27 de junho de 2011

Aula - Amar ao próximo com a si mesmo

Tema: AMAR AO PRÓXIMO COM A SI MESMO


Evangelho Seg. o Espiritismo, cap. XI

Sub-tema: Amar a si mesmo

Tópicos: AUTO-ESTIMA

CONHECIMENTO DE SI MESMO

LEI DE AMOR

Você é luz! – disse Jesus.

A amar e perdoar Ele veio nos ensinar.

Mas se de mim eu não gostar, como ao próximo hei de amar?

Objetivos: Levar o evangelizando compreender que se não amarmos e respeitarmos a nós mesmos não seremos capazes de qualquer amor verdadeiro pelos outros. Realizar o esforço do autoconhecimento necessário à progressiva melhoria do ser.

Bibliografia: Evangelho Seg. o Espiritismo, cap. XI; LE questão 919; Conteúdo Programático da UEM.

Primeiro momento: Desenvolvimento da aula: dinâmica inicial.

Dinâmica – Conhece a ti mesmo

Material: Uma folha para desenho e um lápis colorido ou caneta hidrocor para cada evangelizando.
Desenvolvimento:
1. Distribuídos os materiais da dinâmica, o evangelizador explica o exercício:
Cada qual terá que responder, através de desenhos, à seguinte pergunta:
Quem sou eu?
Dispõem de 5 minutos para preparar a resposta.
2. Os evangelizando desenham sua resposta.
3. A apresentação dos desenhos é feita ao grupo. O evangelizando deve falar sobre seu desenho, falar de como se vê.
4. Avaliação da Dinâmica:
O que aprendemos com este exercício?

Segundo momento:

Iniciar o diálogo: Que significa “Amar ao próximo com a si mesmo”? Quem disse essa frase? Por quê?

O que é “amar o próximo”? É fazer todo o bem possível a seu semelhante. É procurar sempre retribuir com o bem todo o mal que ele vir a te fazer.

Ter amor ao próximo é mesmo que ele te magoe, ofenda ou te prejudique, é não ter-lhe sentimentos de ódio, rancor, desejo de vingança, desejar-lhe o mal; é ao contrário, perdoar, esquecer a ofensa que ele te fez, orar e estender-lhe a mão caso ele necessite.

Foi que Jesus veio a Terra nos ensinar, a importância do amor, por isso disse para “amar ao próximo”.

"Amar a si mesmo" significa que se não amarmos e respeitarmos a nós mesmos não seremos capazes de qualquer amor verdadeiro pelos outros.

Fica claro que gostar de nós mesmos é tão importante quanto gostar das outras pessoas. É fazer ao outro o que gostaria que te fizessem.

Ter amor a si mesmo é estimar-se, cuidar de si mesmo. Cuidar do seu corpo, se alimentar bem, não ter vício como fumar, beber, comer demasiadamente, estudar se desenvolvendo intelectualmente, trabalhar com dedicação, e mais importante: cultivar apenas bons sentimentos e praticar o bem fazendo a caridade.

Amar a si próprio não é egoísmo, porque quem não gosta de si mesmo não poderá amar o seu próximo.

Quem se ama não é ruim, só faz o bem, respeita os outros, não é violento.

Uma pessoa que se estima nunca é egoísta! Ao contrário aquele que ama a si próprio, respeita-se e, automaticamente, respeita as outras pessoas e jamais desejará prejudicá-las.

O egoísta, por sua vez, só pensa em si próprio, nunca se importando com ninguém!!

Se você não sabe se cuidar não deseja seu próprio bem, como pode fazer o bem para os outros?

Se não nos amamos, como poderemos seguir esse ensinamento de Jesus? Para amar o próximo é necessário que respeitemos e amemos a nós mesmos.

Parece impossível que alguém não goste de si mesmo, mas não é assim tão raro. As atitudes de vaidade, egoísmo ou arrogância, maledicência, a raiva, impaciência, inveja, não revelam amor por nós mesmos. Se não importarmos em corrigi-los, não estamos nos amando nem nos estimando.

Todos nós temos muitas qualidades e muitos defeitos. Vocês conhecem suas qualidades e seus defeitos?

Terceiro momento: Pedir uns momentos de silencio e que pensem e escrevam três qualidades e defeitos que sabem possuir.

Perguntá-los o que foi mais difícil reconhecer em si para escrever, as qualidades ou os defeitos?

Todos nós possuímos muitas qualidades e muitos defeitos que devemos nos esforçar por transformar em virtudes. Às vezes se torna difícil falar nelas porque nós não nos conhecemos bem, é preciso autoconhecimento.

Perguntar que sabem sobre autoconhecimento.

Autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo, saber quem verdadeiramente somos. Saber o que gosta e o que não gosta, que deseja para si, que coisas são importantes, quais os nossos sentimentos diante de certos acontecimentos, etc.

