26 de agosto de 2008

Dinâmica - Histórias diviertidas

Histórias divertidas para integração de grupo

OBJETIVO: Realizar a integração entre os alunos novos e os alunos antigos, ou entre todos os alunos caso ninguém se conheça.

MATERIAL: Uma folha em branco e lápis para cada grupo.

DINÂMICA:

Divida a sala em grupos de mais ou menos 4 participantes. Cada integrante do grupo irá contar para seus colegas de grupo uma história engraçada que já passou. Pode ser um dia que pagou um mico, uma viagem, um dia de praia. Dê sugestões e conte uma história sua para incentivá-los.

Depois que todos tiverem contato suas histórias os integrantes deverão escolher as duas melhores e escrever no papel.

Um integrante do grupo será escolhido para ler as histórias na frente da sala. Depois de contar, os outros grupos deverão adivinhar de quem é a história contada.

Aproveite para soltar sutilmente alguns ensinamentos baseando-se nas histórias contadas.

*Desconheço a autoria

História - O macaquinho sabe tudo

O MACAQUINHO SABE TUDO

Estava o macaquinho Sabe Tudo pendurado no galho de uma mangueira. Ele era, maldoso e caçoísta: derrubava o ninho dos passarinhos, jogava cocos na cabeça dos animais e ria, pulando de galho em galho... Seu comportamento, porém, melhoraria de uma hora para outra, causando grande admiração entre os habitantes da Floresta Maravilhosa. Vejamos como isso aconteceu.

Ora certa vez, Sabe-Tudo percebeu que um filhote de esquilo tentava alcançar uma goiaba madura; mas, por mais que pulasse, não conseguia... O macaco, então, demonstrando suas habilidades de pulador, deu umas cambalhotas e colheu a goiaba, comendo-a em seguida.

O esquilinho, desapontado, começou a chorar e atraiu a atenção de vários animais, que reunidos embaixo da goiabeira, ameaçaram com seus berros o macaquinho peralta. Lá no alto, ele ria mostrando as gengivas vermelhas e os dentes amarelos... Depois, sempre rindo, Sabe-Tudo fugiu por entre as árvores, atravessando grande trecho da Floresta Maravilhosa. E, já cansado, dirigiu-se à beira da lagoa grande para refrescar-se um pouco e beber água. Ao se abaixar, porém qual não foi seu espanto ao ver refletida na água a imagem de um macaco grande e forte, atrás de si! O macaquinho arregalou os olhos sem coragem de virar a cabeça e olhar de frente o grande macaco que lhe disse:

-Não tenha medo... Sou o espírito de seu bisavô. Você está vendo porque tem mediunidade. Você é médium vidente. Faz muito tempo que eu desejava falar com você, assim, frente a frente...

-O senhor é pai do pai do meu pai? Perguntou Sabe-Tudo, admirado do que ouvia.

-Isso mesmo. Sou seu bisavô e seu Espírito-Guia.

-É meu protetor?

-Sou. Mas, estou muito aborrecido. Quantos desgostos você me tem dado! Hoje, ao vê-lo comer a goiaba que pertencia ao esquilo, resolvi falar-lhe diretamente. Você precisa aproveitar a vida, meu filho, para aperfeiçoar seu espírito. Foi para isso que você nasceu. Não faça mais mal a ninguém. Se continuar a prejudicar seus semelhantes, em sua próxima vida colherá resultados de toda maldade que está praticando. Quem faz o mal, colhe o mal! Está me entendendo?

O macaquinho de cabeça baixa, respondeu que sim. E o espírito de seu bisavô, abraçando-o prosseguiu:

-Nunca se esqueça de minhas palavras. Nunca se esqueça de que todo mal que fizermos receberemos de volta, mais cedo ou mais tarde! Quem avisa amigo é...

E o Espírito-Guia desapareceu... Sabe-Tudo ficou durante o resto da noite sentado à beira da lagoa grande, refletindo no que havia se passado.

No dia seguinte, assim que os primeiros raios do sol iluminaram a floresta. Sabe-Tudo, pulando de cipó em cipó, viu um canário recém-nascido cair do ninho; o macaquinho, rápido, conseguiu pegá-lo no ar. A bicharada ao ver o belo gesto de Sabe-Tudo. Entreolharam-se. Com quem diz: “O que houve com Sabe-Tudo? Está mudado! Ao invés de rir do canarinho, salvou-lhe a vida!”.

Mas, Sabe -Tudo guardou seu segredo e até hoje não o contou para ninguém.

FIM

"Desconheço a autoria do texto"

História - O Espírito da maldade

O ESPÍRITO DA MALDADE

O espírito da maldade, que promove aflições para muita gente, vendo, em determinada manhã, um ninho de pássaros felizes, projetou destruir a s pobres aves.
A mãezinha alada, muito contente, acariciava os filhotinhos, enquanto o papai voava, á procura de alimento.
O espírito da maldade notou aquela imensa alegria e exasperou-se. Mataria todos os passarinhos, pensou consigo. Para isto, no entanto, necessitava de alguém que o auxiliasse. Aquela ação exigia mãos humanas. Quem sabe algum menino poderia obedecê-lhe?
Começou, então, a buscar a companhia das crianças.
Foi à casa de Joãozinho, filho de dona Laura, mas Joãozinho estava muito ocupado na assistência ao irmão menor, e, como o espírito da maldade somente pode arruinar as pessoas insinuando-se pelo pensamento, não encontrou meios de dominar a cabeça de João.
Correu à residência de Zelinha, filha de dona Carlota. Encontrou a menina trabalhando, muito atenciosa, numa blusa de tricô, sob a orientação materna, e, em vista de achar-se o cérebro tão cheio das idéias de agulha, fios de lã e peça por acabar, não conseguiu transmitir-lhe o propósito infeliz.
Dirigiu-se então, à chácara do senhor Vitalino, a observar se o Quincas, filho dele, estava em condições de servi-lhe. Mas Quincas, nesta hora, mantinha-se, obediente, sob as ordens do papai, plantando várias mudas de laranjeiras e tão alegre se encontrava, a meditar na bondade da chuva e nas laranjas do futuro, que nem de leve percebeu as idéias venenosas que o espírito da maldade lhe soprava na cabeça.
Reconhecendo a impossibilidade de absorvê-lo, o gênio do mal se lembrou de marquinhos, o filho de dona Conceição. Marquinhos era muito mimado por sua mãe antes de desencarnar, que não o deixava trabalhar e lhe protegia a vadiagem. Tinha doze anos bem feitos e vivia de casa em casa a reinar na preguiça. O espírito da maldade procurou-o encontrando-o assentado à porta de um botequim. As mãos dele estavam desocupadas e a cabeça vaga.
“Vamos matar passarinhos”? Disse o espírito aos ouvidos do preguiçoso. Marquinhos não escutou em forma de voz, mas ouviu em forma de idéia.
Saiu, de repente, com um desejo incontrolável de encontrar avezinhas para a matança.
O espírito da maldade, sem que ele o percebesse, conduzia-a facilmente para a árvore onde havia o ninho.
A mãe de Marquinhos havia desencarnado a alguns anos, agora arrependida de não ter ensinado o filho o valor do trabalho desde cedo, estava muito preocupada com ele.
Enquanto observava o filho dona Conceição viu a mãe de Quincas que estava por perto e intuiu a amiga a chamar o Marquinhos para brincar com Quincas em sua casa.
Quando chegaram, vira Quincas trabalhando no pomar.
Marquinhos ficou brincando de plantar as laranjeiras. Gostou tanto que esqueceu as maldades e passou a ser um menino bom e aplicado. Junto com Quincas viu que é muito agradável a ser útil e não mais maltratar os animaizinhos que também são filhos de Deus.
Ele aprendeu isso com o amigo Quincas que sempre seguia os conselhos do pai e da mãe que eram guiados por espíritos superiores que estão sempre no trabalho de ensinar aos homens o amor que Jesus veio exemplificar aqui na terra.

FIM

Aula - Espíritos protetores

PLANO DE AULA

Espíritos Protetores

OBJETIVO: Levar as crianças a entenderem a diferença entre Espíritos Superiores e inferiores. Motivá-las ao aprendizado de viver no bem, mostrando como o trabalho ajuda na sintonia com a espiritualidade maior, mente ocupada não dá lugar para o adversário

ROTEIRO / CONTEÚDO:

Música e prece

Primeiro momento: Diálogo inicial:

São os Espíritos superiores que estão sempre a nos orientar no bem, Cada indivíduo tem um Espírito que lhe acompanha os passos, intuindo-lhe ao bom proceder. Estes Espíritos que nos orientam são chamados de “Espíritos Protetores”. Comunicamo-nos com eles pelo pensamento, através da oração, pelo sonho.

O Espírito protetor sempre nos dá bons conselhos indicando-nos o bom caminho, que muitas vezes teimamos em não seguir, preferindo caminhos que nos levam ao sofrimento. Quando o Espírito protetor vê que seus conselhos são inúteis, ele se afasta e só volta quando é chamado pelo protegido.

Desde que nascemos, até a morte, temos um Espírito protetor que é ligado a nós e que às vezes nos acompanha até depois desta. Eles podem ser um amigo de encarnações passadas, um parente ou até alguém que interessa pelo nosso desenvolvimento espiritual. Como a ligação com os espíritos se faz através do pensamento e do proceder devemos fazer o melhor no bem, para ligarmos sempre com os espíritos do bem.

Segundo momento:

HISTÓRIA: “O ESPIRITO DA MALDADE” (Ver em: Histórias)
Contar história, O Espírito da maldade, modificada com a introdução de um Espírito do bem que entra em ação para ajudar.

