19 de agosto de 2013

Aula - Desigualdades da Riqueza

Desigualdade das riquezas

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 16 – NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON
Objetivos:
- Conscientizar os evangelizando que os bens materiais são empréstimos “transitórios” de Deus e que devemos fazer bom uso destes - Ressaltar que o desapego aos bens terrenos consiste em dar à riqueza o devido valor, utilizando-a para si e para o próximo, sem tratá-la com descaso ou indiferença, pois somos usufrutuários, administradores temporários dos bens que Deus nos concede, o seu emprego deve, portanto, ser guiado pelo bom-senso, zelo e responsabilidade.   
 - Esclarecer que Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e poder. Lembrando que Deus em sua infinita sabedoria e amor possibilita a todos, múltiplas existências que são verdadeiras oportunidades de vários e diferentes aprendizados, ora na riqueza ora na pobreza.
- Sensibilizar sobre a importância da fé em Deus, da oração e da vigilância diárias em nossas vidas, para não sermos escravos da cobiça, da inveja, da amargura, da incompreensão.
- Despertar o evangelizando de que a riqueza é um elemento de progresso moral, espiritual e intelectual. Sendo que o bom uso gera trabalho, pesquisas, descobertas que propiciam avanços, projetos sociais em que muitos podem ser beneficiados.

PRIMEIRO MOMENTO: Contar a história: O Pequeno herói Anônimo, explorando a história.


SEGUNDO MOMENTO: Apresentar gravuras (apresentei as gravuras no PowerPoint), e à medida que as apresenta fazer os questionamentos abaixo aplicando o tema da aula:
Criança rica / Criança pobre / Casa pobre / casa Rica
Criança sadia / Criança paralítica / Criança branca / Criança negra

Perguntar: Porque existem tantas diferenças? Uns com saúde e beleza, outros doença e deficiências físicas? Outros com retardo mental e outros com grande inteligência? E por que na Terra existem homens ricos e pobres?

Responder: Na riqueza e na Pobreza por dois motivos:

1.      Por causa das diferenças das capacidades (talentos) e pelo empenho pessoal durante a vida.
2.      Porque Deus dá provas diferentes a homens diferentes na reencarnação.

· Na riqueza,  o homem tem que suportar não fazer todo o mal que o dinheiro lhe permite realizar.
· Na pobreza,  o homem passa pelas dificuldades da escassez da matéria (alimentação,  vestuário,  etc.), devendo fazê-lo sem queixas,  resignado.

Riqueza e pobreza nada mais são que provas pelas quais o Espírito necessita passar com objetivo mais alto de progresso. Deus concede a uns a prova da riqueza e a outros a da pobreza para experimentá-los de modos diferentes.

A pobreza é para os que a sofre, a prova da paciência e da resignação.

A riqueza é para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.

Desigualdade de riquezas, de saúde, de condições sociais, raças, etc., são então situações definidas antes de nascermos como provas para nossa evolução espiritual.

Muitas diferenças na Terra como saúde e beleza, doença e inteligência é muitas vezes são provas, com freqüência, escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas já sucumbiram. Por exemplo, se foi belo e isso lhe serviu de queda, pede a imperfeição física para não recair em novas faltas; se foi inteligente e usou sua inteligência para fazer sofrer e para o mal, ele deforma seu corpo espiritual e ao reencarnar seu perispírito molda um cérebro deformado e ele não poderá usar sua inteligência naquele corpo físico.


Os Espíritos escolhem as suas provas, conforme as suas faltas:
1) Uns, escolhem uma vida de privações ou a pobreza.
2) Outros, preferem vencer as tentações da riqueza.

Lembrando que por riqueza não se pode considerar somente dinheiro, e sim, aquilo que possuímos: o corpo, o Lar, os amigos, a capacidade de pensar, os conhecimentos espirituais, etc.
Tanto uma quanto outra são provas muito difíceis, porque se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe os objetivos elevados.

Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e poder. Lembrando que Deus em sua infinita sabedoria e amor possibilita a todos, múltiplas existências que são verdadeiras oportunidades de vários e diferentes aprendizados, ora na riqueza ora na pobreza.

