28 de maio de 2017

Aula - Parábola do Amigo Importuno

PLANO DE AULA

Parábola do Amigo Importuno

Objetivo: definir a verdadeira amizade, compreender que nosso Pai Celeste é incomparavelmente mais solícitos para com Suas criaturas do que o melhor dos amigos da Terra, e que O busquemos através da prece intercessória, da fé, persistência e trabalho, ou seja, fazendo nossa parte.

Subtemas: Amizade verdadeira; Prece, pedir com perseverança.

Bibliografia: Lucas XI, 5-13; ESE cap. V Item 26; LE Q. 707; Pão Nosso, cap. 17; Parábolas e Ensinos de Jesus, Cairbar Schutel, “Parábola do Amigo Importuno”.

PRIMEIRO MOMENTO: Texto evangélico

 “Um dia Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um dos discípulos lhe pediu: ‘Senhor nos ensina a rezar...’ E Jesus em resposta ensinou-lhes a oração do Pai Nosso.’ Ao terminar, a seguir, Ele acrescentou contando essa parábola (história):
” Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou de viagem, e não tenho nada para oferecer’, e ele responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta já está fechada e eu e meus filhos já estamos deitados; não posso me levantar para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar e não lhe der os pães por ser seu amigo, ao menos se levantará por causa do incômodo e lhe dará quantos necessitar.
E eu vos digo: Pedi, e será vos dado; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-á. Pois todo aquele que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, será lhe aberto. Que pai dentre vós dará uma pedra a seu filho que pede um pão? Ou dará uma cobra se ele pedir um peixe? Ou se pedir um ovo lhe dará um escorpião? Se, pois, vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai Celestial saberá dar um bom Espírito aos que pedirem!” - (Lucas XI, 5-13.)