Atividade: Desenhar uma criança com seu “Espírito Protetor”.

Prece Final

Bibliografia: Alvorada Cristã, Francisco Cândido Xavier.

"Desconheço a autoria deste roteiro de aula".

18 de agosto de 2008

Aula - Precursores da Doutrina Espírita

PLANO DE AULA

Precursores da Doutrina Espírita

1 - OBJETIVOS:
Levar o evangelizando a:
* Identificar que os fatos mediúnicos remontam à Antiguidade
* Identificar as Irmãs Fox como médiuns precursoras do Espiritismo como doutrina
* Identificar o fenômeno das mesas girantes como um marco importante nos primórdios do Espiritismo.

2 - INCENTIVAÇÃO
Contar a história das Irmãs Fox:

O dia 31 de março é uma data muito especial na história do Espiritismo. Foi exatamente em 31 de março de 1848, há 155 anos, que ocorreu o primeiro diálogo entre as irmãs Fox e o Espírito de uma pessoa que tinha sido assassinada 5 anos antes na casa em que elas moravam, numa pequena cidade do Estado de Nova York, chamada Hydesville, nos Estados Unidos da América do Norte.
A família Fox, que era metodista, tinha alugado aquela casa de madeira um ano antes, em dezembro de 1847.
Ali moravam o Sr. John David, sua esposa Margareth e suas duas filhas Kate de 9 anos e Margareth de 12 anos. Eles tinham outros filhos, que não moravam com ele.
Antes da família Fox, outros inquilinos que moraram naquela casa já tinham se queixado que estranhos ruídos eram ouvidos ali.
Aqueles ruídos, que começaram aos poucos, foram aumentando de intensidade. Eram barulhos de arranhões nas portas e paredes, outras vezes eram batidas ou até mesmo barulhos de móveis sendo arrastados
Muitas vezes estas vibrações eram tão fortes que as camas tremiam e até se deslocavam do chão. Kate e Margareth, assustadas, não conseguiam dormir e iam para o quarto dos pais.
Todos estavam muito abalados. Em uma semana, a senhora Fox ficou com os cabelos grisalhos, de tão assustada.
O casal começou a investigar aqueles fenômenos, mas não chegavam a nenhuma conclusão.
Kate, a mais nova, teve uma idéia: desafiar aquela força invisível, começando a dialogar com ela. Batendo palmas, falou: Sr. Pé rachado,faça o que eu faço. Imediatamente ela ouviu o mesmo número de batidas.
Kate continuou: - Agora, faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro e bateu palmas. As batidas foram exatamente iguais.
Aí Kate falou para a sua mãe: - Já sei o que é! Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira!.
A senhora Fox então passou a fazer perguntas. Pediu ao desconhecido para dizer a idade de suas filhas e a resposta do número de batidas foi correta.
Então, ela se aprofundou mais no diálogo, perguntando: Quem está aí é um ser humano? Não houve respostas. Em seguida, ela perguntou: “É um espírito? Se for, dê duas batidas”. Imediatamente, ela ouviu duas batidas.
A Sra. Fox então perguntou: Se for um espírito assassinado, dê duas batidas.
Logo ela ouviu duas batidas.
Estabeleceram então uma espécie de comunicação com o espírito, criando um alfabeto do tipo “telegrafia espiritual”
Descobriram então que este Espírito comunicante tinha sido um vendedor ambulante de nome Charles Rosma, que tinha sido assassinado a golpes de facada há 5 anos por uma pessoa chamada Sr. Bell que na época habitava naquela casa. O corpo tinha sido levado para a adega e que somente na noite seguinte é que tinha sido sepultado, a aproximadamente 3 metros de profundidade. Contou que o motivo do crime foi o roubo de um dinheiro que possuía, aproximadamente 500 dólares.
Foram feitas escavações no local indicado e acharam alguns ossos e cabelos humanos.
Cinqüenta e seis anos mais tarde, foi encontrado próximo ao local, embaixo da parede, o esqueleto completo com uma lata do mascate, provando que o corpo tinha sido removido de um lugar para outro, com medo de ser descoberto.
Logo os vizinhos fizeram uma comissão de investigação e começaram a participar intensamente dos diálogos, ficando assustados, pois o Espírito respondia detalhes de suas vidas íntimas.
Um dos vizinhos estabeleceu então uma maneira de identificar as respostas, colocando as letras do alfabeto e o Espírito fazia pequenos arranhões nas letras.
No ano seguinte, a família Fox passou a excursionar pelo país, realizando sessões mediúnicas para o público em várias cidades.
Outras entidades espirituais começaram a se manifestar e disseram que Kate e Margareth eram médiuns que vieram com a missão de cooperar no importante movimento de idéias que chamaria a atenção do mundo em muito pouco tempo.
A repercussão dos fenômenos foi tão grande que começaram a atrair a atenção de milhares de curiosos. Em 1850, a família Fox mudou-se para Nova York e continuou com as sessões públicas no Hotel Barnum.
Outras comissões de investigação foram feitas, para ver se descobriam algumas fraudes e as irmãs Fox foram muito perseguidas.
A imprensa criticava e a Igreja Metodista a qual a família Fox pertencia ameaçou-os de expulsão. Porém, eles preferiram ser expulsos da Igreja do que negar que aqueles fenômenos eram verdades.
A partir desta data, começaram na Europa a aparecer o fenômeno das mesas girantes, despertando as consciências e preparando todos para o surgimento do Espiritismo.

3. DESENVOLVIMENTO:

1. Porque o Espírito do vendedor ambulante se comunicou com as duas meninas da família Fox?
R: Porque elas eram médiuns.

2. O que ele queria transmitir?
R: Contar a história do seu assassinato.

3. Por que ele se comunicou através de pancadas?
R: Porque as meninas eram evangélicas e não sabiam que existia a comunicabilidade dos Espíritos.

4. As meninas ficaram com medo? Saíram correndo daquela casa, achando que era mal assombrada?
R: A família Fox era corajosa e resolveu descobrir o segredo daquelas pancadas.

5. Como eles passaram a acreditar que era um Espírito que queria se comunicar?
R: A partir da coincidência das respostas. O Espírito não errava nas batidas.

6. Por que os Espíritos não se comunicaram pela palavra?
R: Porque, através das batidas, os espíritos ficavam mais visíveis , para que todos ouvissem.
Se fosse através da fala, poderia parecer que as irmãs Fox estavam enganando, ou que estavam simplesmente loucas.

7. Foi a primeira vez que aconteceu uma comunicação dos Espíritos ou já tinha algum fato antes?
R: Desde a Antiguidade o homem já sentia que havia alguma coisa mais além da vida, pois sempre foram Espíritos.
- Os povos selvagens cultuavam diversos deuses. Na antiga Grécia, os sábios consultavam os “oráculos”, espécie de altar, para receberem mensagens de antepassados.
- A Bíblia está repleta de fatos de aparições, vozes, escrita direta e diversos fenômenos mediúnicos. No novo testamento, um anjo apareceu para a Virgem Maria, dizendo que ela seria mãe de Jesus. Após sua ressurreição, Jesus apareceu a Maria Madalena.
- Moisés, quando recebeu os dez mandamentos, foi através da mediunidade.
- Na história da Igreja, existem muitos fatos espíritas ocorridos. Um deles foi o de Santo Antonio de Pádua, que, estando celebrando uma missa, entrou em transe no púlpito, ficando em estado letárgico e apareceu no mesmo momento num tribunal de Lisboa, onde fez a defesa de seu pai, que estava sendo acusado injustamente de assassinato, conseguindo a sua absolvição.

Porém, foi a partir da história das Irmãs Fox que os fenômenos de comunicação começaram a acontecer com mais freqüência. Logo a seguir, vieram os fenômenos das mesas girantes, que levou Allan Kardec a se interessar pelo assunto e pesquisar , publicando, dez anos depois, o Livro dos Espíritos, cuja história será estudada na próxima aula.
Um dado interessante: Allan Kardec desencarnou exatamente no dia 31 de março, em 1869, 21 anos depois do diálogo ocorrido entre as irmãs Fox e aquele espírito desencarnado em Hydesville.

4. FIXAÇÃO DO CONTEÚDO
Perguntar aos participantes:
1. Quando o homem tomou conhecimento que o Espírito é imortal?
2. Por que se diz que o caso das irmãs Fox é um marco na história do Espiritismo?
3. Por que o Espírito se comunicava por meio de batidas e não através da fala das médiuns?

6. RECURSOS
Resumo e Gravuras, ver: Histórias.

7. BIBLIOGRAFIA
Náufel, José – Do ABC ao Infinito
Feesp – Curso Básico de Espiritismo

*Roteiro : Vera Stefanello

Histórias - As irmãs Fox

AS IRMÃS FOX

Em 1848, a aldeia de Hydesville, localizada no condado de Wayne, Estado de New York, distante 30 km da cidade de Rochester, era um pequeno aglomerado de casas de madeiras com uma típica população de agricultores.

Nesta aldeia, a família Fox, uma família de fazendeiros composta pelo Pai (John Fox), a Mãe (Magaret Fox), e de suas filhas: Margareth Fox, de 10 anos e Kate Fox, de 7 anos.

Havia, nesta aldeia, uma cabana onde ocorreu o assassinato de um vendedor (alguns o chamam de mascate). O espírito do vendedor se comunicava com o plano material (Terra) através de sons, barulhos, ruídos.