É preciso que entendamos sempre: a existência no corpo é passageira e a morte do corpo priva-nos de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha na Terra. Pobres e ricos voltam, portanto, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a condição de rico e a condição de pobre não passam de expressões passageiras. Os únicos bens que levamos é o bem que espalhamos, as dores que aliviamos, os sorriso que despertamos, enfim, as virtudes do coração.

TERCEIRO MOMENTO: 

Desenvolvimento: o mundo em que vivemos está repleto de desigualdades que despertam em nós sentimentos positivos e negativos. Conversar quais são e ouvir.
(positivos: fraternidade, compreensão, bondade, tolerância, aceitação e outros que constituem o conjunto das virtudes humanas. Negativos: incompreensão, revolta, tristeza, desalento, desesperança, que nos fazem sofrer) 


Esses dois tipos de sentimentos nos mostram o nosso grau de entendimento da lei divina. Compreender a situação e o momento evolutivo do outro é entender a lei.


Diante os contrastes das desigualdades que a vida nos apresenta tais como: saúde e doença, alegria e tristeza, bondade e maldade, riqueza e pobreza e tantos outros somos convidados a fazer crescer este entendimento da lei divina.

Levantar questionamentos:
- Por que todos os homens não são igualmente ricos? Não são igualmente inteligentes, ativos e trabalhadores? Os homens não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais inteligentes e mais ativos, pois são suas conquistas espirituais. Precisamos experimentar diferentes situações para nossa aprendizagem.
- A desigualdade de riquezas é necessária? Sim, para o desenvolvimento da inteligência e do sentimento, do progresso material e moral.

Concluir com elas: se a riqueza fosse repartida igualmente não haveria estímulos para as descobertas, pesquisas, etc.
A riqueza é desenvolvimento do sentimento, progresso moral quanto do intelectual.
Existem diferenças de riquezas, mas é possível que exista igualdade e bem estar social.
Se o homem praticar lei de justiça, amor e caridade, não haverá diferenças, pois os homens se entenderão.
Tudo isto é decorrente do trabalho do homem.

QUARTO MOMENTO:  SOLIDARIEDADE E CRIATIVIDADE

Objetivos: Técnica ideal para dividir os grupos ou formar grupos diferentes. Ao mesmo tempo, estimular o trabalho em grupos e a solidariedade.

Materiais: Folhas de cores diferentes: azul, verde, rosa e amarela.

Procedimento: Escrever frases relativas ao tema nas folhas de cartolinas. Recortar formando um quebra-cabeças. Misturar todas as cores. Os participantes receberão os pedaços e tentarão formar as frases. Eles não serão informados que as frases estão escritas em folhas da mesma cor. Terão que descobrir por si, ajudando uns aos outros. No final, ao reconstruir as frases, os grupos estão formados pelas cores.

Exemplos de Frases:
A pobreza é para os que a sofre, a prova da paciência e da resignação.
A riqueza é para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.
Riqueza e pobreza nada mais são que provas, pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista o objetivo, que é o seu progresso.
Deus concede a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes.
Desigualdade de riquezas, de saúde, de condições sociais, raças, etc., são situações definidas antes de nascermos como provas para nossa evolução espiritual.
Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e poder.


QUINTO MOMENTO: Atividade escrita


PRECE FINAL








4 de agosto de 2013

Aula - Jesus, a fé e a caridade

Tema: Jesus, a fé e a caridade
Objetivos:
 - Recordar que Jesus é o mais perfeito Guia e Modelo da Humanidade: O Caminho, a Verdade e a Vida.
 - Identificar a fé como equivalente a um estado de confiança e certeza absolutas, sobrepondo-se a qualquer atividade calculista do intelecto humano.
- Levar o evangelizando a entender que a caridade é uma virtude que pode ser praticada por todos, e que pode ser exercida no campo material e no campo moral.
- Observar que a caridade é a ação impulsionada por um sentimento de amor e realizada por nós em favor do próximo.
- Compreender que a caridade não consiste só nas coisas materiais que distribuímos, mas também, no amor, no tempo, no carinho, na atenção e nas gentilezas que dispensamos aos outros.