O auto-conhecimento não serve apenas para percebermos nossos defeitos, mas também para compreendermos nosso verdadeiro valor. E, aprendendo a refletir assim sobre nós mesmos, mais facilmente poderemos nos corrigir.

E como se conhecer? É pela auto-avaliação e reflexão. Ao se avaliar você consegue reconhecer em si defeitos e suas qualidades, e ao refletir, você conversa consigo mesmo, formando pensamentos e ensaiando ações para mudar. Apenas com o conhecimento dos defeitos que podemos nos modificar.

Portanto, não procurem censurar os outros, apontando-lhes faltas e erros. Examinem-se a si mesmos. Depois, então, poderão observar que os defeitos que apontam nos outros estão em vocês mesmos. Quando corrigirem seus erros, o mundo se tornará correto. O primeiro passo é a auto-estima e o cultivo das virtudes.

Questionar que é auto-estima. Auto-estima é gostar de si mesmo, perceber suas qualidades e defeitos, valorizando as primeiras e tentando diminuir os últimos.

Não se revoltar ou ficar triste porque ainda não tem as boas atitudes que gostaria de ter; aceitar o próprio corpo físico (cor do cabelo, altura, peso, a cor da pele, as alterações físicas que acontecem na adolescência).

Não deve significar acomodação ou revolta, mas uma atitude positiva de conhecer-se e mudar para melhor. Além disso, a estimar-se fortalece a paciência, a humildade e a fé, auxiliando-nos a viver em harmonia conosco e com os outros.

O auto-conhecimento é muito importante, pois serve para que consigamos ser a cada dia melhores.

Quarto momento: Como exemplo uma pequena estória – O Egoísmo de André

Este é André.

André não se conhece bem e nem percebe que, na verdade, é uma pessoa egoísta. Quer tudo de melhor sempre para si, e um dia começa perder os amigos, pois eles vão se afastando.

André não se conhece bem e nem percebe que, na verdade, é uma pessoa egoísta. Quer tudo de melhor sempre para si, e assim vai perdendo suas amizades, pois eles vão se afastando.

Sofre muito por isso e não sabe bem o que acontece.

André não se conhece bem e nem percebe que, na verdade, é uma pessoa egoísta. Quer tudo de melhor sempre para si, e um dia começa perder os amigos, pois eles vão se afastando.

André não se conhece bem e nem percebe que, na verdade, é uma pessoa egoísta. Quer tudo de melhor sempre para si, e um dia começa perder os amigos, pois eles vão se afastando.

André não se conhece bem e nem percebe que, na verdade, é uma pessoa egoísta. Quer tudo de melhor sempre para si, e um dia começa perder os amigos, pois eles vão se afastando.

Um dia, começa a refletir depois de tanto sofrer com as perdas de seus amigos. E então percebe que, em várias situações, pensou só em si mesmo, deixando os interesses das outras pessoas para trás. Enfim, nota que isso tem por resultado afastar os outros e deixá-lo infeliz.

Após compreender isso, reconhece que é preciso se conhecer mais para se tornar uma pessoa melhor. É preciso mudar!

Ele passa a se observar e a pensar em suas atitudes. Refletindo sobre seu modo de ser, André procura se corrigir e vai com o tempo se tornando uma pessoa menos egoísta.

Aprende a compartilhar, a dividir suas coisas, a doar para aqueles que não têm. E mais tarde, até a renunciar em favor dos coleguinhas.

Hoje André não sofre, têm muitos amigos; ele agora é feliz, pois conseguiu se corrigir.


Quinto momento: Uma maneira para nos conhecer é fazer um exercício, principalmente ao deitarmos para dormir, nos fazermos perguntas: agi bem nessa situação? Em que errei? Ofendi alguém? Deixei de ajudar quando podia fazer? Fiz algo que vai contra as leis de Deus? Fui bom? Etc. Estaremos refletindo e partir das respostas, obteremos a paz da consciência tranqüila, ou perceberemos em que não estamos bem e precisamos progredir.

Sexto momento: O Espelho

Objetivo: Amar a si mesmo; partilhar emoções; conhecimento de si.

Desenvolvimento: O ambiente deve ser silencioso.

Cada um deve pensar em alguém que lhe seja muito importante, quem gostaria da atenção em todos os momentos, alguém que se ama de verdade, que merece todo cuidado.

Entrar em contato com essa pessoa e pensar nos motivos que a torna tão amada.

(Deixar tempo para interiorização).

Agora cada um vai encontrar a pessoa que lhe tem um grande significado, uma pessoa muito importante.

Cada um em silêncio profundo se dirige até a caixa, olha a tampa e volta em silêncio para seu lugar.

Ao final, o animador deve estimular para que os evangelizando digam como se sentiram falando da pessoa importante que estava na foto.

* Em uma caixinha com tampa deve ser fixado um espelho na tampa pelo lado de dentro.

Sexto momento: Atividade escrita

Prece final




Outra estória:

O ESPELHO DA VERDADE

DUDU VOLTOU TRISTE DA ESCOLA NAQUELE DIA PORQUE COMO SEMPRE NENHUM COLEGA QUIS BRINCAR COM ELE.