Após vários moradores passarem pela casa que fazia ruídos, nela foi morar a família Fox. No princípio, a família não foi incomodada por esses sons que pareciam naturais à casa, mas depois de algum tempo, eis que tais barulhos, ruídos, batidas e até arrastamento de móveis começaram a aparecer com muita força. E estas coisas incomodavam tanto, mas tanto que as meninas viviam em sobressalto, a ponto de se negarem a dormir sozinhas no quarto.

Em 31 março de 1848, deu-se o primeiro lance do fantástico episódio. A menina de 7 anos de idade - Kate Fox - na sua espontaneidade - teve a audácia de desafiar a "força invisível" a repetir, com os golpes, as palmas que ela batia com as mãos:

-Aqui! Sr. Pé Rachado, faça o que eu faço! - Disse, corajosamente, Kate, batendo palmas.

A resposta foi imediata, e a cada estalo, um golpe era ouvido logo a seguir!

Chegaram a conclusão que aquela força podia ver e ouvir, pois até quando se dobrava o dedo, a força respondia. Vários vizinhos foram chamados, e por sua vez, eles chamaram outras pessoas e formou-se então uma reunião, onde as pessoas perguntavam muito.

Eles criaram um código tipo: uma batida seria a letra A, duas batidas seria a letra B e assim por diante...

Ele (o dono dos ruídos) informou, por este código, ser um espírito e que tinha sido assassinado naquela casa. Ele disse, também, o nome do antigo inquilino que o matara e depois o enterrara na adega a 10 pés de profundidade. Seu nome era Charles B. Rosma.

Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega visando
encontrar o esqueleto do suposto assassinado. E encontraram mesmo.

E um jornal de Boston, cidade dos Estados Unidos, até noticiou o fato.

As irmãs Fox cresceram, mas por inexperiência e imaturidade acabaram se
envolvendo com o vício do alcoolismo e acabaram sofrendo muitas perseguições e difamações injustas.

A Kate Fox, foi à Europa onde pôde ser estudada por sábios de renome.
Porque lá havia desenvolvimento científico pelos quais os fenômenos poderiam ser estudados com rigor e profundidade.

A partir desta data vários outros fenômenos deste tipo passaram a ocorrer em outras cidades, em outros países, em outras famílias despertando assim consciências e preparando todos para o surgimento do Espiritismo.

FIM

*Conteúdo retirado do site da Vera Stefanello

Textos subsidiários - Gênese Espiritual

GÊNESE ESPIRITUAL
CAPÍTULO XI - ALLAN KARDEC

1. Princípio Espiritual.

2. União do Princípio Espiritual e da Matéria

3. Hipótese sobre a origem do corpo humano.

4. Encarnação dos Espíritos.

5. Reencarnações.

6. Emigrações e Imigrações dos Espíritos.

7. Raça Adâmica.

8. Doutrina dos Anjos Decaídos.


Princípio Espiritual

A existência do princípio espiritual, é um fato que, por assim dizer, não precisa de demonstração do mesmo modo que o da existência do princípio material. É uma verdade que se afirma pêlos seus efeitos, como a matéria pêlos que lhes são próprios.

De acordo com este princípio: "todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente".
Ninguém há que não faça distinção entre o movimento mecânico de um sino que o vento agite, e o movimento desse mesmo sino para dar um sinal, um aviso, atestando só por isso, que obedece a um pensamento, a uma intenção. Ora, não podendo a ninguém a idéia de atribuir pensamento à matéria do sino, tem-se de concluir que o move, uma inteligência à qual ele serve de instrumento para que ela se manifeste.

Pela mesma razão, ninguém terá a idéia de atribuir pensamentos ao corpo de um morto. Sê, pois, vivo, o homem pensa, é que há nele algo que não há quando está morto. A diferença que existe entre ele e o sino é que a inteligência que faz com que este se mova, está fora dele, ao passo que está no homem a que faz que este obre.
O princípio espiritual é corolário da existência de Deus.
Sem esse principio Deus não teria razão de ser, visto que não se poderia conceber a soberana Inteligência a reinar pela eternidade a fora, unicamente sobre a matéria bruta, como não se poderia conceber que um monarca terreno, durante toda a sua vida, reinasse exclusivamente sobre pedras.

Como também não se conceberia um monarca que tivesse criado um reino maravilhoso de vida vegetal e animal, somente para seu deleite. E Deus criou O HOMEM, para ser o coadjuvante de sua obra.

Não se poderia conceber um Deus soberanamente justo e bom, a criar a seres inteligentes e sensíveis, para lançá-los ao nada, após alguns dias de sofrimento sem compensações, e a recrear-se na contemplação dessa sucessão indefinida de seres que nascem, alguns sem que hajam pedido. Pensam por um instante apenas e se extinguem para sempre, ao cabo de efêmera existência. Sem a sobrevivência do ser pensante, os sofrimentos da vida seria da parte de Deus uma crueldade sem objetivo.

É inata no homem, a idéia da perpetuidade do ser espiritual; essa idéia acha-se nele em estado de intuição e de aspiração.

O homem compreende que só ai está a compensação às misérias da vida. À idéia e a força do raciocínio, o Espiritismo junta a sanção dos fatos, a prova material da existência do ser espiritual, da sua sobrevivência, da sua imortalidade e da sua individualidade. Mostra o ser inteligente a atuar fora da matéria, quer depois, quer durante a vida do corpo.

PERGUNTA

É a mesma coisa o princípio espiritual e o principio vital?

RESPOSTA

Havendo como há seres que vivem e não pensam quais as plantas, é cabível se admita que a vida orgânica resida num princípio, independente da vida espiritual. Desde que a matéria tem uma vitalidade independente do Espírito, e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, evidente se torna que essa dupla vitalidade, repousa em dois princípios diferentes.

PERGUNTA

Terá o principio espiritual, sua fonte de origem no elemento Cósmico Universal? Será ele apenas uma transformação, um modo de existência desse elemento, como a luz, a eletricidade, o calor, etc.

RESPOSTA

Se fosse assim, o princípio Espiritual sofreria as vicissitudes da matéria; extinguir-se-ia pela desagregação como o princípio vital; o ser inteligente não teria uma existência momentânea como o corpo, e na morte reentraria no nada, ou, o que vem a ser o mesmo, no todo Universal; isto seria, numa palavra, sanção das doutrinas materialistas.
As propriedades sui-generes que são reconhecidas no princípio Espiritual, provam que ele tem ele tem a sua existência própria independente, uma vez que, se tivesse a sua origem na matéria, não teria essas propriedades. Uma vez que a inteligência e o pensamento não podem ser atributos da matéria, chega-se a está conclusão remontando dos efeitos à causa, que o elemento material e o elemento espiritual são os dois princípios constitutivos do Universo. O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados Espíritos, como o elemento material individualizado constitui os diferentes corpos da Natureza0 Orgânicos e Inorgânicos.

PERGUNTA

Sendo admitido o ser Espiritual e não podendo ele proceder da matéria, qual a sua origem e qual o seu ponto de partida?

RESPOSTA

Aqui falecem os meios de investigação, como tudo o que diz respeito á origem das coisas. O homem apenas pode comprovar apenas o que existe tudo o mais lhe é dado formular hipóteses, ou porque esteja fora do alcance de sua inteligência atual, ou porque lhe seja inútil e prejudicial presentemente. Deus não lhe outorga, nem mesmo pela revelação. O que Deus permite que seus mensageiros lhes digam, é que todos procedem do mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com igual aptidão para progredir pelas suas atividades pessoais ou individuais; que todos atingiram um grau máximo de perfeição com seus esforços pessoais; que todos sendo filhos do mesmo Pai, são objeto de igual solicitude; que nenhum há mais favorecido ou melhor dotado do que os outros, nem dispensado do trabalho imposto aos demais para atingirem a meta.

Ao mesmo tempo em que criou desde toda eternidade mundos materiais, Deus há criado, de toda a eternidade seres Espirituais se assim não fora, os mundos materiais careceriam de finalidade. Mais fácil seria conceber-se os seres Espirituais sem os mundos materiais, do que estes últimos sem aqueles. Progredir é condição moral dos Espíritos e a perfeição é o fim que lhes cumpre alcançar. Havendo Deus criado de toda Eternidade e criado incessantemente, tem havido seres que atingiram o ponto culminante da escala.

Antes que existisse a Terra, mundos sem conta haviam sucedido a mundos. E quando a Terra saiu do caos dos elementos, o espaço já estava povoado de seres Espirituais em todos os graus de adiantamento, desde os que surgiam para a vida como os que haviam tomado lugar entre os puros Espíritos.

UNIÃO DO PRINCIPIO ESPIRITUAL À MATÉRIA.

Tendo que ser a matéria objeto do trabalho do espírito para o desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que ele pudesse atuar sobre ela, pelo veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta. Tendo a matéria que ser ao mesmo tempo, objeto de instrumento do trabalho, deus em vez de unir o Espírito a pedra rijada, criou para seu uso corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todas as impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos

O corpo é pois, simultaneamente, o envoltório e o instrumento do Espírito, e a medida que este adquire novas aptidões, reveste outro envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho, que lhe cabe executar, tal qual se faz com o operário, a quem é dado instrumento menos grosseiro à proporção que ele vai se mostrando apto a executar obra mais bem cuidada. Para ser-mos mais exatos, devemos dizer que é, o próprio Espírito, que modela o seu envoltório e o apropria as suas novas necessidades; aperfeiçoa-o desenvolve-o e completa o organismo à medida que sente a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, talha-o de acordo com sua inteligência. Deus lhe fornece os materiais; cabe a ele emprega-los. É assim que as raças adiantadas tem um organismo ou, se quiserem, um aparelho cerebral mais aperfeiçoado. Do que as raças primitivas. Desse modo igualmente se explica o cunho especial que o caráter do Espírito imprime aos traços da fisionomia e as linhas do rosto e do corpo.