BIBLIOGRAFIA: Evang. Seg. o Espiritismo, Cap. 11 – AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO; O Livro dos Espíritos: 3ª parte - Caps. XI e XII (Questões 647 e 886); Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, Pág.87 a 97;  Fonte Viva Lições: 91; 126; 159. - Vinha de Luz, Pag. 273; Educação do ser integral. Lar Fabiano de Cristo. Unidade o Homem – Amor: Do Egocentrismo ao Altruísmo.

Harmonização com músicas

Prece Inicial

PRIMEIRO MOMENTO:
Uma das coisas que Jesus ensinou foi à fé e a caridade, e demonstrou como se deve fazer através de seu maior ensinamento ao dizer: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Ele veio ensinar o Amor trazendo exemplos da verdadeira caridade, da fé e do amor ao semelhante, e ensinou como se deve amar: sendo caridosos, amando uns aos outros, tendo fé em Deus, desculpando ou perdoando, compreendendo e tolerando, sendo indulgentes fraternos e bondosos com todos e não julgando ou criticando.

O amor ao próximo está intimamente ligado a caridade. Caridade é amor em ação, pois ela coloca em prática o amor que Ele nos ensinou. A fé é um estado de alma, de confiança e certeza absoluta no amparo de Deus e nossos guias espirituais. Estando certos que tudo que damos de nós em favor do semelhante, nada nos faltará, pois Deus tudo provê.

Existem muitos tipos de fé, como fé nas pessoas, em situações, em nós, etc., mas a fé que nos sustenta a alma e nos dá força para as realizações, esta nós deveremos depositar em Deus, lembrando que devemos trabalhar, e segundo a vontade de Deus, nossos desejos se cumpriram. Há também mais de um tipo de caridade, que é a moral e a material que poderemos fazer em favor do semelhante.


SEGUNDO MOMENTO: ATIVIDADE REFLEXIVA
Hoje vamos falar do Amor ensinado por Jesus e da fé e da caridade que procede desse amor ensinado por Ele. Pois, toda essência da vida encontra-se no Amor, que vem de Deus.


Levar as crianças a observarem a gravura de duas plantas da mesma espécie, uma bem desenvolvida, outra não. Pedir que expliquem essa diferença (falta de sol, tipo de terra, qualidade da semente, pragas...).

Comparar o desenvolvimento das plantas com as pessoas:

• As plantas que recebem a luz do sol geralmente desenvolvem-se bem, exceto se faltar água, adubo etc. O mesmo acontece com nosso coração, se está aberto a Deus e a mensagem de amor de Jesus, praticando o amor, seremos pessoas generosas fraternas e bondosas.
• Todas as pessoas são envolvidas pelo amor de Deus, tal como as plantas recebem a luz do sol. Mas enquanto a pessoa não sentir o amor de Deus, será como aquela planta mal desenvolvida.
• As pessoas que não sentem esse amor sentem-se vazias e, às vezes, deixam-se dominar por vícios, por influências de más companhias ou vivem tristes. E aí vão definhando, tal como planta atacada pelas pragas. São as pessoas irritadas, egoístas, orgulhosas, agressivas, mal humoradas, vingativas e ressentidas por qualquer coisa que as acometem.

Destacar entre os evangelizando dois participantes que voluntariamente se ofereçam para a expressão corporal do que o grupo citar.
Perguntar ao grupo:
– Como são as pessoas que NÃO sentem amor pelos semelhantes, não tem fé em Deus, não se interessam em ser caridosas?
Provavelmente o grupo responderá:
• só falam e cuidam de si mesmas;
• não param para ouvir os outros;
• sentem-se irritadas e infelizes;
• nunca têm iniciativa e boa vontade para ajudar quem precisa;
• agridem as pessoas com palavras e até fisicamente.
• criticam e julgam as pessoas descaridosamente.
• falam mal das pessoas ou fofocam.