Interpretação do texto evangélico

Esta parábola nos faz refletir sobre o valor da amizade, do auxílio daqueles quem nos pedem ajuda, e da importância da persistência e da prece.
Nós podemos não ser bons para com um adversário, desafeto ou um desconhecido. Mas, quando se trata de um amigo, mesmo essa amizade que o mundo conhece, frágil e volúvel, sem falar da amizade verdadeira que é coisa rara nesta Terra de aparências, quando se trata de um amigo ou de um conhecido que nos seja simpático, estamos prontos a servi-lo, seja de dia, seja de noite, seja por ser amigo, seja para não sermos importunados.
Mas, na verdade, Jesus ao contar esta história aos discípulos, não dizia que devemos ser superficiais, interesseiros, para não ficarmos mal vistos, ou nos ver “livres” daquele amigo, ou ajudar por mera conveniência.
O amigo foi considerado inconveniente buscando ajuda à meia-noite, a hora de dormir para resolver problema de uma terceira pessoa. É uma situação em que, existindo laços de verdadeira amizade, os incômodos serão ignorados e o amigo será prontamente atendido. Na verdade, o momento mais propício para reconhecer uma amizade verdadeira é quando passamos por dificuldades.
Jesus não perdia ocasião para ensinar, e também essa parábola ensinava a perseverança em qualquer situação da vida, ajudar mesmo diante das dificuldades, persistência na prece. E também, soma-se o ensinamento maior de Jesus: amar o próximo, ajudando a todas pessoas independentemente de serem nossos amigos, inimigos, ou desconhecidos.  
Um fato que não pode passar despercebido, na parábola, é a intercessão, ou seja, o ato de pedir, rogar por alguém, intermediar a favor de alguém. O amigo perseverante foi em busca de auxílio em benefício de um amigo por não possuir recursos próprios para auxiliar, pedindo então a quem oferece condições para tal.
Interceder por um amigo é um dos mais belos atos de fraternidade e constitui grande benefício quando sincero, levando conforto e energia.
Quando Jesus fala em amigos, refere-se a irmãos sinceros e devotados. Quando agimos na direção da luz, amando sempre, dentro dessas normas sublimes de solidariedade sublime, poderemos contar com a dedicação e do socorro de amigos fiéis.
Quantas vezes a Boa Nova registra a ação de Jesus em favor dos sofredores e desvalidos por intercessão de terceiros. Recordemos, como ilustração, a cura do paralítico de Cafarnaum ou do cego de Betsaida, que são conduzidos à presença do Mestre pelo auxílio de terceiros. Sendo assim, devemos, sempre, atender os amigos, de acordo com as nossas possibilidades.
Não negamos amparo ou assistência aos companheiros que precisam de socorro. A questão da amizade real é da maior importância no texto. Estamos ligados aos amigos pelos vínculos da simpatia.
O dom mais precioso que existe é a amizade. As paixões esfriam. As ilusões de cargos, de posições e de poder se desintegram como em um breve sonho. Da mesma forma, posses, dinheiro e bens desaparecem, assim como surgiram. Tudo é passageiro na existência, menos a amizade. Se bem cultivada, ela se perpetua, amplia e se fortalece ao longo do tempo.
Devemos atender as pessoas por amizade ou solidariedade, jamais para nos ver livres delas. Esta é a atitude cristã e espírita.
Todavia, devemos ter no coração, que se um amigo nos ofende, voluntária ou involuntariamente, não devemos nos conduzir por melindres, pelas suscetibilidades ou mágoas. Ele é um companheiro como nós, que possui imperfeições na alma, e é passível de errar. E assim, em todas relações fraternas faz-se necessária a presença da compreensão e da tolerância. Devemos relevar as ofensas, por maiores que sejam.
Mas, há também mais um ensino claro e insofismável na parábola, se em vez de apelarmos para um amigo, se o fizermos para o nosso Pai Divino? Maior ainda será a certeza do atendimento.
Deus é infinitamente mais solícito para com Suas criaturas do que o melhor dos amigos; assim, pois, qualquer que seja o grau de nossa imperfeição, de nossa indigência moral, se nos dirigirmos a Ele em prece sincera, podemos estar certíssimos de que o socorro da Providência não nos faltará.
Mas, é preciso entender que nem tudo que solicitarmos ao Pai Ele poderá nos atender de imediato, pois Ele nos conhece mais do que nós mesmos, Ele antevê nossas necessidades e conhece nossas fraquezas, e sabe o que é bom para nós. Algo que hoje desejamos muito na Terra, pode ser motivo para nossa queda moral ser maior. E isso não deve ser motivo de perdermos a fé em Deus. A persistência na oração, o cumprimento correto dos deveres, a caridade, bondade, perdão para com o semelhante, é um ato de fé de maturidade espiritual, que nos beneficiará sempre. Sejamos persistentes no bem e na prece, na conversa diária com nosso Pai Celestial.

SEGUNDO MOMENTO: DINÂMICA – EVANGELHO “NAS COSTAS”

Objetivo: Podemos descobrir muito sobre nós mesmos observando nossos irmãos. Verificar a importância de comunicarmos uns com os outros.

Material: Pedaços de papel com passagens evangélicas e fita adesiva

Idade Sugerida: A partir dos 10 anos.

Desenvolvimento:
Colocar as frase nas costas conforme a lista a seguir. Depois de fixos os bilhetes, dizer aos participantes que deverão circular pela sala e explicar a frase contida nos bilhetes das costas dos outros, sem dizer o que está escrito. Depois, parar a brincadeira e, um por um, dirá o que acha que está escrito em seu bilhete e porque chegou a esta conclusão. Caso não descubra, os outros participantes darão dicas. Também pode ser aplicada usando apenas mímicas. Caso o grupo precise, pode-se esticar um cordão e pregar nele as várias passagens, sem os títulos, para ajudar as associações de ideias.