Desde que o espírito é criado, tem para adiantar-se que fazer uso de suas faculdades rudimentares a princípio. Por isso é que reveste um envoltório adequado ao seu estado de infância intelectual, envoltório que ele abandona para tomar outro, à proporção que se lhe aumentam as forças.

Como em todos os tempos houve mundos e esses mundos deram em todos os tempos nascimentos a corpos organizados próprios a receber espíritos, qualquer que fosse o grau de adiantamento que houvessem alcançado, encontrando assim os elementos necessários à sua vida carnal. Por ser exclusivamente materiais, o corpo sofre as vicissitudes da matéria. Depois de funcionar por algum tempo, ele se desorganiza e se decompõe. O princípio vital não mais encontrando elemento para a sua atividade, se extingue e o corpo morre. O espírito, para quem, o corpo carente de vida se torna inútil, deixa-o como se deixa uma casa em ruínas, ou uma roupa imprestável. O corpo não passa de um envoltório destinado a receber o espírito. Desde então, pouco importam a sua origem e os materiais que entraram em sua construção. Seja ou não o corpo do homem uma criação especial, o que não padece dúvida é que tem a forma-lo os mesmos elementos que os dos animais, a animá-lo o mesmo princípio vital, ou por outra, a aquece-lo o mesmo fogo, como tem a ilumina-lo a mesma luz, e se acha sujeito às mesmas vicissitudes e às mesmas necessidades.

O homem nada tem que o destinga do animal. Tudo porém, muda de aspecto, logo que se estabelece distinção entre a habitação e o habitante. Ou numa choupana, ou envergando as vestes de um campônio, um nobre senhor, não deixa de o ser. O mesmo se dá com o homem: não é a sua vestidura de carne que o coloca a cima do bruto, e dele faz um ser a parte, é o seu ser espiritual, seu Espírito.

HIPÓTESE SÔBRE A ORIGEM DO SER HUMANO

Da semelhança que há, de formas exteriores, entre o corpo do homem e o do macaco, concluíram alguns fisiologistas, que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nada aí há de impossível, nem do que se assim for, afeta a dignidade do homem. Bem pode ser que corpos de macacos tenham servido de vestimenta aos primeiros espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriadas às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser espírito humano, como o homem, reveste-se as vezes de peles de animais sem deixar de ser homem. Trata-se de uma hipótese, apenas para mostrar que a origem do corpo, em nada prejudica o espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco, não implica paridade entre o seu espírito e o do macaco. Admitida essa hipótese, pode dizer-se que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o invólucro se modificou, embelezou-se nas particularidades. Melhorados os corpos pela procriação, se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, a proporção que o espírito progrediu. O espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre, reproduz árvores dessa espécie, e o espírito humano procriou corpos de homens, variantes do primeiro molde em que se estabeleceu. A linhagem se bifurcou; ela produziu um descendente, e esse descendente, tornou-se linhagem.

Como na natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco deferissem do macaco pela forma exterior e não muito pela inteligência. Em nossos dias ainda há selvagens que pelo cumprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, tem tanta parecença com o macaco, que só lhes falta ser peludos, para se tornar completa a semelhança.

ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS

O espiritismo ensina como e de que maneira se opera a UNIÃO DO ESPÍRITO COM O CORPO NA REENCARNAÇÃO.
Pela sua essência espiritual, o espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode Ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. É semi- material esse envoltório, isto é: pertence à matéria pela sua origem e a
espiritualidade pela sua natureza etérea. Como toda matéria, ele é extraído do Fluido Cósmico Universal que nessa circunstância, sofre uma modificação especial. Esse invólucro ou envoltório, denominado PERESPÍRITO, faz da um ser abstrato, O ESPÍRITO, um ser concreto, definido, apreencível pelo pensamento. Torna-o apto a atuar sobre a matéria tangível, conforme se dá com todos os fluidos imponderáveis, que são, como se sabe, os mais poderosos motores. O fluido perispirítico constitui pois, o traço de união entre o espírito e a matéria. Enquanto aquele se acha unido ao corpo, serve-lhe ele de veículo ao pensamento, para transmitir o movimento às diversas partes do organismo, as quais atuam sob a impulsão da sua vontade e para fazer que repercutam no Espírito as sensações que os agentes exteriores produzem Servem-lhe de fios condutores os nervos, como no telégrafo, o fluido elétrico tem por condutor o fio metálico.

Quando o espírito deve se encarnar num corpo, humano em vias de formação, um laço fluídico, que não é outra coisa senão uma expansão do seu perispírito liga-se ao germe, para o qual se acha atraído, por uma força irresistível, desde o momento da concepção. A medida que o germe se desenvolve, o laço se aperta; sob a influência do princípio vital material do germe, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, com o corpo que se forma: de onde se pode dizer que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, toma de alguma sorte, raiz nesse germe, como uma planta na Terra. Quando o germe está inteiramente desenvolvido, a união é completa, e, então, ele nasce para a vida exterior. Um fenômeno particular, assinalado pela observação, acompanha sempre a encarnação do espírito. Desde que este é preso pelo laço fluídico que o liga ao germe, a perturbação se apodera dele; essa perturbação cresce à medida que o laço se aperta, e, nos últimos momentos o espírito perde toda consciência de si mesmo, de sorte que ele nunca é testemunha consciente de seu nascimento. No momento em que a criança respira, o espírito começa a recobrar as suas faculdades, que se desenvolve a medida que se formam e consolidam os órgãos que devem servir para a sua manifestação. Ao mesmo tempo que recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança do seu passado, sem perder as faculdades as qualidades e as aptidões anteriormente adquiridas, que haviam ficado temporariamente em estado de latência e que voltando à atividade, vão ajuda-lo a fazer mais e melhor do que antes. Seu renascimento lhe é um novo ponto de partida, um novo degrau a subir. Ainda ai a bondade do Criador se manifesta, porquanto, adicionada aos amargores de uma nova existência, a lembrança muitas vezes aflitiva e humilhante do passado, poderia turba-lo e lhe criar embaraços. Ele apenas se lembra do que aprendeu, por lhe ser isso útil. Hei-lo pois um novo Homem, por mais antigo que seja como espírito. Adota novos processos, auxiliado por suas aquisições precedentes. Quando volta a vida espiritual, seu passado se lhe desdobra diante dos olhos e ele julga como empregou o tempo, se bem ou mal.

Cada espírito é sempre o mesmo EU, antes, durante e depois da encarnação.

NA MORTE

Por um efeito contrário, essa união do perispírito e da matéria carnal, que se cumprira sob a influência do princípio vital do germe, quando esse princípio deixa de agir, em conseqüência da desorganização do corpo, a união que era mantida por uma força atuante, cessa quando essa força deixa de agir; então o perispírito se desliga, molécula a molécula como estava unido, e o espírito se entrega à sua liberdade. Assim, não é a partida do espírito que causa a morte do corpo, mas a morte do corpo é que causa a partida do espírito. Dado que, um instante após a morte, completa é a integridade do espírito; e que suas faculdades adquirem até maior poder de penetração, ao passo que o princípio de vida se acha extinto no corpo, provado evidentemente fica que são distintos.

O PRINCÍPIO VITAL E O PRINCÍPIO ESPIRITUAL.

O Espiritismo, pêlos fatos cuja observação ele faculta, dá a conhecer os fenômenos que acompanham essa separação, que as vezes é rápida, fácil, suave e insensível, ao passo que de outras é lenta, laboriosa, horrivelmente penosa, conforme o estado moral do espirito, e pode ainda demorar meses inteiros

Durante o sono, desprendido, em parte, dos liames carnais, restituído a liberdade e a vida espiritual, o espírito se lembra, pois que, então, já não tem a visão tão obscurecida pela matéria.

Tomando-se a humanidade no seu grau mais ínfimo da escala espiritual como se encontra entre os mais atrasados selvagens, perguntasse-a se é aí o ponto inicial da alma humana. Na opinião de alguns filósofos espiritualistas, o princípio inteligente, distinto do princípio material, se individualiza, se elabora, passando pêlos diversos graus da animalidade. É ai que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Esse seria para ela, por assim dizer, o período de incubação Chegada ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ela recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana. haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal. Esse sistema fundado, na grande lei de unidade que preside à criação, corresponde, forçoso é convir, à justiça e bondade do Criador; dá uma saída, uma finalidade, um destino aos animais, que deixam então de formar uma categoria de seres deserdados, para terem no futuro que lhes será reservado, uma compensação aos seus sofrimentos. O que constitui o homem espiritual, não é a sua origem, são os atributos especiais dos quais está dotado em sua entrada na humanidade. Atributos que o transforma, tornando-o um ser distinto, como o fruto saboroso é distinto da raiz amarga que lhe deu origem. Por haver passado pela fileira da animalidade, o homem não deixaria de ser homem; Já não seria animal, como o fruto não é a raiz, como o sábio não é o feto, informe que o colocou no mundo. Esse sistema levanta múltiplas questões cujo prós e contras não é oportuno discutir aqui; nem as diferentes hipóteses que se tem formulado sobre este assunto. Se pesquisar-mos a origem do Espírito sem procurar-mos conhecer as fileiras pelas quais haja ele porventura passado, tomamo-lo ao entrar na humanidade, no ponto em que dotado de senso moral e de livre- arbítrio, começa a pesar-lhe a responsabilidade de seus atos.

