OS SINÔNIMOS:
 ARGUEIRO     GLUTÃO, COMILÃO
 TRAVE           ALEGRE, LIGEIRO, JOVIAL, RADIANTE
 LÉPIDO         CISCO, COISA MÍNIMA.
 GARGANTÃO  VIGA, TRONCO GROSSO
Agora que sabemos esses sinônimos, vamos desenhar um argueiro e uma trave, um ao lado do outro?
 Eu (ressaltando bem a diferença de tamanho entre um e outro),   faço no quadro e vocês fazem na folha
Como estamos vendo, uma trave é algo bem maior que um argueiro.  Um argueiro, por ser pequeno, pode até passar despercebido ou incomodar menos, é um cisquinho de nada. Já uma trave,não; ela é grande, serve para sustentar teto de casa, travessão de gol, etc...

·        Dentre os ensinamentos extraordinários, colocou este:

NÃO JULGUEM AS PESSOAS, PORQUE COM A MEDIDA QUE JULGAREM, TAMBÉM SERÃO JULGADOS. COMO ALGUÉM PODERÁ JULGAR UM IRMÃO, SEM ANTES OBSERVAR SE NÃO POSSUI EM SI MESMO O DEFEITO QUE APONTA NO OUTRO? COMO ALGUÉM PODERÁ DIZER A UMA PESSOA: - DEIXA-ME TIRAR O ARGUEIRO QUE ESTÁ NO SEU OLHO, SE ELA PRÓPRIA TEM UMA TRAVE NO SEU?  ( S. Mateus, cap. VII, vv. 1 e 2.)

O que Jesus quis dizer com essas palavras?
Que não devemos julgar as pessoas, ficar apontando erros dos outros, antes de verificarmos se também nós não possuímos aquele defeito, ou outros piores até!
Não devemos criticar os outros, porque geralmente não sabemos, de verdade, o motivo que leva alguém a agir de determinada maneira. Só Deus conhece a intimidade de cada um. Quando detectarmos uma falha em algo ou alguém, saibamos ajudar para que o problema se resolva, sem condenarmos ou criticarmos negativamente.
Para entendermos melhor vou contar uma história acontecida nos tempos de Jesus e que está narrada no evangelho.

A mulher adúltera

           Uma mulher foi surpreendida em adultério e isso representava uma grave ofensa que levaria a adúltera à pena de morte por apedrejamento. O marido que a denunciou gritava:
- Morte a adúltera!

Fig. 1 – As autoridades seguidas pela multidão, conduziram a pobre mulher até o templo onde Jesus se encontrava. Chegando lá perguntaram:
- Mestre, essa mulher foi surpreendida em adultério. Segundo a lei de Moisés, ela deve ser apedrejada. E tu mestre? O que dizes?
Jesus nada falou. Inclinou a cabeça e começou a escrever na areia. As autoridades, confusas, insistiram na pergunta. Jesus, olhou para a multidão e, fixando o olhar sobre o marido da mulher infeliz, disse:
- Aquele que estiver sem pecado, atire a primeira pedra!
E novamente voltou a escrever na areia. A multidão surpreendida com a resposta começou a se retirar. Primeiro os mais velhos, seguidos, depois, pelos mais novos.
            Então, Jesus virando – se para a mulher, perguntou:
- Onde estão os seus acusadores? Ninguém te condenou?
- Não, senhor! Ninguém! – respondeu ela.
- Nem eu, também, te condeno! Vá, e não tornes a pecar... – Disse – lhe Jesus.
A mulher lançou um olhar de gratidão a Jesus e se retirou feliz. Perdoou – se também!

Fig. 2 – Dizem que ela, depois desse episódio, renovou a vida. Procurou reparar o seu erro através de uma conduta reta, devotando – ao bem. Um dia, bateu – lhe a porta o esposo que, naquela ocasião, a conduziu ao apedrejamento. Profundamente arrependido, pediu - lhe perdão, pois a consciência lhe advertia que, também ele, tinha sido um mau companheiro e, por isso, não tinha o direito de julga – la.

Fig. 3 – A mulher lembrou – se de Jesus e, em seguida, abraçou fraternalmente aquele que tinha sido seu marido. No seu coração, não havia mágoas nem culpas. Em prece, agradeceu ao mestre pelo grande ensinamento do perdão.
( adaptação: S. João, cap. VIII, vv. 3 a 11)
O Cristo nos adverte: não podemos pretender tirar o argueiro dos olhos dos nossos irmãos, se temos em nossos olhos a trave que nos cega, dificultando-nos a caminhada. Que devemos ser tolerantes eindulgentes.
A Indulgência é o sentimento fraternal que necessitamos cultivar para com os nossos irmãos, evitando censurar, criticar, fazer observações chocantes e falar mal de quem quer que seja.
A pessoa indulgente não vê os defeitos dos outros, ou, se os observa, evita falar deles ou divulgá-los, a fim de que não se tornem conhecidos por outrem.         Devemos ser severos para conosco e indulgentes para com as fraquezas alheias, reconhecendo que todos nós temos inúmeros defeitos a corrigir e hábitos a modificar.
         A criatura indulgente demonstra sempre ser caridosa e fraterna, não compactua com o mal e busca sempre ver o lado positivo de tudo e as coisas boas do semelhante.
         A indulgência nos leva, quando preciso, a esclarecer a outrem sem magoar ou ferir e a compreender as deficiências de todos sem pruridos de falsa superioridade.

CONCLUSÃO:
A falta de indulgência ainda é no mundo, a característica dos seus habitantes. Geralmente habituamo-nos a ver o lado mal das coisas, esquecendo-nos de que todosnós somos portadores de imperfeições que precisamos exterminar.
O nosso dever básico deve ser o de vigiarmos a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios. Sejamos indulgentes, rogando perdão para os nossos erros e perdoando os que erram.

“Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (Jesus)
Se hoje não somos portadores de determinadas imperfeições já o fomos no passado, e ainda hoje a nossa caminhada evolutiva prossegue cheia de tropeços.
Sejamos indulgentes uns para com os outros, procurando silenciar ante as fraquezas de nossos irmãos, pois, se formos chamados ao testemunho de nossas obras, não saberemos ao certo, em que condições iremos nos apresentar.
O desenvolvimento do ser espiritual se processa em grande parte por meio da comunicação e podemos nos comunicar pelo pensamento, pelas palavras e gestos, pela escrita, etc.. A nossa comunicação revela o que somos intimamente. Sendo assim, é importante o autoconhecimento, como já vimos, para que nossas relações interpessoais e espirituais se deem de forma saudável. Quanto maior anoção e percepção que  tivermos, sobre essas emoções, maior será o nosso nível de consciência a nosso respeito. Isto significa autoconhecimento.

ATIVIDADE:Fazer um cartão para um amiguinho que te ofendeu e você conseguiu perdoar.

BIBLIOGRAFIA:
O Evangelho segundo o espiritismo, Allan Kardec. Cap. 10.






Um comentário:

  1. Há um texto sobre o Lençol sujo que me fez lembrar o tema da Trave e do argueiro:
    http://mocidadeallankardec.blogspot.com.br/2011/12/lencol-sujo-estoria-para-reflexao.html
    Abraços

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