Sugestão dos Bilhetes:
Felizes os que são mansos (calmos, que não gostam de violência, confusão, etc.)
Não faça ao próximo o que não deseja receber dele.
Bem-aventurados os pobres de espírito (pessoas humildes e que sabem que não são melhores do que ninguém, que todos somos iguais perante Deus.)
Bem-aventurados os que choram (sofrer sem reclamar, sem incomodar os outros)
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (acreditar na justiça de Deus, em sua bondade e sabedoria)
Bem-aventurados os misericordiosos (compreender e perdoar o irmão, esquecendo a ofensa)
Bem-aventurados os limpos de coração (não ter maldade, desejar e agir para o bem de todos)
Bem-aventurados os pacificadores (procurar viver em paz, aquele que acalma as pessoas em situações agressivas)
Ama ao seu próximo como a você mesmo.
O que não quiser para você, não deseje para o próximo.
Dever nosso é ser Caridosos (sempre estar pronto a ajudar as pessoas que estão à nossa volta)
Queira bem a seus inimigos, faça o bem aos que façam o mal.
Todo mal que você receber, faça o bem.


TERCEIRO MOMENTO:

ATIVIDADE 1: Fazer a leitura do texto: “A amizade real”, de Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, e estimulá-los a comentar a história, verificando o entendimento da turma.

ATIVIDADE 2: Distribuir atividade escrita caça-palavras.

PRECE FINAL

ATIVIDADE 1 - TEXTO DE APOIO:

A Amizade Real

Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.
Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.
Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.
O jovem seguiu lhe as instruções.
Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.
O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.
Reparando a tranquilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.
— Para quê? — confabulava consigo mesmo — aquele homem não era um pedinte. Não parecia guardar problemas que merecessem compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.
De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário.
O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:
— Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente, em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.
— Mas, meu pai — acentuou o moço —, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o nosso.
— Folgo bastante com a notícia — exclamou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conselheira, acrescentou:
— Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou.  Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica.  Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil.  Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias. Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão.  Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor para a eternidade. Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.
Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real.

Fonte: “Alvorada Cristã “, Francisco C. Xavier / Neio Lúcio

ATIVIDADE 2 - CAÇA - PALAVRAS


Aula - Parábola do Administrador Infiel

PLANO DE AULA

PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR INFIEL

BIBLIOGRAFIA: Lucas 16:1-13; Parábolas e Ensinos de Jesus, Cairbar Schutel; Fonte Viva, lição 75;

Harmonização

Prece Inicial

PRIMEIRO MOMENTO: Contar a parábola.

“Havia um homem rico que tinha um mordomo.
E este foi denunciado perante ele por lhe haver dissipado bens.
Chamou-o e lhe disse:
Que é isto que ouço falar de ti? Presta contas de tua mordomia, pois já não poderás ser mais meu mordomo.
O mordomo refletiu, então, consigo:
Que farei, visto que o meu senhor me tira a mordomia? Lavrar a terra não posso. De mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer para que haja quem me receba em sua casa, quando for desapossado da mordomia.
E, chamando separadamente a cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro:
- Quanto deves ao meu senhor? -100 barris de azeite.
- Toma a tua obrigação, senta-te já e escreve: 50.
Depois, disse a outro:
- E tu, quanto deves? -100 sacas de trigo.
- Toma as tuas letras e escreve: 80.
E elogiou aquele senhor o mordomo infiel por haver procedido prudentemente; porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que no dia em que elas vos faltarem, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.”

