20 de agosto de 2017

Aula - Obediência e Resignação

PLANO DE AULA
OBEDIÊNCIA e RESIGNAÇÃO

“A obediência é o consentimento da razão; 
a resignação é o consentimento do coração.”

OBJETIVO: Levar ao conhecimento e ao coração das crianças, que a obediência às leis de Deus e àqueles que nosso Criador coloca em nossos caminhos: pais, mães, professoras, nos levam à conquista dessa virtude importante, que se chama — obediência.

Bibliografia: Elucidações Evangélicas. Cap. 9. Antônio Luiz Sayão; Lucas - Capítulo 2: 42 a 52; site Momento Espírita “Ofereça a outra face”; O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 5, item 12 - Cap. 9, itens 7 e 8.


PRIMEIRO MOMENTO:

Dinâmica - Obediência e resignação

Sugestão:
1. Providenciar as letras de uma palavra em tamanho grande. (Você pode fazer no computador, imprimindo uma letra em cada folha A4 e, depois recortando, ou pintando. Exemplo: OBEDIÊNCIA/RESIGNAÇÃO. Elas estariam escondidas pelo espaço de uma sala ou pátio e cada criança receberia pistas para encontrar uma letra.
2. Depois, a turma teria que se unir para descobrir a palavra.
3. Depois, iriam dialogar pra "traduzir" esta palavra em um texto ou em desenhos.

Comentário: A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. (...).  Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 9. Item 8. Allan Kardec). (...) A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Filipenses 2:8)


SEGUNDO MOMENTO: Leitura e reflexão.


2.42   Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.


2.43   Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.


2.44   Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos;


2.45   e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura.


2.46   Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.


2.47   E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.


2.48   Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura.


2.49   Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?


2.50   Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera.