A obrigação que tem o espírito encarnado de prover o seu alimento para o corpo, à sua segurança, o seu bem estar, o força a empregar suas faculdades em investigações, exercita-las e a desenvolve-las. Útil, portanto, ao seu adiantamento, a sua união com a matéria. Daí o constituir uma necessidade a encarnação. Alem disso, pelo trabalho inteligente que ele executa em seu proveito, sobre a matéria, concorre para o progresso material do globo, que lhe serve de habitação. É assim que progredindo, colabora na obra do Criador, da qual se torna fator inconsciente. Todavia a encarnação dos espíritos, não é constante nem perpétua; é transitória. Deixando um corpo, ele não retoma outro. Durante mais ou menos, considerável lapso de tempo, vive da vida espiritual que é a sua vida normal, de tal sorte que insignificante vem a ser o tempo que lhe duram as encarnações, se comparando com ao que passa no estado de espírito livre. No intervalo de suas encarnações, o espirito progride igualmente, no sentido de que aplica ao seu adiantamento os conhecimentos e a experiência que alcançou no decorrer da via corporal; examina o que fez enquanto habitou na Terra, passa em revista o que aprendeu, reconhece suas faltas, traça planos e toma resoluções, pelas quais conta guiar-se em nova existência, com a idéia de melhor se conduzir. Desse jeito, cada existência representa um passo para a frente no caminho do progresso.

Normalmente, a encarnação não é uma punição, mas uma condição inerente a inferioridade do espírito. A medida que progride moralmente, se desmaterializa, depura-se. Sua vida se espiritualiza, suas faculdades e percepções se ampliam; sua felicidade se torna proporcional ao progresso realizado. Entretanto, em virtude de seu livre- arbítrio, pode ele por má vontade, retardar o seu avanço; prolongando a duração de suas encarnações.

O progresso material de um planeta, acompanha o progresso moral de seus habitantes. A Terra é um dos menos adiantados, povoada de espíritos relativamente inferiores. Quando hão realizado a soma de progresso, que o estado desse mundo comporta, deixam-no para encarnar em outro mais adiantado, até que não sendo mais de proveito a encarnação em corpos materiais, passam a viver exclusivamente da vida espiritual, na qual continuam a progredir noutro sentido e por outros meios, tornando-se mensageiros de Deus ajudando no adiantamento dos demais irmãos seus. Todos são úteis no conjunto, ao mesmo tempo que a si próprios. Por toda parte no mundo espiritual, a atividade. Em nenhum ponto a Ociosidade inútil. A coletividade dos espíritos, constitui de certo modo, a alma do Universo. Por toda parte, o elemento espiritual é que atua em tudo, sob o influxo do pensamento Divino. Sem esse elemento, só há matéria inerte, carente de finalidade, de inteligência. Com a ação do elemento espiritual individualizado, tudo tem uma finalidade, uma razão de ser, tudo se explica. Quando a Terra se encontrou em condições, climatéricas apropriadas à existência da espécie humana, encarnaram nela espíritos humanos. De onde vinham? Quer eles tenham sido criados naquele momento; quer tenham vindo de outros mundos, ou da própria Terra, é um fato, pois que antes deles, só animais havia. Revestiram-se os corpos adequados às suas necessidades, às suas aptidões e por meio do exercício de suas faculdades, esses corpos se aperfeiçoaram: é o que a observação comprova. Com diferença sensível, entre seus caracteres e aptidões, os semelhantes se agruparam e procriando-se esses corpos na conformidade dos respectivos tipos, resultaram daí as diferentes raças, quer quanto ao físico, quer quanto a moral. Continuando a encarnar entre os que se lhes assemelhavam, os espíritos similares perpetuaram o caráter distintivo, físico e moral, das raças e dos povos, caráter que só com o tempo desaparecem, mediante a fusão e o progresso deles. Cada qual dando ao seu modo de vida, um cunho especial de acordo com o seu grau de saber, e com o seu gênio particular. Agruparam-se então por analogia de origem e de gostos, formando tribos e povos. Não foi portanto, uniforme o progresso em toda a espécie humana.

Como é natural, as raças mais inteligentes, adiantaram-se às outras, mesmo sem se levar em conta, que muitos espíritos recém- nascidos para a vida espiritual, vindo encarnar na Terra juntamente com os primeiros ai chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença em matéria de progresso.

Não é possível comparar-se os selvagens, que mal se destinguem dos macacos, aos chineses, menos ainda aos europeus civilizados. Ao selvagens alcançaram um dia o nível em que se acham os seus irmãos mais velhos. Mas em dúvida, não será em corpos da mesma raça física, ainda impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento, já não estiver em correspondência com o progresso que ajam alcançado, eles emigraram daquele meio, para encarnar noutro mais elevado, e assim por diante, até que tenham conquistado todas as graduações terrestres, ponto em que deixaram a terra, para passar para mundos mais avançados.

REENCARNAÇÕES

O princípio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei do progresso. Sem reencarnação, como se explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e o dos tempos de barbárie? Se as almas são criadas ao mesmo tempo que os corpos, as que nascem hoje são tão novas, tão primitivas, quanto as que viviam a alguns mil anos? Por que as de hoje haveriam de ser melhor dotadas por Deus, do que as que as precederam? Por que tem melhor compreensão? Por que possuem extintos mais apurados? Costumes mais brandos? Por que tem intuição de certas coisa, sem as haverem aprendido? Duvidamos que alguém saia desses dilemas, a menos que admita que Deus cria almas de diversas qualidades. Admitir ao contrário que as almas de agoira já viveram em tempos diferentes; que possivelmente foram barbaras, mas que progrediram e que em cada nova existência trazem o que adquiriram e se aperfeiçoaram por si mesmas, é uma explicação plausível da causa do progresso social. O mundo é um vasto campo de progresso.

Não há também necessidade que os homens mudem de mundo a cada etapa de aperfeiçoamento, como não há de que o estudante mude de colégio para passar de uma classe a outra. Não é vantagem, pelo contrário é um entrave porquanto o espírito ficaria privado do exemplo que lhe oferece a observação do que ocorre nos graus mais elevados e da possibilidade de reparar os seus erros, no meio mesmo onde errou e ofendeu. Porque após curta coabitação, dispersando-se os espíritos e tornando-se estranhos uns aos outros, romper-se-iam os laços de família, à falta de tempo para e consolidarem. Ao inconveniente moral, se juntaria um inconveniente material. A natureza dos elementos as leis orgânicas, as condições de existência, variam de acordo com os mundos; sob esse aspecto, não há dois perfeitamente iguais. Os tratados de física, de química, de anatomia, de medicina, de botânica etc, para nada serviriam nos outros mundos; entretanto, não ficou perdido o que neles se aprende; desenvolveu-se a inteligência, como também as idéias que se colhem de tais obras, auxiliam a aquisição de outras. Se apenas uma vez, fizesse o espírito sua aparição num mesmo mundo, em cada imigração, ele se acharia em condições inteiramente diversas; operaria de cada vez sobre elementos novos. Segundo leis desconhecidas, antes de Ter tido tempo de elaborar os elementos desconhecidos, de os estudar e aplicar. Essas mudanças seriam obstáculos ao seu progresso. O espírito tem que permanecer no mesmo mundo, até que haja adquirido a soma dos conhecimentos e o grau de perfeição que esse mundo comporta. Os espíritos o deixam por um mundo mais adiantado, aquele do qual, nada mais podem auferir, é como deve ser e é.

Tudo na criação tem uma finalidade, sem o que Deus não seria nem prudente, nem sábio. Para o progresso daqueles que cumprem na Terra uma missão normal, há vantagem em volverem ao mesmo meio, para ai continuarem o que deixaram inacabado, muitas vezes na mesma família, ou em contato com as mesmas pessoas, a fim de repararem o mal que tenham feito, ou de sofrerem a pena de talião.

EMIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO DOS ESPÍRITOS

No intervalo de suas existências corporais, o espíritos se encontram no estado de ERRATICIDADE, ( ERRANTE) e formam a população ambiente da Terra. Pelas mortes e nascimentos e nascimentos, das duas populações, terrestres e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra.

Há pois diariamente, EMIGRAÇÕES do mundo CORPÓRIO, para o mundo espiritual e IMIGRAÇÕES deste para aquele: é o estado normal.

Em certas épocas determinadas pela sabedoria Divina, essas emigrações e imigrações se operam por acontecimentos consideráveis, em virtude de guerras e revoluções, que ocasionam a partida de quantidades enormes de criaturas humanas, logo substituídas, por equivalentes quantidades de encarnações Os flagelos destruidores, como vulcões, maremotos, terremotos epidemias etc. considera-se com isso, chegadas e partidas coletivas. São meios providenciais para a renovação dos espíritos. nenhum espírito perece; eles apenas mudam da Terra para a espiritualidade e vice- versa. Em vez de partirem isoladamente, partem em bandos. As renovações rápidas, apressam o progresso social. È de notar-se que depois das grandes calamidades, há um período de progresso de ordem física e intelectual ou moral. Essa transfusão que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer em circunstancias especiais. Esses acontecimentos, de um plano para outro e de um mundo para outro. Donde resulta a introdução de elementos inteiramente novos, novas raças de espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Como os espíritos nunca perdem o que adquiriram, trazem consigo a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz com que imprimam o caráter, que lhes é peculiar, à raça corpórea que venham animar. Uma vez que a espécie corporal existe, eles encontram sempre corpos prontos para os receber. Não são mais do que novos habitantes. Em chegando á terra, integram-lhe a princípio a população espiritual; depois encarnam, como os outros.