DESENVOLVIMENTO:
Essa parábola possui alguns sentidos ocultos, e lições de Jesus, que iremos conhecer hoje, como: Fidelidade e infidelidade, honestidade e desonestidade. São qualidades as quais se reconhece a bondade e a maldade do homem.
O homem rico -  Deus
Administrador – o homem
Uma das lições que Jesus deixou com essa história é forte. "O senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu astutamente. Pois os filhos deste mundo são mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz" (Lucas 16:8).
É evidente que Jesus não apoia desonestidade. As metas que são totalmente opostas, pois os mundanos são mais diligentes em cuidar de seus corpos e de seus do que os cristãos em cuidar das suas almas.
Este administrador desonesto refletiu bem em como seria o futuro depois de perder o emprego atual. Pessoas do mundo ou materialistas planejam o futuro. Mas, os espiritualistas cristãos estão igualmente atentos ao futuro? Vamos deixar essa vida logo ao desencarnarmos e passaremos a vida espiritual, e precisamos nos preparar para a vida no mundo dos espíritos, cujo único bem e riqueza real que podemos acumular e levar, é o bem que fizemos quando encarnados.
O problema que espiritualistas enfrentam, às vezes, é a visão estreita que possuem tendo conhecimento evangélicos. Muitos espiritualistas mesmo conhecedores da continuação da vida após a morte, não estão sendo prudentes, conhecedores que já são dos ensinos de Jesus, não estão ouvindo como deveriam e menos praticando.
 O importante “dica” oferecida por Jesus, é que usemos as oportunidades atuais dessa reencarnação para angariarmos amigos. Nessa oportunidade preciosa que é a existência na Terra, o principal objetivo é o aperfeiçoamento moral de nós Espíritos eternos, e devemos aproveitá-la no máximo para a pratica da bondade e da humildade aperfeiçoando nosso espírito. Ao reduzir as dívidas dos devedores, o administrador agiu incorretamente sendo desonesto com o seu senhor, porém, apesar de seu interesse, ajudou aos devedores a saldarem a suas dívidas.
O Administrador agiu de modo rápido, pensou, mediu consequências e percebeu que ficaria prejudicado, mas não se lamentou, nem se revoltou, e pelo raciocínio e a lógica se dirigiu. Se lamentasse perderia tempo. Reforçamos que não agiu corretamente, a clareza de seu raciocínio o fez tomar uma decisão inteligente: angariar amigos.
"Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se vocês não forem dignos de confiança em relação ao que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?" (Lucas 16:10-12)
Nada do que temos é nosso, todas as riquezas, fornecidas pelo planeta Terra, pertencem a Deus. O homem é apenas o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens.   Tudo incluindo nosso corpo, que são empréstimos para que evoluímo-nos moralmente.
O bom administrador, administra os bens de sua vida, mostrando responsabilidade com as coisas emprestadas por Deus, fazendo bom uso, mas não só para si, mas principalmente para o semelhante por meio da caridade e bondade.  Deus pode retirar este empréstimo, caso julgue necessário. Contas serão pedidas até mesmo de um único ceitil (moeda) mal ganho, isto é, com prejuízo de alguém. Portanto, devemos utilizar nossas mãos em trabalhos para o bem.
Enfim, não são os valores como fortuna e o poder que devemos apenas prestar contas a Deus, mas essencialmente da saúde do corpo, da oportunidade de trabalho, do benefício de estudar, do bom amigo, do amor de nossos pais, a oportunidade de ajudar e socorrer os que sofrem, etc. Tudo isso representa são talentos preciosos que foram nos colocados em nosso caminho. E que fazemos deles? Bom uso?
Vocês são fiéis ao seus deveres? Conhecem o significado de fidelidade? Fidelidade é a constância, a firmeza e a lealdade com que agimos em todos os momentos da vida, na riqueza como na pobreza, num casarão como num barracão, na saúde como na enfermidade, sendo gratos, caridosos, generosos, bondosos, porque a verdadeira fidelidade de caráter se expressa em qualquer situação.
Jesus comentando a parábola, diz: “Os filhos do mundo são mais hábeis em defender seus interesses do que os filhos da luz.”
Filhos do mundo - os materialistas
Filhos da luz - os espiritualistas
Com essa frase Jesus nos diz que os materialistas são mais prudentes em relação a vida terrena, seja nos negócios e interesses materiais, agem com mais previsão e maior empenho do que “os filhos da luz” (os espiritualistas) em relação aos seus interesses da vida espiritual.
Assim, como o administrador infiel percebeu que os bens materiais podem proporcionar benefícios às pessoas que desejamos como amigas, também nós devemos fazer uso dos bens que dispomos para ajudar o próximo, não por interesse, como fez o administrador, mas de boa vontade, como prova de amor e fé.
Como vivemos agora, como administramos nossa vida nossas oportunidades, determina nossa felicidade futura.

SEGUNDO MOMENTO: Atividade escrita.


PRECE FINAL

Resposta: " A Fidelidade é a qualidade com que se prova o caráter do homem."