Em seguida, perguntar:
– Como são as pessoas que SENTEM amor pelos semelhantes, tem fé em Deus, são caridosas?
• são alegres e felizes;
• sabem ouvir, compreender as pessoas;
• ajudam quando necessário;
• preocupam-se com os sentimentos do outro, respeitando-os;
• são caridosas, pois sabem compartilhar, não temem que nada falte porque tem fé em Deus e sabem que todo o bem que fazem elas recebem de volta;
• toleram e são indulgentes com a falta dos outros, pois sabem que também erram e são imperfeitos;
• são simples e humildes;
• desculpam ou perdoam.

Lembrar que raiva, mágoas e desentendimentos que ocorrem freqüentemente em família, com amigos e vizinhos são causados quase sempre pela falta do amor, de perdão e de caridade que Jesus ensinou e que devemos ter uns pelos outros.

 Perguntar:
– Podemos fazer o amor, perdão a fé e a caridade CRESCER no nosso coração?
Ouvir com atenção as respostas, e depois responder que é praticando o que Jesus ensinou que vamos fazer crescer em nós, e que no inicio é difícil, pois estamos acostumados ou viciados nos sentimentos negativos (orgulho e egoísmo), mas com o tempo nos esforçando todos os dias, um dia serão ações naturais em nós. Não podemos perder a fé em Deus e em Jesus, pois todos nós temos o amparo dos nossos anjos da guarda que cuidam para que nós consigamos serem pessoas bondosas. O único exemplo que temos que seguir é de Jesus, Ele é o caminho, sigamos seus passos.



Mostrar o desenho do girassol, descrevendo o movimento que esta flor faz de modo a voltar-se sempre para o sol.
Comparar com a necessidade das pessoas de voltar-se para Deus. Como?
• sentindo o seu amor, por meio do amparo de nossos pais, amigos e anjo da guarda;
• orando, pedindo fé, sabedoria e amor;
• vivendo com bondade e caridade;
• perdoando aqueles que nos magoam, humilham e perseguem, compreendendo que todos nós temos erros e não podemos julgar e nem criticar nossos semelhantes.

Fazendo assim seguimos Jesus, nos voltamos, assim como o girassol volta-se para receber a luz do sol, voltamo-nos para Deus e para nosso amado irmão Jesus, então nada nos faltará.

PORQUE TUDO QUE DAMOS RECEBEMOS DE VOLTA; SE OFERECEMOS AMOR E PERDÃO NÓS O RECEBEREMOS DE VOLTA DE DIVERSAS FORMAS. ESSA É  LEI DE DEUS: CAUSA E EFEITO.

TERCEIRO MOMENTO: ATIVIDADE DINÂMICA

 Dividir a turma em dois grupos, que se sentam um em frente ao outro. Cada um do primeiro grupo, na sua vez, diz uma frase que represente uma conduta com falta de amor. Exemplo: Hoje acordei irritadíssimo.
- O colega em frente transforma a frase, expressando uma conduta amorosa. Exemplo: Hoje acordei de bem com a vida.
- Inverter as posições: o 2º grupo enuncia a conduta sem amor e o 1º grupo, a conduta amorosa.
QUARTO MOMENTO: ATIVIDADE CRIATIVA – Apresentar as frases para meditarem e logo propor aos evangelizando desenharem: 

JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

O AMOR DE DEUS CRESCE A CADA DIA NO MEU CORAÇÃO. 