2.51   E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.


2.52   E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.

Jesus foi a encarnação da virtude obediência e resignação. Ele era obediente aos seus pais desde a sua infância e, acima de tudo, a de Deus, cumprindo a vontade D’Ele. 
Conta-se que aos doze anos, permaneceu em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. E quando o encontraram, estava sentado no Templo entre os doutores, escutando e fazendo perguntas.
Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados e sua mãe lhe disse: Filho, por que você fez isto conosco? Teu pai e eu estávamos aflitos, à tua procura.  Ele lhes respondeu: Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai? Dizendo estas palavras, quis se referir à missão altíssima de que se achava investido (1). Mas eles não compreenderam o que o menino havia dito. Então, Jesus desceu com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a seus pais da Terra.
Jesus disse: ''Pois desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou''. Constantemente o Divino Mestre demonstrava Sua obediência e Seu imenso amor pelo Criador.  Momentos antes da Sua prisão, Ele orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". Jesus aqui nos ensina que acima de nossa vontade, acima de nossos interesses, está a soberana vontade de Deus, diante da qual nós devemos curvar humildemente. E que pela prece, atraímos os Bons Espíritos, que vêm nos ajudar nas dificuldades e nos aconselham bons pensamentos; dá-nos resignação e conforta-nos nas horas de sofrimento.  
Sendo um Espírito puro, o Divino Mestre não precisava sofrer. No entanto, Ele sofreu para que pudesse mostrar aos homens, por meio de um exemplo prático, a resignação, a obediência e a submissão com que se devem eles comportar, diante das vontades do soberano Senhor.  Nos últimos momentos do seu sacrifício na cruz, limitou-se a dizer em voz alta: ''Tudo está realizado''. E, inclinando a cabeça, entregou o Espírito.
Devemos sofrer sem reclamar, visto que os sofrimentos deste mundo são necessários ao nosso progresso espiritual. Felizes serão os que sofrerem com paciência e resignação. Aqueles que não forem obedientes ou resignados, ou seja, aqueles não cumprirem as suas provas ou não suportarem as suas expiações, terão que recomeçá-las.
TERCEIRO MOMENTO: Questionamentos e desenvolvimento do tema.
A quem vocês obedecem? A seus pais, familiares e professores? Vocês tem dificuldades para obedecer? Porque? Já se perguntou?   
A dificuldade vem do orgulho, porque o guardamos ainda em nosso coração. Ele nos impede, como outros motivos, como, por exemplo, diante de uma ordem, é comum sentir a sensação de inferioridade e resistir a atender. Também por contrariedade, quando não é nosso interesse ou desejo.
 Somos pessoas ainda orgulhosos e egoístas, não usamos nosso livre–arbítrio dentro da lei de amor, nós mais abusamos dele, fazendo o que nos interessa e queremos. Em geral, estamos sempre atendendo a nossa vontade, aos nossos interesses e desejos egoísticos. Porém, nossas escolhas estarão submetidos as leis de Deus, como a lei de ação e reação, e toda desobediência e revolta tem consequências desastrosas na nossa vida presente e futura.
E, foi uma das coisas que Jesus ensinou no sermão da montanha em “Bem aventurados os mansos e pacíficos” e “Bem aventurados os que choram”. A obediência é qualidade dos dóceis, mansos e os humildes, pois estes tem compreensão maior do amor, estes submetem a vontade de alguém no estado de dependência, sem revolta. Revolta é sofrimento; pensar e sentir sem disposição para aceitar um estado de dependência, é nadar contra a correnteza de um grande rio.
Aquele que obedece é correto e cumpridor de seus deveres para com Deus, consigo e com os outros, exercitando no bem e no amor o poder de escolha (livre-arbítrio). É uma atitude de responsabilidade, respeito e colaboração a quem se serve.
Resignação é a forma paciente de aceitarmos o que não se pode mudar na etapa que nos encontramos, e que o nosso orgulho “ferido” impõe a emoção e a razão. Orgulho é um titã que devemos vigiar constantemente e domar em nossas almas. Mas também, não significa servidão total, envolve bom senso, disciplina, respeito com a autoridade, com o mais velho e experiente, ou seja, é a maturidade na alma.
Resignar-se diante das provas e expiações é ser obediente aos desígnios divinos, está cumprindo os seus deveres para com Deus, si mesmo, a família e a sociedade.
O rebelde não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras, que o Divino Mestre possuía.  
Em qualquer situação é pensar antes de agir, e agir com o bom sentimento guiado pelo amor. Jesus foi o autor de inúmeras formas de demonstrar isso, como sábio Mestre, a importância dessa disposição íntima (pensar antes de agir, e agir com o bom sentimento guiado pelo amor).
Destaquemos alguns ensinamentos que Jesus trouxe e onde se exerceremos a obediência:

1º – fazer aos outros somente aquilo que queremos para nós;
2º – amar aos inimigos;
3º – caridade;
4º – “oferecer” a outra face;
5º – perdão;
6º – Não julgar.

* Observemos que oferecer a outra face, não quer dizer dar o rosto para bater. É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável, devemos reagir de forma oposta. Ou seja, se gritam conosco, falemos com calma; se atiram pedras, joguemos flores; Se todos choram, sejamos otimistas e console; se nos provocam para uma briga, conversemos compreensivos. Nós sendo aqueles que ofereceremos a face sorridente da fraternidade e bondade, onde a tristeza, egoísmo e o ódio marcam presença.

OBEDIÊNCIA é e será uma constante na vida. Em todo o caminho percorrido na Terra a criatura se submete a alguém.  Crianças obedecem a seus pais, o aluno submete ao ensino do professor, o trabalhador e o profissional ao seu chefe, a pessoa ao horário de trabalho, escola, ônibus, etc., e assim sempre estamos nos submetendo a alguém ou alguma coisa.
Segundo à lei da evolução e causa e efeito, toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas, bem-aventurados os que são mansos, porque darão ouvidos dóceis aos ensinamentos de Jesus, e este não terá aflição, sofrimentos intensos.