* As imagens abaixo são indicadas para apresentação em Power-Point:













18 de maio de 2017

Aula - Honrar Pai e Mãe

PLANO DE AULA



HONRAR PAI E MÃE

“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá." - Êxodo - Capítulo 20:1

"Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.” - Lucas 18:20; Mateus 19:18-19
        
 Objetivos da aula: Levar o evangelizando a compreender a importância dos pais ou daqueles que tem responsabilidades sobre eles. Que devem amá-los respeitá-los e ter gratidão para com eles durante toda a vida, cumprindo o mandamento cristão do amor ao próximo.
Abordagens: Honrar pai e mãe; Dia das Mães.

Bibliografia: Conteúdo programático da UEM; 52 lições de Catecismo Espírita; O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 14, Itens 1 a 4; O Consolador - Questões 190 e 191, Espírito Emmanuel/ Chico Xavier.
Harmonização com música

         Prece inicial

         Primeiro momento: Nos primeiros momentos introduzir o tema com perguntas propiciando momentos de reflexão através uma conversa fraterna.

         * Que se comemora no segundo domingo de maio?

         * Que sua mãe representa pra você?

         * Como é o seu relacionamento com sua mãe? Explique.
*Qual importância ela tem na sua vida?

         * Como você gostaria que sua mãe fosse ou agisse com você, e por quê?
* Você tem deveres com seus pais? Quais são?

         Segundo momento: Desenvolvimento do Tema.
Os Espíritos superiores transmitiram a Moisés os dez mandamentos, um chamado para que “Honremos nosso pai e a nossa mãe”, que lembra aos filhos o dever de gratidão para com aqueles que o receberam na Terra, até que tivessem condições de dirigir a própria vida.
Segundo o dicionário, a palavra ''Honrar'' significa: reverenciar, tratar com respeito, reconhecer o seu valor.
Portanto o 5º mandamento é um “chamado” de Deus para o cumprimento de nosso mais alto dever de amor ao próximo, ou seja, cumprindo nosso dever para com eles,
AMANDO-OS
RESPEITANDO-OS
SENDO PACIENTE, AMÁVEL E TOLERANTE COM ELES NA VELHICE
CUIDANDO DELES COM AMOR, CARINHO QUANDO VELHINHOS
SER GRATOS ETERNAMENTE PELO QUE FIZERAM POR NÓS
AJUDÁ-LOS SEMPRE QUE NECESSITAREM
NUNCA DEIXÁ-LOS DESAMPARADOS
* Pode-se pedir as crianças que citem seus deveres com os pais e escrever a relação no quadro.
Honrar a nossos pais é uma consequência da lei geral de caridade e de amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar seu pai e mãe; mas a palavra honrai encerra um dever a mais a seu respeito: da piedade filial. Portanto, é respeitá-los; é obedecê-los; é socorrê-los nas necessidades; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cerca-los de carinho e cuidados como fizeram conosco quando éramos pequeninos. Tudo o que a caridade manda para com o próximo.
Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, pois também possuem todo o mérito.
Pensemos na dívida de gratidão que devemos a nossos pais: de quantos perigos eles nos livraram; que esforços eles ainda fazem para que possamos progredir. Para chegarmos a ser o que somos, quantas noites mal dormidas, quantos dias de sacrifícios, quanto trabalho eles tiveram.
Entretanto, existem alguns pais que não cumprem os seus deveres, ou seja, não são para os filhos o que deviam ser; mas é Deus que compete puni-los e não os seus filhos.  Os filhos não devem censurá-los, pois a lei da caridade manda que se pague o mal com o bem, que não se diga mal do próximo e perdoe os seus erros. Os filhos devem tomar como regra de conduta para com seus pais todos os ensinamentos trazidos por Jesus.  
Assim considerando, os filhos devem aos pais, mesmo quando estes não conseguem cumprir o seu compromisso, gratidão e respeito pela oportunidade abençoada do renascimento no corpo físico, no lar de que necessitam para evoluir.
Ninguém se vincula por laços parentescos a uma família sem justas razões, o acaso não existe nas obras da Criação. Um Espírito pode escolher nascer na família daquele com quem brigou em vidas anteriores, com objetivo de se reconciliar com ele.
A nossa mãe antes de nosso nascimento já aprendeu a nos amar. E qual seja nossa idade, ela é sempre dedicada a nós.
O dia das mães é uma homenagem prestada a sociedade a mulher mais importante em nossa vida, e compete ao espírito lembrar que nossa homenagem não pode se traduzir por presentes e lembranças materiais mas, acima de tudo, envolve-las com o carinho, respeito e gratidão. Lembremo-nos de que, todos os dias do ano é dia das abençoado por tê-la em nossa vida.
Pelas mães devemos guardar somente o amor a nós dedicado e as boas coisas que vivemos juntos, esquecendo os mal-entendidos. Apesar de algumas vezes não entendermos ou concordarmos com certas atitudes de nossas mães ou pais, elas certamente visam o bem de seus filhos. Além disso, as mães também são Espíritos em evolução e erram (tentando acertar) e merecem o perdão de seus filhos, assim como os perdoam, pois os filhos também erram.
Perguntas para fixação:
1. O que devemos fazer para honrarmos os nossos pais?
2. Qual é a dívida que devemos a nossos pais?
3. O que nossos pais fizeram e fazem por nós?
4. Qual é a obrigação material que devemos ter para com os nossos pais quando estiverem velhos?
5. Como demonstramos a nossos pais o amor que lhes consagramos?
6. Quais ensinamentos devem ser utilizados como regra de conduta para com os pais?
7. Estamos reunidos numa mesma família por acaso?
8. Você se imagina como pai ou mãe, e o que acham que isso vai significar na sua vida? (Renúncia, madrugadas em claro, mas também muitas alegrias).