PRECE FINAL

5 de julho de 2013

Aula - FRATERNIDADE - Movimento da Fraternidade e a Cidade da Fraternidade




Bibliografia: Conteúdo Programático da UEM; site MOFRA - Movimento da Fraternidade; Livro: Movimento da Fraternidade e Fraternidade chama inextinguível - Célio Allan Kardec de Oliveira.
Prece inicial
Primeiro Momento: dialogar sobre a fraternidade.
Perguntar aos evangelizando se a pessoa que comer só um tipo de alimento, como por exemplo, batata, conseguiria todos os nutrientes de que o seu organismo necessita.
Após ouvi-los comentar que todos os alimentos têm um valor nutricional, e assim também tudo tem o seu valor no universo e exerce um papel importante. Às vezes valorizamos mais determinada coisa, objeto ou criatura, em detrimento de outra; mas a verdade é que tudo o que existe tem sua importância.
Assim como entre os variados alimentos são importantes para nossa saúde, o mesmo acontece entre os animais, todos eles têm um papel importante na natureza; numa orquestra todo o instrumento tem importância; na sociedade todas as profissões são importantes.
A variedade é importante, porque nos ajuda a desenvolver o sentimento de humildade e cooperação, já que os seres passam a depender uns dos outros para viverem.
Todos os seres vivos da Criação estão em constante aperfeiçoamento, em termos de sentimento, de inteligência, e sob o ponto de vista da matéria. Tudo se aprimora em a Natureza, a caminho da perfeição de que nos falou Jesus.
As reencarnações, que nos ensejam experimentar várias situações - como vir homem ou mulher, rico ou pobre, negro ou branco, sadio ou doente - são excelentes oportunidades de aprendermos o que aquela situação pode oferecer. A riqueza, por exemplo, é uma oportunidade de praticarmos o desapego, a correta utilização do dinheiro para gerar progresso... A pobreza é chance para exercitarmos o trabalho, agindo sem revolta.
Por que abrigamos o orgulho no coração, pai do preconceito? Nascemos em raças diferentes, em lugares diversos, tudo nos propicia ensinamentos valiosos, hoje somos ricos, amanhã poderemos vir pela nossa necessidade evolutiva sendo pobres. O Espírito precisa passar por várias experiências, para aprender tudo o de que necessita para seu progresso.
Ter preconceito é valorizar as coisas e pessoas não pelo que elas são, mas pelo que elas têm ou pelo que aparentam. E a partir deste entendimento errôneo, agir criticando, separando, discriminando os outros.
As pessoas preconceituosas - por exemplo, que o pobre é inferior ao rico, que o negro á inferior ao branco, que certas profissões são mais importantes porque são mais “chiques” - certamente não sabem que essas situações podem mudar de uma reencarnação para outra.
Com esses ensinamentos, a Doutrina Espírita nos ajuda a combatermos em nós mesmos o orgulho, e a desenvolvermos o belo sentimento da fraternidade; o reconhecimento de que somos todos filhos do mesmo Pai e caminhamos para o mesmo destino, que é a Perfeição.
Quem é capaz de dar algum exemplo de atitude preconceituosa?
O evangelizador comentará os exemplos, e caso as crianças não se pronunciem, poderá apresentar alguns, como:
- dizer que cabelo crespo é “cabelo ruim”;
- achar que todo pobre é pouco inteligente ou é bonzinho, só porque sofre;
- achar que todo rico é ganancioso ou vaidoso;
- achar que o deficiente físico é incapaz de trabalhar, etc.
Todos os seres são filhos de Deus, portanto irmãos a quem devemos amar, respeitar, ajudar e servir em nome do Senhor e da fraternidade que deve reger nossas ações.
Assim, a raça, a posição social, a religião não podem, em hipótese alguma, nos separar uns dos outros.
Pela fraternidade desaparecem todos os preconceitos de posição social, raça, religião, os quais têm se constituído, através dos tempos, em sérios entraves ao progresso real da humanidade.
É pelo amor ao próximo exemplificado por Jesus, que aprendemos ajudar sempre, sem distinções ou reservas.
A fraternidade é uma lei universal, que precisa ser cada vez mais sentida e levada a todas as criaturas. Ela é virtude que todos nós devemos cultivar, pelo amor ao próximo exemplificado por Jesus, ajudando sempre, praticando a gentileza para com todos, respeitando o semelhante, sendo bondosos e compreensivos para com todos, ajudar sempre em tudo que for preciso a quem precise.
Devemos abrir a alma ás manifestações generosas para com todos os seres, e não caminhar indiferente a dor do próximo, auxiliar sempre, buscando nos relacionar com as pessoas sem distinção ou preconceito.
"Fraternidade é o amor que se expande entre os corações humanos, 
promovendo a interligação das criaturas numa mesma pulsação de sentimentos... 
os da Fraternidade"
Segundo Momento: dialogar sobre o Movimento da fraternidade.