NA HORA DO RECREIO FICOU SOZINHO SEM TER UM AMIGO PARA CONVERSAR. E AGORA, NA RUA, OS MENINOS O OLHAVAM DE LONGE SEM FALAR...

O QUE ESTAVA ACONTECENDO?

DUDU SE ACHAVA TÃO SOZINHO!

EMPRESTAVA A SUA BOLA PARA A TURMINHA DA RUA...

ATÉ DIVIDIA SUA MERENDA COM UM AMIGO...

DUDU DEITOU-SE CEDO E DORMIU LOGO. E TEVE UM SONHO INTERESSANTE E DIFERENTE.

SONHOU COM O VOVÔ ACÁCIO, SEU GRANDE AMIGO QUE JÁ SE ENCONTRAVA NO MUNDO ESPIRITUAL. VOVÔ MOSTRANDO-LHE UM ESPELHO. QUANDO DUDU SE OLHOU NO ESPELHO, E VIU SUA IMAGEM... SEU ROSTO ESTAVA TÃO ZANGADO ! PARECIA QUE SAIA FAÍSCA DE SEUS OLHOS.

DUDU FECHOU OS OLHOS ASSUSTADO E AFASTOU-SE DAQUELA IMAGEM.

VOVÔ ACÁCIO ABRAÇOU-O E FALOU:

- ATÉ VOCÊ MESMO NÃO QUER FICAR JUNTO DO “DUDU-BRONQUINHA”. TAMBÉM, PO ISSO SEUS COLEGAS NÃO QUEREM FICAR COM VOCÊ...

- MAS EU SOU “LEGAL” COM TODOS ELES VOVÔ. – FALOU DUDU.

- EM ALGUNS MOMENTOS, EM OUTROS, VOCÊ BRIGA POR QUALQUER MOTIVO OU FICA ASSIM DE CARA FEIA E AMARRADA. PROCURE LEMBRAR-SE DO QUE ACONTECEU OUTRO DIA, SÓ PORQUE PERDEU NO JOGO, VOCÊ PARECIA UMA TROVOADA EM DIA DE TEMPESTADE E OFENDEU A TODOS.

DE REPENTE A VOZ DO VOVÔ DESAPARECEU E DUDU OUVIU OUTRA VOZ:

- HORA DE ACORDAR DUDU!

ERA A VOZ DA CARINHOSA VOVÓ CATARINA.

DUDU PULOU DA CAMA E ARRUMOU-SE BEM DEPRESSA.

MAS LEMBRANDO-SE DO SONHO, POR VÁRIAS VEZES DUDU OLHOU-SE NO ESPELHO, E PENSOU COMSIGO MESMO:

“DUDU-BRONQUINHA” NUNCA MAIS!

20 de junho de 2011

Aula - Não julgue, a fim de não ser julgado

PLANO DE AULA

NÃO JULGUE, AFIM DE NÃO SER JULGADO – O argueiro e a trave no olho

Evangelho Seg. o Espiritismo – Cap. 10 – “Bem-Aventurados os que são Misericordiosos”

Sub-temas:

· NÃO JULGUEIS: AQUELE QUE ESTIVER SEM PECADO ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

· INDULGÊNCIA

Objetivos:

- Perceber a necessidade de observar e corrigir nossos próprios defeitos para evoluirmos.

- Levá-los a perceber que estamos sempre reagindo de forma a julgar, censurar e repreender o semelhante;

- Perceber nas sábias lições de Jesus a humildade e a indulgência, levando-nos, de um lado, ao reconhecimento das nossas próprias faltas, e de outro, à compreensão das faltas alheias.

Referências Bibliográficas: Evangelho Seg. o Espiritismo - cap. 10; site: WWW.espírito.org.br; www.cvdee.org.br; Conteúdo Programático da UEM.

Desenvolvimento:Primeiro Momento: Preparemos duas dinâmicas, uma em que julgamos as coisas (claro que podemos relacionar com pessoas) e outra para fixação do tema.

1. Dinâmica: Caixinhas de Presentes – Não julgar pelas aparências

OBJETIVO:

Mostrar que não devemos ver apenas as aparências. A nossa tendência natural é escolher alguma coisa por ser bonita, mas nem sempre o que se mostra bonito é valioso!

Material e sua preparação: Levar 10 caixas embrulhadas com papel de presente:

07 delas devem estar embrulhadas de forma bem bonita, algumas podem ser grandes e outras podem ser pequenas.

03 caixas estarão embrulhadas de forma mais simples, poderá ser com papel jornal, papel pardo, sulfite ou papel de presente amassado/rasgado.

Dentro das caixas bonitas coloque jornal amassado, pedras, pedaços de pau, revistas velhas (materiais com pouco valor).

Dentro das caixas simples coloque objetos bons, por exemplo: balas, pirulitos, bombons, pequenos brinquedos, livrinhos bíblicos.