        Quarto momento - atividade: Colocar à disposição das crianças papéis coloridos, cartolina e EVA para que façam uma lembrança para oferecer as mães. De preferência levar modelos prontos para que escolham e façam de sua preferência.

         Prece de encerramento

MODELOS DE CARTÕES



Imagens retiradas da internet

Aula - Anália Franco, o anjo da caridade

PLANO DE AULA


Anália Franco, o Anjo da Caridade

Abordagens: Caridade, Abnegação

Bibliografia: Os Grandes Vultos do Espiritismo, Paulo Alves Godoy.

HARMONIZAÇÃO

PRECE INICIAL

PRIMEIRO MOMENTO:

Qual o significado da palavra: Abnegação? Segundo o dicionário, abnegação é a ação caracterizada pelo desprendimento e altruísmo, superação das tendências egoísticas; dedicação extrema; altruísmo.
Trata-se do sacrifício que alguém faz de sua deliberada vontade, dos seus interesses. Em geral, esse sacrifício tem lugar por motivos religiosos ou por altruísmo.
A abnegação é um dos aspectos fundamentais do bom cristão. É a pessoa que não faz sempre aquilo que quer, pensa em si, mas pelo contrário, renuncia a si mesmo e aos seus interesses pessoais em favor do próximo.
A abnegação implica disciplina e saber controlar os desejos, os sentimentos, as paixões e os pensamentos. Implica em lutar contra o egoísmo. O objetivo é dar em vez de ter.
O Maior exemplo de Abnegação é Jesus Cristo, mas há outros como, Madre Teresa, Francisco de Assis, Irmã Dulce, Meimei, Chico Xavier, Irmã Scheilla, Anália Franco, e muitos outros exemplos de inúmeras virtudes.
Hoje vamos conhecer o trabalho pessoal de uma mulher abnegada, em favor dos necessitados, um anjo da caridade que passou na Terra. Seu nome: Anália Emília Franco ou simplesmente, Anália Franco.
Vamos conhecer a solidariedade, o amor ao próximo, a caridade vivida por essa nossa irmã especial. Ela, um exemplo de quem realmente amou seu próximo, e que ficará gravado no íntimo de cada um de vocês.
Antes de iniciarmos, falemos sobre a história de Anália Franco. Alguém sabe o que é uma biografia?  Biografia é a história de vida de uma pessoa. Em geral, são feitas biografias de figuras públicas e reconhecidas mundialmente, como políticos, escritores, cientistas, esportistas, artistas, ou de pessoas que deram uma contribuição importante para o mundo.