QUARTO MOMENTO: Atividade escrita

PRECE FINAL



Significado das palavras no “Aurélio”:

Obediência: 
1. Ato ou efeito de obedecer.
2. Hábito de, ou disposição para obedecer.
3. Submissão à vontade de alguém; docilidade.

Resignação:
1. Ato ou efeito de resignar (- se).
2. Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3. Submissão paciente aos sofrimentos da vida. 

Submissão: 
1. Ato ou efeito de submeter (- se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação;
2. Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade; […] 


HISTÓRIA

Nico estava sentado à porta da sua nova casa, ele estava muito triste. Parecia tão solitário que o seu cachorrinho Topy chegou perto para consolá-lo. Topy latia e lambia sem parar para tentar distrair um pouquinho a Nico, mas nada parecia dar certo.
  -Você é um ótimo amigo, Topy. Mas eu desejaria tanto ter amigos de verdade para brincar, jogar futebol, andar de bicicleta.
Topy abanou o rabo compreensivamente.
  Ele compreendia como se sentia sozinho o seu amiguinho. O pai dele tinha arrumado um emprego de gerencia numa nova fábrica numa pequena cidade, perto do campo. O lugar era muito bonito, mas já tinham se passado vários dias e Nico não tinha feito nenhuma amizade, e isso o deixava muito triste.
De repente apareceram dois rapazes correndo. Eram Mario e Chico.
Levavam mochilas, varas de pesca y uma bola. Com certeza que iriam de pique nique na beira do rio.
Quando chegaram perto gritaram para Nicolas, mas continuaram caminhando..
-Você viu Topy? Ninguém me convidou. Jamais farei amizades nesta cidade!  Topy respondeu latindo tristemente.

Mas logo após vinha outro menino da escola. Era Carlos, ele era filho do dono da fábrica em que seu pai trabalhava. Era uma família muito rica. Carlos era muito paparicado por todos, todos queriam ser amigos dele.

-“Carlos nem vai olhar pra mim!” Pensou Nicolas, mas… que surpresa!!! Carlos chegou perto e disse:

-Oi Nicolas! O que você esta fazendo com essa cara tão comprida num dia tão lindo como este? Gostaria de vir ao rio comigo? Mario e Chico já estão lá.

Nicolas deu um pulo de alegria! Foi voando para dentro de casa pedir auorização a sua mãe.

Ela deixou ele ir e preparou um saboroso lanche para toda a turma.

Nicolas deu um beijo na mãe e já saía correndo quando ouve a voz da sua mãe dizendo:
-Nícolas, eu sei do seu desejo por fazer amizades aqui, mas nunca se esqueça que você já tem o melhor Amigo que existe! É Jesus, que mora dentro do seu coração desde que você  o convidou para entrar. E não troque a amizade de Jesus por nada nem por ninguém no mundo.

-Eu sei disso mamãe! –respondeu Nicolas ainda que não tivesse entendido porque a sua mãe estava dizendo isso para ele.

Logo estava Nico e Carlos conversando sobre futebol, escola, jogos….quando chegaram ao rio. Era um lugar muito bonito. Mario e Chico fecharam a cara quando viram Nícolas chegar, mas como vinha acompanhado de Carlos não disseram nada. Logo pegaram a bola e começaram a jogar. Nicolas tinha muito talento para jogar bola então os meninos mudaram de parecer se divertiram muito.

Logo chegou a hora do almoço e Nicolas pegou o lanche que a sua mãe tinha mandado e os meninos ascenderam um fogo para  assar uns espetinhos de queijo.

Mario estava pegando uns gravetos secos quando olhou e viu uma plantação de milho pertinho deles.

-Gente acabo de ter uma idéia genial! -disse Mario todo alegre- Acabo de descobrir uma colheita de milhos enormes! Podemos comer milhos assados também! È uma delícia!