Coloque as caixas no centro da sala, todas misturadas.

DINÂMICA: Divida a turma em grupos e escolha 1 criança de cada grupo, esta criança deverá escolher uma das caixas e todo grupo receberá o que contém na caixa.

Todos do grupo podem participar dando sugestão de qual caixa à criança deverá escolher.

Quando todos os grupos já estiverem com as caixas de presente, pergunte para cada grupo porque escolheram aquela caixa.

Então, peça para que cada grupo abra o seu presente, aguarde a reação de cada um (2 minutos).

Depois de aberto, peça para que cada grupo fale o que ganhou e mostre para os demais grupos. (peça paciência as crianças, para elas ainda não comerem o que ganhou)

Procure "explorar" bem esta situação fazendo as crianças entenderem que nem sempre um pacote bonito faz um conteúdo valioso.

E finalizando dizer que vamos dividir o que ganhamos, compartilhando com as outras crianças as balas, pirulitos, etc.

Segundo Momento: Desenvolver o tema.

Nossas reações

Reagimos mais do que agimos às diversas situações que nos acontecem diariamente. Nossa primeira atitude ainda é de repreensão, julgamento e crítica.

Estamos sempre julgando pessoas, coisas e situações, apontando erros e falhas, censurando, ao invés de termos um olhar benevolente e de aprendizado ao que nos acontece. Mas quanto a essa postura Jesus já havia nos alertado, vamos ver como Ele nos ensinou: (preparar um cartaz e colar no quadro)

“Não julguem, a fim de não serem julgados; porque vocês serão julgados segundo julgaram os outros; e será usada com vocês a mesma medida da qual usaram para medir os outros” (Mateus, cap.7:1,2)

Antes de atribuir a alguém uma falta, apontar algum erro vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. Antes de julgar alguém com severidade, procuremos ser tão indulgentes para com ele quanto o seríamos para conosco.
Por que Jesus nos ensina a não julgarmos o próximo?

Se refletirmos sobre as inúmeras faltas que cometemos ao longo da vida, e reconhecermos que erramos muito, seremos incapazes de condenar atos que talvez nós mesmos já houvéssemos praticado.

De um modo geral, somos benevolentes para com os nossos erros e muito severos para com os erros dos outros. Sempre estamos certos e os outros sempre errados.

Precipitamo-nos e nos equivocamos no julgamento do próximo, mas não julgar tem um verdadeiro sentido, que está na palavra caridade. A caridade que Jesus ensinou é Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições dos outros. Perdão das ofensas. Eis ai que nos ensinou Jesus em suas sábias
lições de humildade e de indulgência, levando-nos, de um lado, ao reconhecimento das nossas próprias faltas, e de outro, à compreensão das faltas alheias.

Jesus nos advertiu, não podemos pretender tirar o argueiro (cisco, coisa insignificante) nos olhos dos outros, se temos em nossos olhos a trave (trava, viga de madeira) que nos cega dificultando-nos a caminhada. Então, para entendermos, para sermos benevolente, indulgentes para com os erros de nossos irmãos, é preciso que, antes de tudo, nos conscientizemos dos nossos erros, das nossas imperfeições e das nossas limitações. A partir daí sim, teremos condições de compreender os erros dos outros.

A pessoa indulgente não vê os defeitos dos outros, ou se os observa, evita falar deles ou divulgá-los, a fim de que não se tornem conhecidos por outrem.

O nosso dever básico deve ser o de vigiarmos a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios. Sejamos indulgentes, rogando perdão para os nossos erros e perdoando os que erram.

O perdão é indispensável ao equilíbrio, assim como o ar é indispensável à vida.

Antes de revidarmos a palavra ofensiva, dita impensadamente, antes de aceitarmos a provocação, pensemos duas vezes.

Meimei nos fala que toda criatura precisa de perdão, como precisa de ar, porque o amor é o sustento da vida, e o bálsamo do perdão anula o veneno do ódio.

Mas, tudo isso, a indulgência, a benevolência, o perdão, requer exercício. Pelo fato de ouvirmos sobre a importância do perdão, não significa que vamos assimilar da noite para o dia.

Comecemos a relevar as pequenas indelicadezas, as pequenas ofensas para, depois, aprender a perdoar as grandes ofensas.

Pensemos muito em que Jesus nos ensinou quando disse: “Fazer aos outros aquilo que nós gostaríamos o que os outros nos fizessem”, pensemos também quando disse: “não julgueis para não serdes julgados”, pois ainda Ele nos diz que segundo julgamos seremos também julgados.

Terceiro momento: Apresentar a história de Miguel para que analisem e percebam o mecanismo que usamos de pré-julgamento com os outros.

2. Caso Miguel: Não devemos julgar os outros

TEMA: Como julgamos os outros
OBJETIVO: Mostrar através de uma estória como é fácil julgarmos os outros e principalmente como não devemos fazer isto.