De acordo com o ensino dos espíritos, foi uma dessas grandes Imigrações, ou colônias de espíritos vindos de outras esferas, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de ADÃO e, por essa mesma causa, chamada de RAÇA ADÂMICA.

Quando ela aqui chegou, Terra já estava povoada, desde tempos imemoriais, como a América quando aqui chegaram os Europeus...

Mais adiantada do que as que atinham precedido neste Planeta, a raça Adâmica, é com efeito a mais inteligente, a que impele o progresso de todas as outras. A gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e as ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas.

Tudo prova que a raça adamica não é antiga na Terra, pois é considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos. Não é admissível que todo o gênero humano proceda de uma individualidade única.
Do ponto de vista fisiológico, algumas raças, apresentam características particulares, que não lhes permite se lhes assinale uma origem comum. Não só o clima, pois os brancos que e reproduzem nos países dos negros não se tornam negros e vice- versa. O ardor do sol, tosta a epiderme, porem nunca transforma um branco em negro, nem lhe achatou o nariz nem encarapinhou os cabelos. Sabe-se hoje que a cor do negro, provem de um tecido especial subcutâneo peculiar à espécie. Deve-se considerar a raça negra, da Mongólia, caucásica, como tendo origem própria. O cruzamento delas, é que produziu as raças mistas secundárias.

A cronologia chinesa remonta a trinta mil anos O Egito e a Índia, já eram povoados e floresciam antes da era Cristã.

Observações cientificas, atestam as relações que existiram entre a América e os antigos Egípcios Os Hebreus se estabeleceram no Egito, 612 anos após o diluvio. A geologia descobre traços do homem antes do grande diluvio.

"Pelo Espírito de João Evangelista, em comunicação na Espanha".

"Adão ainda não tinha vindo. Eram os homens primitivos que eu contemplava...

Era o primeiro dia da humanidade...

Era esse homem, pouco mais que um animal.

Seus olhos não refletiam a luz, seus cabelos eram ásperos, e sua boca era grande.

Suas mãos pareciam com os pés.

Peles rijas cobriam suas carnes duras e secas que não dissimulavam a fealdade do esqueleto.

Seu comer era um devorar. Seu andar era pesado e vacilante. Os olhos vagavam sem expressão.

O homem primitivo, nunca ria.

Nunca seus olhos derramavam lágrimas.

O pensar fatigava-o.

Fugia da luz e procurava as trevas.

A raça adâmica é apresentada, como uma raça muito inteligente. Pois que desde a Segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais, progridem nas artes e nas ciências. Ouçam João Evangelista, descrever esse acontecimento.

Donde vieram esses homens novos no meio dos Homens?

A Terra não lhes deu nascimento, porque eles nasceram antes dela ser fecundada.

Ele vem a ela, em cumprimento de uma lei e de uma sentença Divina.

Ele vem de cima, pois vem envoltos em luz e a sua luz é um farol, para os que moram nas trevas da Terra. Mas trazem no semblante, o estigma da maldição.

São árvores de pomposa folhagem, mas privados de frutos. Sua cabeça é de ouro, as suas mãos de ferro e os pés de barro.

Conheceram o bem, mas praticaram a violência, e viveram para a carne. A geração proscrita traz na fronte o selo da sentença, mas também tem a promessa no coração. Pecaram “por sabedoria e orgulho, e seu entendimento obscureceu-se, mas a promessa da misericórdia subsiste”.

DOUTRINA DOS ANJOS DECAÍDOS E DA PERDA DO PARAÍSO.

Os mundos progridem fisicamente pela elaboração da matéria e moralmente, pela purificação dos espíritos que os habitam. A felicidade neles está na razão direta da predominância do bem sobre o mal. O progresso Intelectual, não basta, pois que com a inteligência podem eles fazer muito mal. Logo que um mundo tenha chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, opera-se mutações na sua população encarnada e desencarnada. É quando se dão as grandes Emigrações e Imigrações. Os que apesar de sua inteligência e do eu saber, preservaram no mal, se tornariam daí em diante um embaraço, uma perturbação ao progresso dos bons. São então excluídos e banidos para mundos inferiores e menos adiantados. Ali vão aplicar sua inteligência e suas experiências, ao mesmo tempo que sofrerão por uma série de experiência penosas e por meio de árduo trabalho, suas passadas faltas. Não é para eles um paraíso perdido a Terra de onde foram expulsos?

A raça Adâmica, apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os espíritos que a integram foram exilados para a Terra já povoada, mas de homens primitivos imersos na ignorância, que, aquelas tiveram por missão fazer progredir. Sua superioridade intelectual prova que o mundo de onde vieram, os Espíritos que a compõe era mais adiantado do que a Terra. Relegando aquela raça para este mundo, de labor e sofrimento, teve Deus razão para lhes dizer: "dela tirarão o alimento, com o suor da tua face."

"Nos mapas Zodiacais, que os astrônomos terrestres consultam para seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela, na constelação do Cocheiro, que recebeu na Terra o nome de Capela, É um magnifico Sol, entre os astros que nos são mais vizinhos, ela na sua trajetória, pelo infinito, faz-se acompanhar igualmente, da sua família de mundos, cantando as glorias Divinas, do Ilimitado. A constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de varias grandezas, entre as quais se inclui Capela (primeira grandeza). (Alfa) É uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se fosse colocada em seu lugar, mal seria percebida por nós, a vista desarmada. Dista da Terra 45 anos luz (4.275 seguidos de 12 zeros) Capela é uma estrela gasosa e de matéria tão fluídica como o ar que respiramos. Sua cor é amarela. É um sol em plena juventude, habitada por uma humanidade bastante evoluída.

FIM

Retirado de: http://techs.com.br/meimei/genese/genese.htm

16 de agosto de 2008

História - Tempo de resgate

TEMPO DE RESGATE

D. Genoveva era poderosa fazendeira e senhora de muitos escravos no início do século XIX.
Certa tarde, porque desaparecera uma de suas jóias de estimação, reuniu os escravos que trabalhavam no interior da casa grande e ordenou com voz aterradora:
– Se o ladrão não for descoberto até a noite, todos vocês serão duramente castigados.
Todos conheciam a impiedade da poderosa senhora. Ninguém escapava dos seus acessos de raiva, nem os velhos, nem as crianças.
Apavorados, retiraram-se. Cochicharam entre si. Rememoraram fatos à procura de algum indício.
Poucos meses antes desse fato, havia sido comprada uma escrava, ainda jovem, para os serviços da cozinha. Quase não falava com ninguém porque tinha um filho pequenino, com quem se ocupava nos pouquíssimos momentos de descanso. Alguns escravos estranhavam a sua maneira de ser, tão silenciosa e afastada de todos, embora fosse indelicada.
Naquela tarde de aflição, três escravos procuraram D. Genoveva denunciando a jovem escrava como a mais provável autora do furto.

D. Genoveva chamou o capataz e ordenou que lhe trouxesse a cozinheira. Acusou-a severamente. A jovem defendeu-se com humildade. Suplicou piedade; mas nada valeu diante da sentença da rica senhora: cem chicotadas até que revelasse onde escondeu a jóia.
O capataz cumpriu a ordem recebida. A cada chicotada, a escrava instintivamente recuava.

Em certo momento tropeçou numa grande pedra, desequilibrou-se e caiu nas águas de caudaloso rio que atravessava a fazenda e onde eram habitualmente jogados os escravos que morriam. Em pouco tempo, desapareceu o corpo da infeliz, ficando impune, diante dos homens, mais este crime da escravidão.

* * *

Entretanto, para a Divina Justiça nada passa em vão.
Um dia D. Genoveva desencarnou e sofreu terrivelmente os remorsos da consciência. Via-se deformada, medonha... Dia após dia, ano após ano...
Cansada de tanto sofrer, suplicou a Deus o esquecimento de seus atos do passado. E foi encaminhada para a nova encarnação.
Nasceu novamente, não mais na condição de pessoa poderosa e rica, mas em família humilde do nosso interior.
Seus pais morreram quando criança, Rebeca - esse era o seu novo nome - foi conduzida a uma casa de família onde, desde a adolescência, fazia os serviços domésticos. Mais tarde casou-se e recebeu no lar três filhinhos.
Certa noite, depois de retornar a sua casa, desabou violento temporal. As águas dos rios transbordaram invadindo muitas casas da região.
Rebeca e a família tentaram sair mas era impossível. Na sua aflição de mãe, desejando salvar os filhos, Rebeca tentou alcançar um pequeno bote guardado em local próximo.

Repentinamente uma correnteza arrastou-a para longe e Rebeca, perdendo as forças, desapareceu na torrente de água e lama.
Havia chegado o tempo de resgate do crime cometido, quando Rebeca ainda era a poderosa Sinhá Genoveva.

Fonte: Apostila Lar Fabiano de Cristo

História - Plantar

Plantar

Aquele fora um dia diferente...

A tarde caía rápida e fria e o vento na folhagem amarelada anunciava que a chegada do inverno estava próxima.

Mateus, era um garoto de dez anos e se acostumara às alegrias descontraídas de sua pequena família, composta pelos pais e uma irmã mais nova que com ele compartilhava das brincadeiras infantis.

Mas a vida nem sempre nos reserva surpresas agradáveis. Era isso que Mateus descobrira naquele dia em que contemplava o corpo do pai, a quem tanto amava, estendido num caixão sobre a mesa.