-E eu tenho uma idéia melhor! Temos que saber se Nicolas é valente o suficiente para fazer parte da nossa turma! –disse Chico e olhando para Nicolas completou- Nico, vai na plantação e pega uns 12 milhos. Entendido?

Nicolas olhou surpreso e perguntou:

-O dono da plantação deu autorização para pegar milhos a vocês?

Os três se olharam e …

-Hahahahahaha. Pedir autorização? Hahaha. De jeito nenhum! Você pula a cerca e pega uns deliciosos os milhos!

-Eu não! Isso é roubo!

-Haahahaha olhem como treme a mulherzinha! Medroso, medroso!Covarde!!!! Ele não pode fazer parte da nossa turma, é um covarde!!!!

-Não tenha medo -disse Carlos colocando amistosamente a mão no ombro de Nicolas- A gente fica de tocaia, se o dono da terra aparecer a gente defende você. E lembre o ruim que é ficar sem amigos, se você for lá poderá ser parte da turma da gente!

Mas que luta se travou no coração de Nícolas! A voz do seu amigo Jesus falou no seu interior com clareza.

-“Nícolas, se você roubar demonstrará que não é meu amigo. Eu morri na cruz por esses pecados, e você já pediu perdão e foi lavado com o meu sangue. Você disse que me amava, se de fato me ama, obedeça!”

Nícolas conhecia muito bem essa doce voz, era a voz do seu melhor amigo Jesus. Ele queria obedecer, mas era tão difícil. Nico tinha esperado tanto para arrumar novas amizades!!  Ele desejava muito ser amigo de Carlos!

- E ai! Quanta enrolação!! Se você não pegar esses milhos pode sumir daqui agora!

Nico engoliu saliva, botou o peito para fora e disse firmemente decidido:

-Não vou não! Isso é roubar, e eu não vou roubar jamais!

-Não seja tolo! Ninguém vai perceber! –disse Chico visivelmente irritado.

-Não tem nada demais! Todo mundo faz isso! -retrucou Mario.

- E daí que todo mundo faça! Isso não é correto e não penso fazer! Eu tenho um parente agricultor e sei quanto custa cultivar milho. Esses milhos custam dinheiro para o agricultor eu não vou roubar de ninguém. Ficou claro? Além disso, eu já tenho o melhor amigo que alguém possa ter, seu nome é Jesus!

Nícolas deu meia volta em meio de muita zombaria e gargalhadas. Sentia um nó na garganta, mas uma paz inundou seu valente coração! Ele sabia que tinha agradado ao seu fiel e amoroso amigo Jesus.

Ele tinha preferido a amizade de Jesus à daqueles meninos, agora sabia que ficaria só e seria objeto de zombarias no bairro e na escola….mas não estava nem um pouquinho arrependido.Meditando em tudo isto nem percebeu que Carlos vinha correndo atrás dele.

-Nico, Nico… espera ai! Foi mal!  Você tem razão! Eu nunca tinha pensado dessa maneira, não tinha me dado conta de que isso é roubar. E sabe? Desde que ando com esses mininos tenho feito muitas coisas que me incomodam e sei que não são boas. Você me perdoa?

- Com certeça! -respondeu Nico muito feliz.

-Vamos pescar? –convidou Carlos.

- Vamos amigo! -disse Nico.

A partir desse dia Nícolas e Carlos se tornaram amigos inseparáveis.

Nico estava muito feliz por ter escolhido a amizade de Jesus! Passados uns dias ele também ganhou um novo amigo para Jesus! Sim, é que Carlos quis ter Jesus como o seu amigo e o recebeu no seu coração. Agora alem de ser grandes amigos, eram irmãos!

E você amiguinho, quem é o seu melhor amigo?

História retirada do site: http://projetovidanova.com.br/cabofrio/?p=136

DESENHOS








ATIVIDADE


 RESPOSTA
do caça-palavras


Nenhum comentário:

Postar um comentário