PREPARAÇÃO: Iremos preparar 6 painéis com pedaços da estória. Pode ser feito com papel cartolina ou papel pardo. Se possível fazer umas ilustrações para descontrair. Cada relato é um painel.

DINÂMICA:

Ir apresentando os painéis e complementando a estória. Antes de colocar um novo painel no quadro, e ler a continuação, dar uma pausa e perguntar o que a turma acha sobre o Miguel. Será que ele é doido? Será que ele é problemático? O que vocês acham que o Miguel é?

Após toda a estória apresentada, contar a versão do próprio Miguel.

Por fim, comentar a estória falando sobre a questão do julgamento. Nós temos muita facilidade para julgar os outros, mas não devemos fazer isto por que não sabemos o que se passa na vida das outras pessoas.

Quarto momento: Atividade escrita – Colorir, recortar e colar a seqüência certa da estória, produzindo um texto após sobre a estória.

Prece Final


O CASO MIGUEL: Não devemos julgar os outros



Relato do padeiro:

Esse menino não é muito certo da bola não. Ás vezes, cumprimenta a gente, outras vezes parece que nunca me viu. Tem dias até que puxa um dedinho de prosa comigo, e ainda faz comentários do jogo da véspera. Quando procuro por ele, para continuar o assunto, já não está mais lá. Ontem chegou aqui de cara amarrada, com os olhos vermelhos!…

Não sei, não!… Acho que ele se droga…

Pediu 1 litro de leite e 2 pãezinhos e se mandou. Ele é muito esquisito!!! Coitada da mãe dele!!! Deve sofrer!!!



Relato da mãe:

Naquela manhã, Miguel acordou cedo, não quis tomar café. Nem ligou para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Não quis vestir o casaco que eu lhe dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência aos meus pedidos para que se alimentasse e se agasalhasse! Ele continua uma criança que precisa de cuidados o tempo todo. Ele já tem 14 anos, mas não tem noção do que é bom para ele.



Relato do Trocador de Ônibus:

Naquela manhã de sábado, entrou no ônibus um rapaz com toda a pinta de pivete. Cara fechada, de mal com o mundo, meio nervoso. Fiquei de olho nele, esperando que assaltasse alguém. Levava uma sacola de plástico com, provavelmente, aquilo que ele já havia roubado antes. Olhava o tempo todo para o relógio, como se estivesse admirando o que roubou. Essa juventude de hoje!!! O mundo está mesmo perdido!!! Fiquei aliviado quando ele desceu, sem ter conseguido assaltar ninguém. Também pudera!!! Ele sentia que eu estava o tempo todo de olho nele!!!



Relato do vendedor do Mc Donald’s:

Logo de manhã, apareceu um garoto quando ainda estávamos abrindo a loja… Parecia um doido! Queria, por que queria que tudo parasse e ele fosse logo atendido. Queria o hambúrguer para ontem! Ora! Como se eu fosse o empregado dele! Não era muito normal, não! Ficava andando de um lado para o outro, olhando o relógio, falando sozinho…!



Relato do porteiro:

Esse garoto está sempre afobado! Fala com a gente e mastiga o sanduíche ao mesmo tempo!! Engraçado que está sempre atrás do mesmo garoto! “Cadê o Carlos? Você viu o Carlos? Pra onde foi o Carlos?” Ih, não sei não! Não é coisa boa!




Relato do faxineiro:

Ah! Eu sabia! Não é de hoje que eu desconfiava desse moleque!! Peguei ele no flagra!!!

Desde que me falaram que tem gente roubando coisas no vestiário, eu fiquei de olho, né? Ninguém presta atenção num faxineiro… Então fica mais fácil, e não deu outra!

Como quem não quer nada, eu estava lá enrolando na limpeza do vestiário, varrendo, mas prestando muita atenção no movimento. Foi quando entrou aquele garoto, olhando para todos os lados, mais para ver se alguém podia ver o que ele ia fazer… Para ele, eu não existia, seu olhar passava direto por mim. Quando ele tirou as chuteiras roubadas do saco plástico, eu não tive dúvida! Comecei a gritar!!!

Socorro, ladrão!! Pega ladrão, pega ladrão!!!

Caso Miguel: Não devemos julgar os outros


Versão do Miguel: “Eu só penso em futebol. Fico pensando, a semana inteira, nas peladas do final de semana, nos treinos que eu assisto, do meu timão do coração, lá na Gávea. Zico é o meu maior ídolo! Ninguem sabe o que aconteceu, ontem, lá na Gávea, meu amigo Carlos veio me avisar que o próprio Zico estaria lá, no dia seguinte, testando a galera para formar como jogador de futebol no seu time. Fique logo ansioso e lógico que eu queria ser testado também, né!? perguntei pro Carlos se eu podia comparecer e ele disse que era só chegar com chuteiras, (óbvio), cópia da certidão de nascimento e 1 retrato. E, principalmente que chegasse na hora certa, sem me atrasar, por que o Zico é rigoroso pacas quanto ao horário.