E, pois sendo todos nós filhos de Deus, e a humanidade uma só família, a espiritualidade superior, visando promover a união da família universal nos corações humanos, num sentimento de fraternidade aqui no Brasil, anunciou o Movimento da Fraternidade, que teria como objetivo viver e praticar o ensinamento de Jesus “Amai-vos uns aos Outros”.
Assim várias pessoas e grupos espíritas se uniram para promover um movimento de fraternidade, e onde houvesse necessitado, levariam eles a ajuda. Assim aos desamparados o calor humano, ao doente a visitação e o remédio da alma e do corpo, a os pobres e carentes as vestes e o pão, ao que sofre a fé em Deus ou o evangelho de Jesus.
Os grupos espíritas que aderiram ao movimento da fraternidade passariam a seguir um programa de trabalho, onde haveria cursos da doutrina espírita e do Evangelho, assistência social (assistência as crianças carentes, sopa fraterna, distribuição de alimentos, etc.), tratamentos espirituais (passes, ecotoplasmia), distribuição de roupas e remédios, etc.
E então, essas pessoas também movidas pelo sentimento de família universal, com um grande ideal, decidiram construir uma cidade onde as pessoas se ajudassem mutuamente, não sendo elas apenas de laços consangüíneos, mas sendo unidas pelos laços do espírito.
Essa cidade seria diferente, seria uma família diferente das que conhecemos, essas famílias teriam um sistema de vida diferente, essas pessoas seriam ligadas pelo sentimento de amor ao próximo e a fraternidade, estes seriam os laços que as uniriam.
A cidade da fraternidade é um modelo de comunidade cristã para o 3º milênio, e planejada para abrigar criaturas desamparadas, além de servir ao próximo sem os laços da consangüinidade. É uma nova sociedade, exemplo para a construção do amanhã, uma oportunidade de todos nós de vivenciarmos a fraternidade. Objetivo da cidade é viver o amor ao próximo e a fraternidade que Jesus ensinou.
Os moradores da CIDADE DA FRATERNIDADE são pessoas provenientes dos Grupos da Fraternidade e por estes indicados. Mas, ela atende um grupo de moradores sem terra, ou cerca de 150 famílias assentadas. Hoje, essas famílias e outras residentes próximas à CIFRATER constituem o principal foco de atendimento social. A cidade possui uma escola “Educandário Humberto de Campos”, um casa espírita “Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Veneranda”, e um Posto de Saúde, além dos seus moradores.

E assim, surgiu a CIDADE DA FRATERNIDADE – CIFRATER. 
A Cidade da Fraternidade foi fundada em 20/12/1963, está situada no Município de Alto Paraíso - Estado de Goiás, a 213 quilômetros de Brasília. Apresentado algumas fotos da cidade durante a explicação.

Terceiro Momento: Contar história: Cidade da Fraternidade, lições de amor.
A história dessa cidade e dessas famílias cujos laços são os do espírito, vamos contar agora.

Quarto Momento: Fazendo arte.
Material: Tinta guache, pinceis, folha A4 60kg (resistente), lápis preto e lápis de cor.

Técnica: Orientar as crianças a desenhar com o lápis preto e contornar com lápis de cor (quem preferir desenha apenas com lápis de cor), e após pintar com tinta guache.
Distribuir o material de pintura, e propor aos evangelizando pintar a cidade da fraternidade. Explicar que o trabalho será exposto para que todos apreciem no final.
Apresentar algumas das gravuras da cidade da fraternidade para se inspirarem.  
Após o trabalho de pintura realizada, colocar a moldura feita de papel cartão (tiras de 3cm) para a exposição dos trabalhos.
PRECE FINAL

CIDADE DA FRATERNIDADE, LICÕES DE AMOR

A Cidade da Fraternidade – uma comunidade cristã, contada para o público infantil em vários capítulos.

Oi amiguinhos,
Vamos fazer uma viagem a um local repleto de amor, onde pessoas como nós estão vivendo as lições trazidas pelo nosso inesquecível Mestre Jesus, nos moldes da família Universal.