Todos enxugavam o pranto, mas ele tinha nos olhos grossas lágrimas que se recusavam a cair. Nunca havia experimentado um sentimento igual. Era como se algo dentro do seu coraçãozinho tivesse se partido em mil pedaços.

O enterro foi consumado...

A vida deveria seguir seu curso, mas em seu lar faltava alguém.

Faltava a figura respeitável do pai amado.

Sobrava um lugar à mesa. Sobrava o pedaço de frango predileto do papai. O pudim se demorava na geladeira.

E Mateus pensava em como suportaria tanta amargura e saudade.

No entanto, a volta às aulas, às brincadeiras com a irmã, os piqueniques, as tardes no parque, trouxeram novo alento ao seu coração juvenil.

Um dia, a visita de uma amiga da família trouxe de volta as lembranças tristes. - A mãe falava da falta que sentia do companheiro.

Dizia que a saudade lhe acompanhava de perto e que era difícil a vida depois que o marido morrera.

E Mateus que, não muito longe escutava a conversa das amigas, aproximou-se e disse com a segurança de quem tem certeza:

- Mamãe, você disse que o papai morreu, mas eu asseguro que isso não é verdade.

A mãe olhou-o com ternura e desejando consolá-lo, disse:

- Sim filho, o papai vive além da cortina que nos separa dele momentaneamente.

- Não, mamãe! O papai vive e viverá para sempre.

- Ele vive em mim através de tudo o que me ensinou...

- Quando sou obediente, eu o sinto em minha intimidade porque foi ele quem me ensinou a obedecer.

- Quando sou honesto, lembro-me das muitas vezes que ele enalteceu a honestidade.

- Quando perdôo meus amigos, quase o ouço dizer: "filho, quem perdoa não adoece porque não guarda o lixo da mágoa na intimidade".

- Quando sinto que a inveja deseja instalar-se em minha alma, lembro-me de ter ouvido de seus lábios: "a inveja é um ácido corrosivo que prejudica quem a alimenta."

- E quando, por fim, meu coração se enche de saudade e penso que não mais a suportarei, uma suave brisa perpassa meu ser e ouço sua voz falando baixinho: "filho, eu estou ao seu lado, não duvide".

- E é assim, mãezinha, que eu sei que papai não morreu. Sinto que ele continua vivo, não somente atrás da cortina que temporariamente nos separa, mas também através da herança de amor que legou a todos nós.

Quem deseja plantar apenas por alguns dias, planta flores...

Quem deseja plantar para alguns anos ou séculos, planta árvores.

Mas quem quer plantar para a eternidade, planta idéias nobres nos corações daqueles a quem ama.

Maktub

15 de agosto de 2008

Textos subsidiários - Mundo Espiritual

Mundo espiritual

A morte, ou desencarnação, conduz cada espírito para a

situação ou faixa vibratória apropriada e merecida.

Isto funciona de forma irreversível, pela força

da lei das afinidades vibratórias.


Que acontece com o espírito, quando morre seu corpo?

Muitas pessoas, depois da sua desencarnação, permanecem aqui mesmo na crosta da Terra, nos ambientes onde viveram. Outras conseguem “desligar-se” e são conduzidas ou atraídas para regiões espirituais compatíveis com sua evolução e merecimento. Dessa forma, enquanto algumas seguem para regiões ou faixas vibratórias mais elevadas, outras ficam na Terra ou vão para as zonas do umbral e até mesmo das trevas.

O umbral, ou os umbrais são regiões espirituais mais próximas da crosta da Terra, onde se localizam espíritos mais atrasados ou que não mereceram elevarem-se a faixas mais altas por causa de suas culpas e/ou omissões durante a vida. São zonas de sofrimentos, desequilíbrios e aflições, algo semelhante ao purgatório da concepção católica. Quem quiser conhecer mais sobre esse assunto, encontra bibliografia bem variada a respeito.

Já as trevas, pelo que informam alguns espíritos, são zonas ainda mais “baixas” e tenebrosas, das quais pouca notícia se tem.

Mas a permanência dos espíritos nas regiões de sofrimento não é eterna. Sempre que algum deles, sinceramente arrependido de seus atos, implora ajuda a Deus, acaba sendo socorrido por falanges de espíritos benfeitores, que trabalham naquelas zonas de purgação, em nome do amor.

Há também as faixas espirituais mais elevadas, ambientes de imensa beleza, paz, harmonia e contentamento. Mas não são como aquele céu que é ensinado pela maioria das religiões.

QUESTIONAMENTO FREQÜENTE

É muito difícil assimilar a idéia da existência de um mundo espiritual.

É muito difícil, enquanto nos manifestamos através do cérebro físico, aceitar a idéia de um mundo espiritual invisível e intangível aos nossos sentidos, no qual são desenvolvidas inúmeras atividades, onde há instituições como hospitais, postos de socorro, residências, governadorias, etc.

Talvez essa dificuldade seja ainda maior porque não nos acostumamos a questionar. As religiões nos falam em céu e inferno, em Deus, em anjos, arcanjos e outros seres que não vemos e cuja presença não percebemos, mas em cuja existência acreditamos. Se eles existem, mas são invisíveis e intangíveis a nós, por que não podem existir outras tantas coisas e seres que não vemos, nem percebemos?

Quando adormecemos, “saímos” do corpo carnal, embora permaneçamos ligados a ele por filamentos fluídicos, conhecidos como o “cordão prateado”. E nessa condição de espíritos fora da matéria, nos manifestamos e vivenciamos inúmeras andanças e experiências no mundo espiritual, durante o sono.

PERGUNTA FREQÜENTE

Que são os sonhos?

Há vários tipos de sonhos. Há aqueles em que ficamos flutuando sobre o corpo físico, mergulhados nas imagens do subconsciente ou do inconsciente, revendo acontecimentos recentes e até mesmo cenas de vidas passadas.

Essas imagens nos aparecem como sonhos.

Há os sonhos produzidos pelas andanças no mundo espiritual. Nessas andanças a nossa ligação com a matéria não nos permite muita lucidez. Por isso, muito do que vemos, a nossa mente ligada ao cérebro carnal, pelo “cordão prateado” (ligação feita por filamentos fluídicos entre o corpo carnal e o espiritual), interpreta de forma distorcida.

Também, ao acordarmos, quando o cérebro do corpo espiritual se justapõe ao carnal, as imagens de nossa memória são re-codificadas pelos arquivos do cérebro do corpo físico. Isto porque as condições espirituais são dimensionalmente diferentes das materiais. Por isso os sonhos de que lembramos, são quase sempre estranhos e até mesmo absurdos.

Mas há também aqueles sonhos produzidos pelos espíritos, bons ou maus, que nos querem passar alguma idéia, avisos, orientações ou nos desejam perturbar.

Muitas pessoas igualmente são levadas a participarem de encontros, cursos, palestras e atividades assistenciais no mundo espiritual, durante o sono. Na maioria dos casos, nenhuma lembrança guarda ao acordar.

Como se pode perceber, essa outra dimensão não é um lugar de repouso eterno, mas um universo paralelo ao nosso, onde a vida se desenvolve com infinitas possibilidades de aprendizado e progresso, muito além dos limites do nosso entendimento.

PERGUNTA FREQÜENTE

Como (de que forma) estaremos nesse mundo espiritual, depois que retornarmos para lá? Seremos assim como um ser flutuante, transparente... Ou teremos um corpo... E como será esse corpo?

Os espíritos superiores, na codificação do Espiritismo, explicaram que os seres humanos são constituídos de um princípio espiritual, ou Espírito; de um corpo espiritual, ou perispírito, e do corpo carnal. Somos, portanto, um ser bem mais complexo do que comumente se supõe, pois somos seres multidimensionais.

O Espírito seria assim como uma centelha do Espírito divino, que ninguém teria como ver. O perispírito é um corpo intermediário, é a contenção da alma que dá a forma humana e sua matéria vem do fluido fluído cósmico e não pode ser visto pelo olhos dos encarnados, que permite ao espírito manifestar-se na matéria. Ao que se sabe, há ainda outros corpos como o mental e o etérico, ou energético, mas vamos falar apenas dos três principais: espírito, perispírito (ou corpo espiritual) e corpo carnal.

Centenas de espíritos que têm contado, através da psicografia dos mais diversos médiuns, as suas experiências no retorno ao mundo espiritual, dizem que, para eles, seus corpos e também os novos ambientes lhes parecem tão consistentes e tangíveis quanto antes, aqui na Terra, embora se sintam bem mais leves.

Também as pessoas que se desdobram, ou fazem “viagens astrais”, falam sobre os ambientes que encontram no mundo espiritual, nas faixas mais próximas de nós. Elas dizem que esses ambientes são bastante semelhantes aos nossos, tanto que, por vezes ficam em dúvida se estão na Terra ou na dimensão espiritual.

No livro Devassando o Invisível a médium Ivone Pereira narra inúmeros episódios e fatos que ocorreram com ela em incursões ao mundo espiritual, com explicações sobre vários aspectos dessas dimensões. É um livro que vale a pena ser não apenas lido, mas também estudado.

PERGUNTAS FREQÜENTES

Existe Céu? Existe Inferno? Se existem como são?

A idéia de um Inferno eterno é absolutamente incompatível com o mais raquítico senso de justiça.

Você atiraria um filho no inferno, pela eternidade afora, para castigá-lo por sua desobediência?

Então, como pode alguém crer que Deus daria tão horrendo castigo a seres criados por Ele próprio?

Explicam os espíritos que céu e inferno não existem, na forma como têm sido mostrados pelas religiões. Existe, sim, o mundo espiritual, com as suas diversas faixas ou dimensões vibratórias. Quanto mais elevadas, mais luminosas e felizes. Quanto mais baixas, mais escuras e tenebrosas.