Meu irmão, nem dormi direito esta noite. Acho que era ansiedade, dormi mal pra caramba!!! Fiquei só pensando, imagina ver o Zico de perto, jogar bola com ele, isso é meu sonho! Muito show imagina só, você não está entendendo, o Zico como meu treinador, isso é demais!

Ao me levantar, depois de uma noite horrível, fui comprar o leite e o pão para a mamãe. Detesto chegar na padaria do Seu Manoel e ver, sempre, aquela gente se “empurrando” na fila tão cedo. Acho até que nem foram pra casa dormir ainda! Quando eu chego lá e esse pessoal está lá também, compro tudo e saio fora rapidinho. Eu gosto do Seu Manoel, pena que ele não pode escolher pra quem vai vender, até por que ele precisa ganhar dinheiro. Mas não acho legal essa galera que só fica bebendo. Quando está vazio até dou uma parada pra trocar uma idéia com ele, mas isso é tão raro!

Deixei o leite e o pão na cozinha. Peguei minhas chuteiras e corri pra não me atrasar. Ouvi a mamãe resmungando pra comer bolo e botar o casaco com o maior sol lá fora, e eu nem estava visando comer em casa, sou mais o Mac Donald’s do que o bolo. Coitadinha! Ela sempre faz esse bolo, mas é que hoje estou com pressa mesmo!

O ônibus, pra variar, demorou muitíssimo! Já estava nervoso! Amigo, se houver trânsito, não vai nem dar pra eu comer alguma coisa. Tenho até medo de passar mal no treino. Eu estava tão ansioso que toda hora olhava no relógio, como se pudesse parar o tempo.

Finalmente desci do ônibus e deu tempo de lanchar. Fui ao Mac Donald’s ali do lado, rezando pra ser servido logo, por que eu não podia me atrasar. O pior de tudo é que o único vendedor, naquela hora, era muito mole! Acho até que estava fazendo de propósito para me deixar mais nervoso.

Ufa! Consegui chegar no clube na hora! Perguntei para o porteiro se ele havia visto Carlos, meu amigo. Ele disse que ele já tinha chegado e que devia estar no vestiário. Fui rapidinho pra lá, olhando para todos os lados, vendo se encontrava Carlos. Entro no vestiário e só quem estava lá dentro era aquele faxineiro fofoqueiro que não simpatizo. Esta sempre rondando, parece um carrapato pegajoso!… Adora adular o pessoal! Deve achar que vai levar uma graninha com isso. Mas aí quando resolvi me trocar e procurar Carlos depois, o faxineiro começou a gritar: – Socorro! Ladrão! Pega ladrão! Nem sei qual foi, mas quando fui ver ele estava apontando pra mim! Que sufoco! Entrei em enrascada, mas consegui provar que era inocente.

Finalmente, o incidente saiu melhor que a encomenda. Zico soube do ocorrido, e cada vez que me olhava começava a rir, imaginando a situação. “E foi assim que fui notado e consegui ficar entre os escolhidos.”

Por fim, comentar a estória falando sobre a questão do julgamento. Nós temos muita facilidade para julgar os outros, mas não devemos fazer isto por que não sabemos o que se passa na vida das outras pessoas.



ATIVIDADE ESCRITA




17 de junho de 2011

Atividade - Não julgue, afim de não ser julgado

Seqüencia de estórias em quadrinhos











Nossas reações e a Bem-aventuranças

Reagimos mais do que agimos às diversas situações que nos acontecem diariamente. Nossa primeira atitude ainda é de repreensão, julgamento e crítica. Apontamos erros e falhas, ao invés de termos um olhar positivo e de aprendizado ao que nos acontece. Transferimos responsabilidades, adiamos mudanças de postura, não fazemos a nossa reforma íntima.









Peça ao seu grupo que complete estas seqüências de situações. Através destas respostas, que podem ser em desenho ou escritas, podemos saber como eles estão agindo no mundo.
Se somos agitados, inquietos e emburrados, vamos dar um tipo de resposta.

Se já vivencio em mim as bem-aventuranças, estou pacificado e procuro compreender o outro, entendendo melhor a situação que estou passando, a minha resposta vai estar diretamente ligada a este estado de espírito.

O grande objetivo de nossos relacionamentos é progredir espiritualmente e tomar consciência de que ser feliz ou infeliz são o resultado direto de nossas atitudes.

Fonte:http://lubeheraborde.blogspot.com/

6 de junho de 2011

Aula - Alegria e Mau humor


Prece inicial

Primeiro momento: Leitura da estória “O Cavalinho Insatisfeito”.

Segundo momento: Conversar sobre a estória com os evangelizando e perguntar como era o cavalinho no início (insatisfeito, reclamava o tempo todo de tudo, mal-humorado) levando as crianças a concluírem que o mau humor e as queixas não resolvem nenhum problema e afasta as pessoas do nosso convívio.

