Obediência e Resignação
Evangelho Seg. o Espiritismo – Cap. 9 – “Bem-Aventurados aqueles que são Mansos e Pacíficos”
Objetivos:
- Reconhecer a necessidade da ordem e da disciplina para alcançarmos a harmonia interior.
- Identificar a obediência e a resignação como virtudes a serem alcançadas para nossa evolução.
- Salientar a importância da fé, diante das provas e dificuldades da nossa vida, o que nos auxilia a desenvolver a obediência e a resignação.
- Conscientizar sobre a necessidade de conhecermos a nós mesmos e de nos esforçarmos para dominar e corrigir nossas más tendências.
- Compreender, relacionando à Parábola dos Dois Filhos, que nosso crescimento moral se dá em nosso íntimo, refletindo-se em nossas atitudes.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo: cap.9; Programa de Evangelização da União Espírita Mineira; O menino ambicioso, o sevo insatisfeito e outras histórias – Célia Xavier Camargo; EDUCAÇÃO DO SER INTEGRAL - LAR FABIANO DE CRISTO.
Harmonização com música
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Primeiro momento: Contar a história – Aprendendo a Viver de Célia Xavier de Camargo.
História - Aprendendo a Viver
Célia Xavier de Camargo
Morando numa pequena casa em um bairro humilde, Toninho vivia inconformado.
Na escola via colegas mais bem vestidos, calçando tênis caros, e sentia-se triste. Gostaria de ser como um deles, ter casa bonita, passear no “Shopping Center”, ter brinquedos sofisticados, “vídeo games”. Ouvia o relato dos amigos sobre programação de final de semana, e ficava humilhado.
Porque só ele tinha uma vida tão chata e tão sem atrativos?
Nunca podia comprar nada de diferente, usava o par de tênis que não servia mais para o seu irmão, e suas roupas estavam velhas e surradas. É bem verdade que a mamãe as trazia sempre limpa e bem passadas, mas Toninho sentia-se mal por usar sempre as mesmas roupas.
Ao chegar em casa para o almoço, reclamava. A comidinha era simples e nunca tinha pratos diferentes.
- Outra vez feijão com arroz?
O pai, operário de uma fábrica, respondia com paciência:
- E não está bom? Tem muita gente que não tem o que comer, meu filho! Vamos agradecer a Deus, pois nunca passamos fome.
Toninho não respondia. Baixava a cabeça e punha-se a comer, de má-vontade.
Certo dia, Toninho saiu de casa chateado. Brigara com os pais, pois queria uma calça jeans que tinha visto numa loja no centro da cidade e seu pai lhe dissera que era impossível naquele momento. Não tinha dinheiro.
Nervoso, engolindo as lágrimas e chutando uma lata, Toninho foi para a rua. Andou bastante, sem destino. Cansado aproximou-se dele e pediu uma moeda.
Ele olhou admirado para a garota, afirmando:
- Não tenho dinheiro!
- Mas você parece rico. Deveria ter dinheiro.
Espantado, Toninho olhou melhor para a menina, achando graça.
- Então, acha que sou rico?
- Pois não é? Está limpo, bem vestido, bem calçado. Aposto que tem até uma casa!
Toninho, que sempre se considerara muito pobre, perguntou:
- Tenho. Por quê? Você não tem uma casa?
A menina respondeu, apontando para um lugar ali perto:
- Não. Moro debaixo daquele viaduto ali.
Toninho, que nunca se dera conta da verdadeira pobreza, estava horrorizado. A menina, cujo nome era Júlia, convidou-o para conhecer “sua casa” e ele a acompanhou.
Lá chegando, Toninho viu um casal simpático acendendo o fogo num fogão improvisado com tijolos. Também havia outras famílias dividindo o local.
Os pais de Júlia o receberam com um sorriso. Haviam alguns gêneros alimentícios e estavam contentes. Teriam o que comer naquele dia e poderiam até ajudar outras famílias que ali estavam.
- Não se assuste – disse a mãe de Júlia a Toninho -, sem sempre estivemos nessa situação. Acontece que há alguns meses meu marido foi dispensado na indústria onde trabalhava e está desempregado até hoje. Não pudemos mais pagar o aluguel e fomos despejados. Para comprar o que comer, fomos vendendo os móveis e eletrodomésticos que possuímos. Assim, perdemos o jogo de sofá, a geladeira, o fogão, o aparelho de som, as camas. Agora, estamos morando aqui debaixo deste viaduto. Mas, não pense que estamos tristes. Não, de modo algum! Sempre agradecemos a Deus por termos onde nos abrigar. Existem pessoas que nem isso possuem!
Toninho sentiu um nó na garganta. Despediu-se, emocionado.
Chegando em casa, Toninho sentiu a segurança e o aconchego do ambiente doméstico. Entrou na cozinha e um cheiro bom de comida veio do fogão.
Seu pai chegou da fábrica e sentaram-se para comer. Toninho pediu para fazer a oração de agradecimento.
- Muito obrigado, Senhor, por tudo que nos concedeste. Pela nossa casa, pela família, pela comida. E que nunca nos falte o necessário para viver. Assim seja.
Notando que o filho estava emotivo e diferente, o pai explicou:
- Meu filho, amanhã eu irei receber um dinheiro extra e poderei comprar aquela calça jeans que você tanto deseja.
Para sua surpresa, Toninho respondeu:
- Não, papai, não precisa. Isso agora já não tem qualquer importância.
Vendo o espanto dos pais, que nada estavam entendo, o menino contou-lhe a história da Júlia, sua nova amiga.