SEGUNDO MOMENTO: Contar a história de Anália Franco.

Biografia Anália Franco
Nascida na cidade de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1856, e desencarnada em S. Paulo, no dia 13 de janeiro de 1919.

Seu nome de solteira era Anália Emília Franco. Após consorciar-se em matrimônio com Francisco Antônio Bastos, seu nome passou a ser Anália Franco Bastos, entretanto, é mais conhecida por Anália Franco.
Com 16 anos de idade entrou num Concurso de Câmara dessa cidade e logrou aprovação para exercer o cargo de professora primária. Trabalhou como assistente de sua própria mãe durante algum tempo. Anteriormente a 1875 diplomou-se Normalista, em S. Paulo.
Foi após a Lei do Ventre Livre que sua verdadeira vocação se exteriorizou: a vocação literária. Já era por esse tempo notável como literata, jornalista e poetisa, entretanto, chegou ao seu conhecimento que os nascituros de escravas estavam previamente destinados à “Roda” da Santa Casa de Misericórdia. Já perambulavam, mendicantes, pelas estradas e pelas ruas, os negrinhos expulsos das fazendas por impróprios para o trabalho.
Não eram, como até então “negociáveis”, com seus pais e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre.
Anália escreveu, apelando para as mulheres fazendeiras. Trocou seu cargo na Capital de São Paulo por outro no Interior, a fim de socorrer as criancinhas necessitadas. Num bairro duma cidade do norte do Estado de S. Paulo conseguiu uma casa para instalar uma escola primária. Uma fazendeira rica lhe cedeu a casa escolar com uma condição, que foi frontalmente repelida por Anália: não deveria haver promiscuidade de crianças brancas e negras. Diante dessa condição humilhante foi recusada a gratuidade do uso da casa, passando a pagar um aluguel. A fazendeira guardou ressentimento à altivez da professora, porém, naquele local Anália inaugurou a sua primeira e original “Casa Maternal”. Começou a receber todas as crianças que lhe batiam à porta, levadas por parentes ou apanhadas nas moitas e desvios dos caminhos. A fazendeira, abusando do prestígio político do marido, vendo que a sua casa, embora alugada, se transformara num albergue de negrinhos, resolveu acabar com aquele “escândalo” em sua fazenda.
Promoveu diligências junto ao coronel e este conseguiu facilmente a remoção da professora. Anália foi para a cidade e alugou uma casa velha, pagando de seu bolso o aluguel correspondente à metade do seu ordenado.
Como o restante era insuficiente para a alimentação das crianças, não trepidou em ir, pessoalmente, pedir esmolas para a meninada. Partiu de manhã, à pé, levando consigo o grupinho escuro que ela chamava, em seus escritos, de “meus alunos sem mães”. Numa folha local anunciou que, ao lado da escola pública, havia um pequeno “abrigo” para as crianças desamparadas. A fama, nem sempre favorável da novel professora, encheu a cidade. A curiosidade popular tomou-se de espanto, num domingo de festa religiosa. Ela apareceu nas ruas com seus “alunos sem mães”, em bando precatório. Moça e magra, modesta e altiva, aquela impressionante figura de mulher, que mendigava para filhos de escravas, tornou-se o escândalo do dia. Era uma mulher perigosa, na opinião de muitos. Seu afastamento da cidade principiou a ser objeto de consideração em rodas políticas, nas farmácias. Mas rugiu a seu favor um grupo de abolicionistas e republicanos, contra o grande grupo de católicos, escravocratas e monarquistas.
Com o decorrer do tempo, deixando algumas escolas maternais no Interior, veio para S. Paulo. Aqui entrou brilhantemente para o grupo abolicionista e republicano. Sua missão, porém, não era política. Sua preocupação maior era com as crianças desamparadas, o que a levou a fundar uma revista própria, intitulada “Álbum das Meninas”, cujo primeiro número veio a lume a 30 de abril de 1898. O artigo de fundo tinha o título “Às mães e educadoras”. Seu prestígio no seio do professorado já era grande quando surgiram a abolição da escravatura e a República. O advento dessa nova era encontrou Anália com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos. E logo que as leis o permitiram, ela, secundada por vinte senhoras amigas, fundou o instituto educacional que se denominou “Associação Feminina Beneficente e Instrutiva”, no dia 17 de novembro de 1901, com sede no Largo do Arouche, em S. Paulo.