O Espírita não deveria ser mal-humorado, quando menos porque sabe de onde veio, o que aqui está fazendo e para onde vai, além de conhecer, de cor e salteado, que nada acontece por acaso e que há forte razão para as dificuldades pelas quais esteja passando, de qualquer ordem, mesmo que gravíssimas, já que as Leis Naturais são perfeitas e, por isso mesmo, não sofrem alteração, não havendo, na Criação, privilégio de qualquer espécie a quem quer que seja.

Bem ao contrário, o Espírita deveria ser alegre e muito grato pela excelente oportunidade de que desfruta, uma vez mais, pela via da reencarnação, de poder ajustar e reajustar contas, de poder corrigir erros, males e equívocos, e seguir aprendendo e evoluindo sempre, na busca permanente da perfeição relativa e da felicidade suprema, destino final dos seres humanos.

Terceiro momento: Questionar os evangelizando.

· O que é alegria? O que os deixam alegres? Observar as respostas e levar a criança a perceber se esse sentimento acontece somente com situações materiais ou morais.
Por exemplo: ficamos alegres quando estudamos e tiramos nota 10 numa prova? Se tivéssemos "colado”, o sentimento seria o mesmo?
A alegria maior, verdadeira é aquela que sentimos quando nossa consciência está tranqüila. É o dever cumprido.
A tristeza aparece quando nos afastamos do compromisso.
· “Ser alegre” e "estar alegre" é diferente? “Estar alegre" é um estado de momento. Podemos inibir o "ser alegre" se condicionarmos a alegria a alguns acontecimentos. Ex.: só consigo ficar alegre ou feliz se eu tiver o tênis da moda; só ficarei feliz se eu cair na mesma turma do ano passado; etc. Essa alegria não é verdadeira. 
· Podemos ser felizes diante da dor?  (colocar figuras com pessoas em situações difíceis, mas com expressões diferentes, umas com fisionomia calma, outras sofridas); refletir que podemos ser felizes mesmo diante da dor ou dificuldade quando entendemos a razão daquilo e tiramos lições. 
Se determinada escolha não foi boa, vamos trabalhar com ela com alegria, vencendo mais fácil a situação. Por ex.: se fui colocado numa classe diferente, com pessoas que não conheço a minha alegria e satisfação, vai emanar vibrações de tal categoria que pode envolver as pessoas e estas serem atraídas para novas amizades. A alegria do Espírito é uma energia transformadora que desmobiliza vibrações inferiores.

Quarto momento: Contar o caso “Coitadinho de mim” e “A alegria dos outros”.

Quinto momento: Leitura do texto “A Casa dos Mil Espelhos”.

Sexto momento: Escolher uma das atividades abaixo.

- Desenho em xilogravura: Ouvir uma música sobre alegria (“A Energia do Amor”, “Pra ser Feliz” ou “É Preciso”) e a partir da música produzir desenho em xilogravura.

Xilogravura em isopor

Materiais:

Bandeja de isopor
Pincel Condor
Tesoura
Tinta guache
Ponta seca ou caneta sem tinta

Modo de preparo:

Corte as abas da bandeja, utilize a parte totalmente lisa, não pode ter nenhum tipo de relevo.
Com a caneta sem tinta ou ponta seca marque o desenho sobre a bandeja.
Com o pincel, espalhe a tinta guache homogeneamente sobre o desenho e imprima sobre o papel. Se necessário, faça alguns testes antes para sentir a necessidade de mais ou menos tinta.

-Desenhar o seu rosto com expressão alegre e escrever o que o deixa com esse sentimento.

- Desenho para colorir.

Prece de encerramento

Aula preparada a partir de material recebido pelo grupo e outros.

Tia Zezé - 3º ciclo da infância - CEE - Vitória –ES 2011



HISTÓRIAS

O CAVALINHO INSATISFEITO

Apesar de morar numa linda cocheira cheia de conforto, o cavalinho estava sempre insatisfeito.

Tinha um grande campo verde para cavalgar e brincar com seus amigos, onde não lhe faltava erva tenra e macia para sua alimentação e água pura e límpida para beber num regato próximo.

E quando a noite chegava, recolhia-se à cocheira, onde um monte de capim novo e seco lhe servia de leito, enquanto pela janela aberta podia ver as estrelas brilhando no céu, lá longe.

João, um servidor amigo, banhava-o regularmente, escovando seu pelo com cuidado e deixando-o brilhante e sedoso.

Ainda assim, não estava contente e passava o tempo a reclamar da vida.

Reclamava de ter que levantar cedo, da grama que não estava bem verde e macia, da água que alguém turvara, do colchão de capim duro.

Quando o empregado vinha banhá-lo, reclamava que a água estava muito fria, e a escova, muito dura, o machucava.

Certo dia, quando João chegou sorridente para tratá-lo, encontrou-o ainda com humor pior do que nos outros dias. Sem querer, o empregado descuidou-se e o balde com água caiu sobre a pata do cavalo.