Capítulo 1 – A Família: célula social

          Certo dia, um grupo de amigos, de uma organização cristã, resolveu morar em um lugar onde todos pudessem viver em harmonia. Reuniram-se e tomaram importante decisão: comprar um terreno bem grande, bem distante dali. As casas seriam construídas em mutirões nos finais de semana. Planejaram tudo, cada detalhe. E assim fizeram. Não foi nada fácil! Assim surgiu a Cidade da Fraternidade.
          Era um lugar lindo! Bem próximo, um riacho trazia água bem clarinha do alto da serra. Á volta, montanhas cobertas de verde davam ao lugar tamanha beleza. Não seria uma comunidade rica. As casas seriam simples e bem cuidadas, feitas “no capricho”, conforme dizia “Seu” Machado, o mestre de obras de “mão cheia” que coordenava todo o trabalho de construção. Era o morador da casa 1, casado com Dona Leonor, pai de Cissa e Jorginho.
          Aos poucos as casas foram surgindo. Ao todo eram oito casas, quatro de cada lado. Uma pequena cerca separava cada quintal. Á frente delas uma pracinha. Na entrada uma placa de madeira que dizia: “ Cidade da Fraternidade”.
          Durante a semana os pais e algumas mães saem para o trabalho e as crianças para a escola, o Educandário Humberto de Campos. Aos domingos as famílias costumam fazer brincadeiras onde todas as crianças participam, passeios na natureza ou mutirão para cuidar da horta comunitária. Mas, aquele domingo seria muito especial. Tia Vilma, da casa 5, combinou um passeio ao zoológico. Pedrinho foi logo dizendo:
          - Gosto dos macacos. Eles moram todos na Ilha dos Macacos. Eles são tão engraçados!
- É Pedrinho. Os macacos são brincalhões. – disse tia Vilma. E vivem juntos porque os animais formam suas famílias. É muito bom viver numa família. As famílias humanas, quando vivem com amizade, formam uma comunidade feliz.
-Como aqui, não é tia Vilma, disse Cissa.
- É, aqui cada um mora com sua família, mas, pela nossa união, formamos uma comunidade feliz. A sociedade será melhor e mais feliz quando todos entenderem a importância de um lar feliz.
No domingo, o pessoal foi chegando e se reuniu na pracinha.
Verinha, que morava na casa 4, chegou com uma novidade.
- Tia Vilma, essa noite, Mileide, a gata lá de casa, teve seis gatinhos.
-Parabéns, Verinha. Você viu a ninhada nascer? – perguntou tia Vilma, interessada.
-Vi sim, tia Vilma. A Mileide é bem mansinha e essa é a segunda ninhada. Quando chegou a hora, ela escolheu o seu cantinho preferido, deitou-se bem devagar e logo depois os gatinhos foram nascendo um a um.
- E ela cuidou bem deles, Verinha? – perguntou tia Vilma
- A Mileide lambia cada filhote e depois pegava na boca, um de cada vez, para mostrar para minha mamãe.
- Viu só, Verinha? A sua gatinha está dando um bom exemplo sobre a importância da família.
Todos ouviram atentos a conversa, até que chegou o ônibus da escola. “Seu” Nicolau, que mora na casa 8 é o motorista. Todos embarcaram, com calma, mas bem alegres. Chegando ao Zoológico visitaram muitos animais. Viram as cobras, os jacarés e lagartos, até que um fato chamou a atenção de todos.
As crianças viram uma zebrinha sendo tratada pelos enfermeiros.
- O que aconteceu com ela? – perguntou Pedrinho a Dra Vivian, a veterinária.
- A mãe da zebrinha morreu. Mas, logo, logo, o filhote estará bem e brincando. Aqui no Zoológico cuidamos para que os animais tenham boa alimentação, bastante espaço, jaulas limpas, bons tratadores, o melhor para que cresçam sadios. Mas se os filhotes vivessem no seu ambiente natural poderiam sobreviver só com os cuidados e proteção das suas famílias. E isso é verdade para todas as aves e mamíferos. Para os seres humanos a família ainda é indispensável.
-Obrigada, Dra. Vivian, disse tia Vilma. Sabemos que aqui no Zoológico os animais são tratados com muito carinho e dedicação.
Foi um dia realmente especial. As crianças gostaram muito e os adultos também.