Em seguida criou várias “Escolas Maternais” e “Escolas Elementares”, instalando, com inauguração solene a 25 de janeiro de 1902, o “Liceu Feminino”, que tinha por finalidade instruir e preparar professoras para a direção daquelas escolas, com o curso de dois anos para as professoras de “Escolas Maternais” e de três anos para as “Escolas Elementares”.
Anália Franco publicou numerosos folhetos e opúsculos referentes aos cursos ministrados em suas escolas, tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontraram meios de desenvolver as faculdades afetivas e morais das crianças, instruindo-as ao mesmo tempo. O seu opúsculo “O Novo Manual Educativo”, era dividido em três partes: Infância, Adolescência e Juventude.
Em 1º de dezembro de 1903, passou a publicar “A Voz Maternal”, revista mensal com a apreciável tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas próprias.
A Associação Feminina mantinha um Bazar na rua do Rosário nº 18, em S. Paulo, para a venda dos artefatos das suas oficinas, e uma sucursal desse estabelecimento na Ladeira do Piques nº 23.
Anália Franco mantinha Escolas Reunidas na Capital e Escolas Isoladas no Interior, Escolas Maternais, Creches na Capital e no Interior do Estado, Bibliotecas anexas às escolas, Escolas Profissionais, Arte Tipográfica, Curso de Escrituração Mercantil, Prática de Enfermagem e Arte Dentária, Línguas (francês, italiano, inglês e alemão); Música, Desenho, Pintura, Pedagogia, Costura, Bordados, Flores artificiais e Chapéus, num total de 37 instituições.
Era romancista, escritora, teatróloga e poetisa. Escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças e para as Escolas, os quais são dignos de serem adotados nas Escolas públicas.
Era espírita fervorosa, revelando sempre inusitado interesse pelas coisas atinentes à Doutrina Espírita.
Produziu a sua vasta cultura três ótimos romances: “A Égide Materna”, “A Filha do Artista”, e “A Filha Adotiva”. Foi autora de numerosas peças teatrais, de diálogos e de várias estrofes, destacando-se “Hino a Deus”, “Hino a Ana Nery”, “Minha Terra”, “Hino a Jesus” e outros.
Em 1911 conseguiu, sem qualquer recurso financeiro, adquirir a “Chácara Paraíso”. Eram 75 alqueires de terra, parte em matas e capoeiras e o restante ocupado com benfeitorias diversas, entre as quais um velho solar, ocupado durante longos anos por uma das mais notáveis figuras da História do Brasil: Diogo Antônio Feijó.
Nessa chácara fundou Anália Franco a “Colônia Regeneradora D. Romualdo”, aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala, internando ali sob direção feminina, os garotos mais aptos para a Lavoura, a horticultura e outras atividades agropastoris, recolhendo ainda moças desviadas, conseguindo assim regenerar centenas de mulheres.
A vasta sementeira de Anália Franco consistiu em setenta e uma Escolas, 2 albergues, 1 colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, uma Banda Musical Feminina, 1 orquestra, 1 Grupo Dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais, etc., em 24 cidades do Interior e da Capital.
Sua desencarnação ocorreu precisamente quando havia tomado a deliberação de ir ao Rio de Janeiro fundar mais uma instituição, ideia essa concretizada posteriormente pelo seu esposo, que ali fundou o “Asilo Anália Franco”.
A obra de Anália Franco foi, incontestavelmente, uma das mais salientes e meritórias da História do Espiritismo.
TERCEIRO MOMENTO: Atividade: Distribuir os quadrinhos com a história de Anália Franco, e ensiná-los a fazer a capa de papel cartão, montando a seguir uma revistinha.

PRECE FINAL

HQ – ANÁLIA FRANCO