Imediatamente, o animal reagiu, irritado, dando um coice no coitado do servidor, dizendo com maus modos:

- Desastrado!

Caindo de mau-jeito, o rapaz não conseguiu se levantar, gritando por socorro.

Quando vieram acudi-lo, vendo-o no chão, indagaram:

- O que houve, João?

Gostando realmente do cavalinho e não desejando que fosse punido, respondeu:

- Não foi nada. Caí e machuquei a perna.

Levado a um hospital, constataram que João fraturara um osso de uma perna e seria preciso engessá-la. Durante um mês teria que fazer repouso e não poderia trabalhar.

No dia seguinte, outro empregado foi encarregado de cuidar dos animais, substituindo João em suas funções.

Sendo muito preguiçoso, o novo empregado não se preocupava com nada. Esquecia de soltar os animais para passear no campo, não trocava a água dos bebedouros, não tirava o capim velho substituindo por novo e não gostava de dar banho, deixando-os sujos e mal-cheirosos.

Como o cavalinho reclamasse do tratamento que lhes estava sendo dispensado, pois vivia cheio de moscas, ainda recebeu algumas chibatadas no lombo, que o deixaram ferido.

Assustado, visto que nunca tinha apanhado, o cavalinho ficou com medo e nunca mais reclamou de nada.

Lembrava-se, porém, com profunda saudade do servidor amigo que os tratava sempre com bondade e nunca lhes deixara faltar nada. Á noite, sozinho, olhando as estrelas, ele chorava de tristeza em seu leito sujo e mal-cheiroso.

Quando João retornou, após os trinta dias, foi com um relincho feliz que o recebeu. O cavalinho encostou a cabeça em seu peito, satisfeito pela volta do amigo.

O empregado estranhou a atitude carinhosa do animal, antes tão mal-humorado, e se condoeu do seu aspecto, pois perdera o ar altivo, mantendo a cabeça baixa; estava todo sujo e seu pêlo ferido sangrava, mordido pelos insetos que assentavam em seu corpo, atraídos pela sujeira.

- Agradeço seu cuidado e atenção. Foi preciso que eu sofresse para saber valorizar sua amizade. Agora compreendo como fui rude e malcriado com você, e como foi bom para mim. Perdoe-me o coice que lhe dei. Isso nunca mais acontecerá.

Fez uma pausa e, fitando o amigo com os olhos úmidos de emoção, concluiu:

- Aprendi que é preciso saber agradecer tudo o que temos. Deus me deu uma vida boa onde nada me faltava, no entanto eu vivia insatisfeito com tudo. Foi preciso que as coisas piorassem para que eu pudesse perceber como era feliz. Entendi, também, que é preciso saber respeitar os outros se desejamos ser respeitados.

Tia Célia

(Fonte: O Consolador – Revista Semanal de Divulgação Espírita – Espiritismo para Crianças – Célia Xavier Camargo – Ano 1 – nº 23 – 21/09/2007)


COITADINHO DE MIM !?
 
Jerônimo Mendonça nasceu em Ituiutaba (MG), em 1 de Novembro de 1939, tendo desencarnado em 25 de Novembro de 1989. A vida do médium Jerônimo Mendonça foi um exemplo de superação de limites. Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatóide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas por todo o Brasil a fora para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado “O Gigante Deitado” pelos amigos e pela imprensa.
Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou. Uma hemorragia acentuada, das vias urinárias, o acometeu.. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar.
- Doutor, será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba, para despedir-se de Chico Xavier? Eles são muitos amigos.
- Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho.
Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco. Quando chegaram a Uberaba, estava vermelho, tinto de sangue. Chegaram à Comunhão Espírita, onde o Chico trabalhava então. Naquela hora ele não estava, participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando o pão e o evangelho aos pobres e doentes.
Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue disse o Chico:
- Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! 
Vamos todos dar uma beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não “despetalar”.
Um a um os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome, permanecendo assim por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou.
Ele que, fraco, havia ido ali se despedir, para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica, a pedido de Chico, em seguida vem a explicação: 
- Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo?
- Não, Chico. 
- Foi porque você aceitou o “Coitadinho”. Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... Você desenvolveu a autopiedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante, Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você. 
Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras, ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios.
Sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia “fatal”. Venceu o “coitadinho”.
Que essa história nos seja um exemplo, para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento.
Extraído do Jornal Espírita de Setembro de 2007.


A ALEGRIA DOS OUTROS
 
Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
- Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
- É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.

A CASA DOS MIL ESPELHOS

Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos.

Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.

Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele.

Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos.

Quando saiu da casa, pensou:

-Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes.

Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa.

Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta.

Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes tentando afugentar e ameaçar os outros cães, mas ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou:

-Que lugar horrível, nunca mais volto aqui...


Todos os rostos no mundo são espelhos... Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?

Folclore Japonês


"Os tristes acham que o vento geme;

Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta.

O mundo é como um espelho, devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.

A maneira como você encara a vida, faz toda a diferença."

Autor desconhecido