Mas não foi Deus quem as criou. Elas, na verdade, refletem o íntimo dos seus habitantes.

Dizem os espíritos que a matéria na dimensão espiritual é muito plástica e facilmente influenciável pelos pensamentos e emoções dos que nela habitam. Assim, é fácil entender que os ambientes espirituais onde se reúnem seres da mais baixa condição moral, cruéis e perversos, portadores das mais indignas paixões e vícios, sejam locais desagradáveis e mesmo horríveis, onde os mais fortes dominam os mais fracos, impingindo-lhes sofrimentos sem conta; onde não há justiça; onde a própria natureza se amolda ao horror que ali se vivencia.

Então, vemos que não é Deus o responsável pela existência dessas zonas vibratórias, que o espírito André Luiz chama de Umbral e Trevas.

O Umbral, ou os umbrais, abrigam espíritos endividados com a lei maior, mas mesmo eles não estão condenados a permanecer ali eternamente. Sempre que algum deles pede ajuda a Deus através da prece, sinceramente arrependido dos maus atos que praticou, essa ajuda lhe chega pelas mãos dos bons espíritos que trabalham em nome do amor nessas zonas de sofrimento.

Nessas circunstâncias ele é conduzido para alguma das muitas instituições assistenciais que existem na dimensão espiritual. Ali, ele aprende a dignificar a vida através do estudo e do trabalho, engajando-se em alguma das muitas atividades que são exercidas pelos espíritos. Alguns são logo encaminhados para a reencarnação.

Nas colônias espirituais como Nosso Lar, tão bem descrita pelo espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier (no livro do mesmo nome), existem instituições responsáveis pelas reencarnações, onde são estudados e analisados os processos de retorno à matéria, assim como também é feito o acompanhamento dos casos.

Os planos superiores se multiplicam em infinitas graduações, desde as mais próximas à nossa condição, até aqueles muito elevados que escapam ao nosso entendimento, por sua harmonia e profunda beleza. Também eles refletem os valores espirituais já alcançados por seus habitantes.

PERGUNTA NATURAL

Para que tipos de plano espiritual nós iremos, seres de mediana evolução, depois de nossa desencarnação?

Toda a nossa existência é regida por leis muito sábias, perfeitas e justas, que sempre nos levam a colher exatamente aquilo que semeamos. Foi por isso que Jesus afirmou: “A cada um será dado de acordo com suas obras”.

Essas leis geram os mecanismos de causa e efeito, pelos quais toda ação provoca uma reação semelhante. Assim, ao desencarnarmos, vamos encontrar na dimensão espiritual condições boas ou más, de acordo com o uso que fizemos dos bens que a vida nos concedeu, com as ações que praticamos e também com as nossas indevidas omissões.

Há um velho e sábio ditado que diz: “Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Esta é uma verdade cósmica. Portanto, quando passarmos para o mundo espiritual através da morte, vamos colher exatamente o resultado de tudo que aqui plantamos. De nada valerão os “pistolões” espirituais, tais como missas, orações, novenas, remissões e outros atos semelhantes, porque toda pessoa responde por suas ações e não há como burlar essa lei; não há como enganar a Deus.

A morte, na verdade, conduz cada espírito para a situação ou faixa vibratória apropriada e merecida. Isto funciona de forma irreversível, pela força da lei das afinidades vibratórias.

As pessoas muito apegadas aos bens terrenos, a casa, aos móveis, ao trabalho, às amizades e curtições geralmente permanecem imantadas aos ambientes onde viveram. Isto lhes gera sofrimento e é prejudicial à sua evolução. O espírito liberto da carne deve libertar-se também de todas as condições materiais e reiniciar suas experiências, atividades e aprendizados no mundo espiritual, visando sempre seu crescimento, sua evolução como ser cósmico que é.

Os espíritos que não conseguem afastar-se dos ambientes em que viveram, também são conhecidos como “sofredores”. As mazelas, problemas e doenças que os perturbaram antes de sua desencarnação permanecem vivos em suas mentes, projetando-se em seus corpos espirituais. Com isso, eles continuam sentindo as mesmas dores e angústias de seus últimos tempos na Terra, e seus sofrimentos repercutem também nas pessoas sensíveis das quais se aproximam, podendo causar-lhes inúmeros transtornos e até mesmo doenças que os médicos não conseguem diagnosticar nem tratar de forma correta.

Da mesma forma, aqueles que praticam suicídio sofrem muito no mundo espiritual. Há inúmeros relatos de espíritos de ex-suicidas narrando seus sofrimentos verdadeiramente atrozes e, regra geral, de longa duração. É claro que as situações variam de um caso para outro, mas sempre o suicídio representa terríveis sofrimentos a quem o pratica, refletindo-se em suas futuras encarnações. Os espíritos de suicidas geram uma vibração tão pesada e hipnótica que a sua simples presença pode até induzir uma pessoa reencarnada a praticar ato idêntico, desde, é claro, que essa pessoa tenha tais tendências e se deixe influenciar por aquela presença. Talvez por isso os espíritos falem sobre zonas espirituais, como o Vale dos Suicidas, onde esses espíritos permanecem por períodos mais ou menos longos, distantes das comunidades terrenas.

Também as pessoas que vivem em desacordo com as leis de Deus, praticando a violência, a ganância, prejudicando o próximo, vivenciando o orgulho, a prepotência e outros valores negativos assim como vícios e maldades os mais diversos, depois da morte irão situar-se em zonas vibratórias compatíveis com seu próprio estado espiritual.

Depois da morte cada qual recebe exatamente o que fez por merecer durante sua vida na Terra. As posições que ocupou não têm qualquer valor no mundo espiritual. Ninguém chega aos planos mais elevados sem antes aprender aqui mesmo na Terra a perdoar, a ser pacífico, humilde, fraterno, honesto, justo, desprendido dos bens materiais, agirem com ética e, acima de tudo, amar. Da mesma forma, ninguém ascenciona espiritualmente sem adquirir os valores da inteligência e da sabedoria, através do estudo, do trabalho e das lutas e dificuldades do cotidiano.

PERGUNTA FREQÜENTE

O que fazer quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores”?

Quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores” a freqüência a um centro espírita é muito importante, porque, além dos esclarecimentos e orientações que ali são ministrados, eles são também devidamente assistidos e encaminhados.

Também é importante fazer-se preces por eles, pedindo a Deus para aliviar suas dores e aflições, e aos benfeitores espirituais para que os assistam e os conduzam a alguma instituição socorrista no mundo espiritual.

PERGUNTA FREQÜENTE

E os planos superiores, como são?

Há muitos relatos dos espíritos sobre essas regiões vibratórias mais elevadas e mesmo um dos Apóstolos disse que fora até o terceiro céu.

Como a matéria astral é muito plástica e os ambientes espirituais refletem a beleza ou feiúra do que vai ao íntimo dos seus habitantes, podemos imaginar quão maravilhosas devem ser as regiões onde habitam seres como Francisco de Assis, madre Tereza de Calcutá, Ghandi e outros espíritos de escol.

E não se trata apenas dos aspectos de beleza, mas da elevada vibração que ali é uma constante. Muitos médiuns e pessoas de grande sensibilidade percebem a presença de espíritos mais evoluídos com tanta intensidade e numa forma tão divinal, que não conseguem reter as lágrimas. São presenças maravilhosas, irradiando tanto amor, júbilo e paz, que as palavras não conseguem registrar.

Mas não se pense que nas zonas superiores se desfruta de repouso. Conforme informações dos espíritos, quanto mais evoluídos, mais eles trabalham e nesse trabalho está o seu prazer, a sua realização.

Nos relatos de espíritos que narram seu retorno ao mundo espiritual, há sempre o componente do trabalho. Logo que tenham se recuperado dos traumas da desencarnação, começam a sentir necessidade de atividades. Muitos voltam a estudar, porque lá também há escolas, universidades, etc.. Outros pedem trabalho que lhes é fornecido de acordo com suas capacidades e aptidões. Mas por lá também há lazeres os mais variados, dependendo também dos gostos e projetos evolutivos dos habitantes.

Assim, aquela idéia de um céu de inativos, cantando glórias a Deus pela eternidade afora... Ou sentados no beiral de uma nuvem, tocando harpa... Não condiz com a realidade.

A lógica nos diz que uma natureza dinâmica, realizadora, como a do ser humano não iria suportar uma existência de inatividade pela eternidade afora.

Mesmo que o céu fosse como de certas crenças, com rios de leite e mel, e com todos os prazeres possíveis... Chegaria um dia em que tudo isso iria cansar.

A natureza humana não suportaria por muito tempo a estagnação.

Deus sabe o que faz. A reencarnação e as infinitas possibilidades de crescimento, aprendizado e realização refletem a lei universal da evolução contínua.

Os problemas da vida podem ser comparados a um barbante cheio

de nós que é preciso desmanchar, deixando-o liso.

Se você começar a dar puxões nesse barbante só vai apertar

cada vez mais esses nós, não é verdade?

Mas, se munir-se de paciência e começar a desmanchar os nós um por um,

logo terá todos eles desatados e o barbante liso.

Com os problemas é a mesma coisa, se ficamos nervosos, irritados,

agressivos, só conseguimos piorar a situação.

Mas, se nos munimos de paciência e começamos a trabalhar

com fé, sabedoria e equilíbrio logo teremos

conseguido solucioná-los.


Conteúdo retirado do site: http://www.mundoespiritual.com.br/