Os pais de Toninho também quiseram conhecer a família de Júlia, que tanto bem fizera a seu filho, e tornaram-se amigos. O pai de Toninho explicou o caso na fábrica e, dentro de poucos dias, surgindo uma vaga, o pai de Júlia foi contratado.
Na escola, agora o comportamento de Toninho era completamente diferente. O exemplo de otimismo e resignação daquela família havia tocado seu coração. Mostrava-se mais alegre, satisfeito e nunca mais se sentiu infeliz, reconhecendo que a vida é um bem muito precioso e que Deus dá a cada um o necessário para poder viver.
Segundo momento: Explorar o tema da aula com perguntas.
Toninho aceitava o fato de não poder ter as mesmas roupas e objetos que seus colegas? Qual atitude dele quando não podia ter o que queria? O que seus pais aconselhavam? O que ele aprendeu quando conheceu Júlia e sua família?Quando chegou em casa depois da conversa com a nova amiga, que ele percebeu? Qual sua reação quando o pai lhe disse que poderia comprar a calça que desejava? Toninho mudou sua atitude depois que conheceu a história de Júlia? Por que?
Terceiro momento: Explicar que a qualidade que Toninho aprendera era de resignação. Resignação quer dizer aceitar com calma o que não pode ser mudado, mas não significa se acomodar a uma situação e não trabalhar para mudá-la.
* OBEDIÊNCIA e RESIGNAÇÃO são virtudes ativas que possuímos necessárias ao nosso relacionamento no LAR, na ESCOLA e nas DIFICULDADES DA VIDA, que também é escola, praticando-as.
* Obediência ás leis de Deus e o acatamento das determinações daqueles que Ele coloca em nosso caminho como orientadores na presente existência (pais, mães, etc.) são virtudes que todos devemos conquistar.
* Obediência aos pais, professores, patrões e a todos a quem servimos ou devemos respeito, não significa fraqueza ou falta de personalidade, mas coragem, desprendimento e compreensão do que é a vida e de nossas necessidades.
* Devemos obedecer sempre e, além de executar as ordens recebidas, acrescentar algo de nossa parte como empenho, boa vontade, sinceridade, abnegação.
* Obedecer é estar na posição de colaborador.
* Ser obediente é ser resignado, aceitando a vontade de Deus frente a tudo que não podemos mudar embora o desejássemos.
* Sem automatismo ou passividade, a obediência construtiva é antes de tudo o desempenho consciente de nosso dever, diante de Deus e dos homens.
* A obediência nos induz ao serviço fiel e honesto, onde fomos colocados sem melindres ou desajustes.
* A obediência leva a ordem e a disciplina, pois a criatura obediente é disciplinada e respeita a ordem estabelecida, acata as leis e procura dar-lhes cumprimento.
* A ordem e a disciplina são fatores indispensáveis ao progresso individual e coletivo, estando presentes nas leis que regem o universo (movimento da T erra, da Lua, estações do ano, etc.).
* O espírita busca, desde cedo, atender com pontualidade os seus compromissos (horário escolar, hora de levantar, de fazer as refeições, de estudar, de recrear, de deitar- se, etc.)
* Ao espírita, mais do que a qualquer outra pessoa, compete o dever de ser ordeiro e disciplinado, a fim de que possa servir de instrumento de progresso para toda a coletividade de que faz parte e, ao mesmo tempo, conquistar o seu próprio aprimoramento espiritual.
Quarto momento:
- Apresentar a seguinte situação:
Joaquim e João são dois irmãos. A mamãe prometeu que, no domingo, toda a família ia fazer um passeio muito agradável. Eles poderiam tomar banho de mar, ir ao parque de diversões, andar no carrossel e fazer muitas brincadeiras. Os meninos esperavam felizes o dia de domingo. Na madrugada de domingo caiu um temporal muito forte. Pela manhã a chuva continuava e... Não puderam fazer o tão sonhado passeio.
- Apresentar a figura e dizer:
Joaquim reclamou, chorou, gritou de tristeza e raiva.
João também ficou triste, mas não reclamou, nem chorou, nem berrou. Ficou pensando como poderia divertir-se naquele dia de chuva, mesmo dentro de casa.
Pedir que as crianças observando a figura respondam:
– Quem foi o mais inteligente? Por quê?
Explicar que João aceitou o que não podia mudar. Pedir às crianças que digam o nome dessa qualidade. Ele aceitou com calma o que não pode ser mudado e no caso, a chuva. Mas o menino não deixou de pensar como poderia melhorar a situação. Assim devemos sempre fazer.
Quinto momento: ATIVIDADE REFLEXIVA -Levar as crianças a refletir:
a- sobre situações que viveram e não gostaram.
b- se poderiam ou não ter mudado a situação.
c- como reagir: com calma ou com raiva.
A partir das situações apresentadas pelas crianças, auxiliá-las a perceber qual a forma mais inteligente de agir, mantendo-se calmos diante do que não pode ser mudado.
Distribuir folhas de exercício para que escrevam e/ou desenhem explicando as situações.
Prece Final
muito obrigada!
ResponderExcluirluz e paz!
abraços,
Maíra
Adorei as sugestões e estou montando um trabalhinho bem interessante para as crianças. Obrigada por manter esse blog com tantas ideias. Cidinha, RJ, Grupo Esp. Trabalhadores Humildes
ResponderExcluirParabéns pelo blog, Simone!, obrigada por compartilhar! :) Um abraço. Célia
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